Oara Uchôa
Oara Uchôa Assunção (Fortaleza, 2 de julho de 1995) é uma basquetebolista paralímpica brasileira.[2]
| Oara Uchôa | |
|---|---|
| Basquetebol | |
| Nome completo | Oara Uchôa Assunção |
| Modalidade | Cadeira de rodas |
| Representante |  Brasil
|
| Nascimento | 2 de julho de 1995 (29 anos) Fortaleza, Brasil |
| Posição | Pivô[1] |
| Treinador(a)(es/s) | Lídio Andrade |
| Clube | Fortaleza Esporte Clube |
| Período em atividade | 2015–presente |
Carreira
editarNa infância, o sonho de Oara era "vestir a camisa da seleção de futebol", e tinha como inspiração a futebolista Marta. Ela treinava futebol com seus primos. Aos 11 anos, no entanto, Oara caiu de sua bicicleta quando voltava da escola. Com muitas dores e um ferimento na perna esquerda que não se curava, ela foi diagnosticada com osteossarcoma, um tumor maligno que tem pico de incidência em jovens entre as idades de 10 e 25 anos e aparece, no geral, em lugares onde os ossos se desenvolvem mais rapidamente, na fase de crescimento. Oara relata que sentia febre à noite e sua perna começou a inchar, e disse que precisou passar por cinco médicos antes de ser diagnosticada com o câncer.[3] Oara passou por cirurgia, que removeu o tumor, e passou por sessões de quimioterapia. Entretanto, o câncer retornou após seis meses. Segundo o médico, ela teria que amputar a perna se quisesse continuar viva.[4]
Oara, que então tinha 13 anos, amputou a perna, e passou cerca de quatro anos longe da escola: dois por conta do tratamento e dois por medo do que as crianças iriam pensar.[3] Oara relatou muitas dificuldades para se adaptar à nova vida, e disse que não gostava de sair de casa por vergonha do que outras pessoas pensariam dela ao vê-la.[3][4] O apoio de sua família foi fundamental nesse período.[4]
Até então, Oara não sabia da existência de esportes adaptados para pessoas deficientes. Quando conheceu as modalidades, decidiu ir para a natação.[3] A natação foi porta de entrada para o esporte adaptado na vida de Oara, e os exercícios na água ajudavam no equilíbrio e na socialização.[4] Apesar da trajetória curta no esporte, em apenas dois meses praticando-o, foi medalha de ouro no revezamento 4x50, prata nos 50 metros livres e bronze nos 100 metros livres.[3] Em uma competição em Natal em 2014, conheceu Lídio Andrade, que mais tarde se tornou treinador da atleta no Fortaleza Esporte Clube e integrante da comissão técnica da Seleção Brasileira de basquete em cadeira de rodas feminino. A seu convite, começou a treinar basquete e, em 2015, também por seu intermédio, entrou para a Adesul (Associação D’eficiência Superando Limites).[3] Enquanto membra da Adesul, treinou handebol e participou de algumas competições do esporte, mas percebeu que preferia o basquete.[4]
Em 2017, ganhou bronze na Copa das Américas e ouro no Campeonato Sul-Americano.[2] Em agosto de 2019, entrou para o Fortaleza Esporte Clube e foi convocada para a seleção brasileira de basquete em cadeira de rodas, para participar da sexta edição dos Jogos Parapan-Americanos, sediados em Lima, no Peru.[5] O campeonato se encerrou no dia 1 de setembro, e Uchôa ganhou a medalha de bronze.[6]
Em julho de 2021, foi convocada pela seleção brasileira feminina de basquete em cadeira de rodas.[7] Em julho de 2022, jogando pela seleção, conquistou a medalha de bronze na Copa América, assegurando uma vaga para o Mundial,[1] que ocorreu em junho de 2023 em Dubai, Emirados Árabes Unidos. No entanto, a seleção não venceu o Mundial.[8]
Títulos
editar- Ouro
- Campeonato Sul-Americano, no Peru, em 2017[2]
- Bronze
Referências
- ↑ a b c «Com cearenses, seleção brasileira de basquete em cadeira de rodas garante vaga para Mundial». O Povo. 21 de julho de 2022. Consultado em 3 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 16 de agosto de 2022
- ↑ a b c d e «Oara Uchoa Assunção». Comitê Paralímpico Brasileiro. Consultado em 3 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2023
- ↑ a b c d e f «Determinada e sonhadora, atleta do Fortaleza reencontra felicidade no esporte». Lance!. 28 de agosto de 2019. Consultado em 3 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2023
- ↑ a b c d e Carvalho, Beatriz (7 de agosto de 2019). «Oara Uchôa reencontra amor pela vida através do esporte». Diário do Nordeste. Consultado em 3 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2023
- ↑ «Atleta do Fortaleza representa seleção de basquete em cadeira de rodas no Parapan de Lima». ge. 14 de agosto de 2019. Consultado em 3 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2023
- ↑ «Atletas cearenses são medalhistas nos Jogos Parapan Americanos de Lima 2019». Governo do Estado do Ceará. 2 de setembro de 2019. Consultado em 3 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2019
- ↑ «Seis atletas do basquete em cadeira de rodas do Fortaleza são convocados para Seleção Brasileira». ge. 22 de julho de 2021. Consultado em 3 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 30 de julho de 2021
- ↑ «Seleção feminina de basquete em cadeira de rodas perde de virada para Austrália no Mundial de Dubai». Comitê Paralímpico Brasileiro. 12 de junho de 2023. Consultado em 3 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2023
