Othniel Charles Marsh

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Othniel Charles Marsh (Lockport, 29 de outubro de 1831New Haven, 18 de março de 1899) foi um paleontólogo dos Estados Unidos da América, pioneiro da aplicação da teoria da evolução à interpretação de espécies fósseis.[1]

Othniel Charles Marsh
Othniel Charles Marsh
Nascimento 29 de outubro de 1831
Lockport
Morte 18 de março de 1899 (67 anos)
New Haven
Nacionalidade norte-americano
Alma mater Universidade Yale, Universidade de Heidelberg
Prémios Medalha Bigsby (1877)
Assinatura
Appletons' Marsh Othniel Charles signature.png
Instituições Universidade Yale
Campo(s) paleontologia

Marsh nasceu no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada. Estudou em vários colégios e instituições privadas até 1860, quando se graduou em Geologia e mineralogia na Universidade de Yale. Nos anos seguintes prosseguiu os estudos na Alemanha, onde aprofundou os seus conhecimentos em paleontologia e anatomia na Universidade de Berlim, Universidade de Breslau e Universidade de Heidelberg. Regressando aos Estados Unidos em 1866, tornou-se professor de Paleontologia de Vertebrados em Yale. É por volta desta altura que convence o seu tio, George Peabody, a financiar o Museu Peabody de História Natural, ainda hoje existente em Yale.

O principal trabalho da carreira científica de Marsh como paleontólogo foi o estudo de diversas espécies basais de equídeos. Suas interpretações foram pioneiras no estabelecimento de uma linha evolutiva, desde as formas primitivas do grupo até aos representantes modernos do género Equus, e ajudaram a credibilizar a teoria da evolução de Charles Darwin.

Os equídeos não foram, no entanto, o único foco da sua carreira científica. Marsh estudou muitos outros grupos e, em 1871, foi o primeiro paleontólogo a identificar exemplares de pterossauros na América. Outras descobertas fundamentais da sua autoria foram diversas espécies de aves cretácicas, como o Ichthyornis e o Hesperornis, e dinossauros como o Apatosaurus e o Allosaurus.

Outra contribuição muito importante de Marsh foi a elaboração de uma lei evolutiva, denominada Lei do crescimento cerebral. Tal lei rege que durante o processo evolutivo vários grupos taxonômicos apresentaram ao longo do tempo um aumento do volume cerebral. Isto amiúde levava à constatação da existência de uma tendência a um aumento de complexidade corporal, que pode ser entendido como progresso biológico, mas ainda assim esta lei continua a ser utilizada, devido ao seu poder explicativo.[2]

À medida que as descobertas de fósseis se desenvolviam e novas espécies eram descritas, a paleontologia popularizou-se, em particular devido a exemplares espectaculares de carnívoros de grandes dimensões como o tiranossauro. O interesse do público incentivou a criação de museus de história natural, que competiam entre si pelas exibições mais atractivas. Em consequência, a procura de fósseis acelerou, bem como a competição entre paleontólogos por novas descobertas. Marsh protagonizou com Edward Drinker Cope uma rivalidade paleontológica que mereceu a designação de “guerra dos ossos” nos media de então. Estimulados pela concorrência do adversário, Marsh e Cope descreveram cerca de 120 novas espécies de dinossauro entre si, nos finais do século XIX.

Marsh morreu em 1899 e está sepultado em New Haven, no Connecticut.

Prémios e honrarias

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Referências

  1. «Biographical Memoir of Othniel Charles Marsh (1831-1899)» (PDF). National Academy of Sciences. Consultado em 17 de janeiro de 2016 
  2. Faria, Felipe (3 de abril de 2018). «A lei de Marsh do crescimento cerebral e a ideia de progresso biológico na evolução». Scientiae Studia. 15 (2): 387–410. ISSN 2316-8994. doi:10.11606/51678-31662017000200009 
  3. «Bigsby Medal» (em inglês). The Geological Society of London. Consultado em 11 de dezembro de 2015. Cópia arquivada em 28 de novembro de 2015 

Ligações externas

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Precedido por
William Barton Rogers
Presidente da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos
1883 — 1895
Sucedido por
Oliver Wolcott Gibbs
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