Obi de Onitcha
Obi de Onitcha[1] ou Onitsha[2] é o rei tradicional de Onitsha, Anambra, no sudeste da Nigéria.[3][4][falta página] A cidade foi fundada no século XVI por migrantes do Reino do Benim, que ali constituíram um reino ibo sob os obis,[5][6] pelo que esta monarquia tem mais de 600 anos.[7] O obi é uma entidade sobretudo espiritual, com poderes limitados, funcionando como o guardião das normas e da tradição.[4][falta página]
O obi tem a prerrogativa de nomear todos os líderes da comunidade, os quais passam a lhe pagar tributo, gozando também de privilégios especiais dentro da comunidade, entre os quais ritos funerários elaborados. Em Onitcha, em particular, a selecção é sobretudo baseada na riqueza pessoal dos candidatos, excepto para o caso dos líderes rituais.[3] O actual titular é Igwe Nnaemeka Alfred Ugochukwu Achebe.[8]
Referências
- ↑ Nunes 2007, p. 148.
- ↑ Segato 1991, p. 262.
- ↑ a b Nzimiro 1972, p. 258.
- ↑ a b Nzegwu 1994.
- ↑ Editores 1998.
- ↑ Okwechime 1994, p. 14.
- ↑ Newswatch 2015, p. 24.
- ↑ Onochie 2019.
Bibliografia
editar- Editores (1998). «Onitsha». Britânica Online
- «Newswatch: Nigeria's Weekly Magazine». Newswatch Communications. 2005
- Nunes, Maria Helena (2007). «Custódio Joaquim Almeida: um príncipe africano no sul do Brasil». In: Cury, Soraia Bini. Imaginário, Cotidiano e Poder. São Paulo: Selo Negro Edições
- Nzegwu, Nkiru (janeiro de 1994). «Gender Equality in a Dual-Sex System: the Case of Onitsha». Canadian Journal of Law & Jurisprudence (em inglês). 7 (1): 73–95. ISSN 0841-8209. doi:10.1017/S0841820900002575
- Nzimiro, Ikenna (1972). Studies in Ibo political systems; chieftaincy and politics in four Niger states. Berkeley: Imprensa da Universidade da Califórnia. ISBN 0520022289. OCLC 2780626
- Okwechime, Chudi (1994). Onicha-Ugbo through the centuries. Lagos: Max-Henrie & Associates
- Onochie, Bridget Chiedu (2019). «Obi of Onitsha inaugurates committee for Ofala festival». Saturday Magazine
- Segato, Rita Laura (1991). «Uma Vocação de Minoria: A Expansão dos Cultos Afro-Brasileiros na Argentina como Processo de Reetnicização». Dados - Revista de Ciências Sociais. 34 (2)