Ofensiva de Segóvia
A Ofensiva de Segóvia foi uma ofensiva Republicana de 31 de Maio a 6 de Junho de 1937, durante a Guerra Civil Espanhola. O principal objetivo era ocupar Segóvia e desviar as forças Nacionalistas de seu avanço em direção a Bilbau. Depois de um breve avanço inicial ela falhou devido principalmente a superioridade aérea Nacionalista.
Ofensiva de Segóvia | |||
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Parte da Guerra Civil Espanhola | |||
Soldados republicanos durante a Ofensiva de Segóvia | |||
Data | 31 de Maio - 6 de Junho de 1937 | ||
Local | Perto de Segóvia, Espanha | ||
Desfecho | Vitória Nacionalista[1] | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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Antecedentes
editarEm Abril de 1937, os Nacionalistas começaram uma ofensiva contra a Província de Biscaia que estava sob controle dos Republicanos, e no final de Maio as tropas de Navarra atingiram o lado oriental das defesas de Bilbau. O governo Republicano decidiu lançar duas ofensivas de diversão a fim de retardar as tropas Nacionalistas, uma em Aragão e outra na frente de Madrid.[3]
Batalha
editarO Exército Republicano tinha três divisões na Serra de Guadarrama sob o comando do coronel Domingo Moriones, apoiadas por artilharia e uma companhia de tanques T-26.[4][5]
Em 31 de Maio os Republicanos iniciaram o ataque na com um pesado bombardeio das posições Nacionalistas, rompendo as linhas destas em Santo Ildefonso e no mesmo dia a 69ª divisão ocupou Cruz de la Gallega e avançou em direção a Cabeza Grande, ameaçando a Segóvia Road, embora a XIV Brigada Internacional sofresse grandes baixas. O avanço Republicano chegou a La Granja[5] mas em 1 de Junho, os Nacionalistas começaram uma contra-ofensiva com a divisão do General Varela, os reforços trazidos da frente de Madrid por Barrón e com um intenso apoio aéreo. Os Nacionalistas recuperam Cabeza Grande e ameaçaram as tropas Republicanas. Em 6 de Junho, Moriones ordenou as suas tropas que recuassem para as suas linhas iniciais. Os Republicanos tinham perdido 3.000 homens, entre eles 1.000 membros da XIV Brigada Internacional.[6]
Consequências
editarA ofensiva Republicana falhou devido a superioridade aérea dos Nacionalistas e a ineficiência da Força Aérea Republicana (FARE). O Coronel Moriones disse: "Os nossos aviões realizaram ataques de bombardeio de uma grande altura e sem precisão ... os nossos aviadores mantiveram uma distância respeitável e raramente desceram para metralhar o inimigo ... os aviões inimigos eram altamente ativos e extremamente eficazes."[7] A Ofensiva de Segóvia apenas adiou por duas semanas a ofensiva Nacionalista contra Bilbau.[8]
Na literatura
editarA Ofensiva de Segóvia é descrita no romance Por Quem os Sinos Dobram de Ernest Hemingway.[9][10]
Notas
- ↑ Beevor, Antony. The Battle for Spain. The Spanish Civil War. Penguin Books. London. 2006. pages 347 and 429
- ↑ Thomas, Hugh.The Spanish Civil War. (2001). Penguin Books. Londres. pag.668
- ↑ Thomas, Hugh. The Spanish Civil War. (2001). Penguin Books. Londres. pág.667
- ↑ Beevor, Antony (2006).The Battle for Spain. The Spanish Civil War, 1936-1939. Penguin Books. pp.275-276
- ↑ a b Thomas, Hugh. The Spanish Civil War. (2001). Penguin Books. London. p.668
- ↑ Beevor, Antony (2006). The Battle for Spain. The Spanish Civil War, 1936-1939.Penguin Books. p.276
- ↑ Beevor, Antony (2006). The Battle for Spain. The Spanish Civil War, 1936-1939. Penguin Books. London. p.276
- ↑ Beevor, Antony (2006). The Battle for Spain. The Spanish Civil War, 1936-1939.. London. Penguin Books. p.276
- ↑ Hugh Thomas, The Spanish Civil War. (2001). Penguin Books. London. p.669
- ↑ Beevor, Antony (2006). The Battle for Spain. The Spanish Civil War, 1936-1939. Penguin Books. p.276
Bibliografia
editar- Beevor, Antony. The Battle for Spain. The Spanish Civil War 1936-1939. Penguin Books. London. 2006. ISBN 0-14-303765-X
- Thomas, Hugh. The Spanish Civil War. Penguin Books. London. 2001. ISBN 978-0-14-101161-5