Orós

município brasileiro do estado do Ceará

Orós é uma cidade e um município do estado do Ceará, Brasil. Localiza-se na microrregião de Iguatu, mesorregião do Centro-Sul Cearense. O município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para 2024 tem cerca de 20.019 habitantes e 576,526 km². Foi criado em 1957. É a cidade do famoso cantor brasileiro Raimundo Fagner, também do Açude Orós, segundo maior do Ceará, atrás apenas do Castanhão.

Orós
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Orós
Bandeira
Brasão de armas de Orós
Brasão de armas
Hino
Lema Oásis do Sertão
Gentílico oroense[1]
Localização
Localização de Orós no Ceará
Localização de Orós no Ceará
Localização de Orós no Ceará
Orós está localizado em: Brasil
Orós
Localização de Orós no Brasil
Mapa
Mapa de Orós
Coordenadas 6° 14′ 38″ S, 38° 54′ 50″ O
País Brasil
Unidade federativa Ceará
Municípios limítrofes Norte: Jaguaribe, Leste e Sul: Icó, Oeste: Iguatu e Quixelô
Distância até a capital 344 km
História
Fundação 1 de setembro de 1957 (67 anos)
Administração
Prefeito(a) José Rubens Lima Verde[2] (PSD, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [3] 576,526 km²
População total (IBGE/2024[4]) 20 019 hab.
Densidade 34,7 hab./km²
Clima semiárido
Altitude 184 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[5]) 0,636 médio
PIB (IBGE/2021[6]) R$ 218 899 304 mil
PIB per capita (IBGE/2021[6]) R$ 10 256 74

Topônimo

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A palavra Orós aparece nos livros de registros das Datas e Sesmarias do Ceará em 1732, quando falam de um "riacho que vai se meter no Oró", e em 1736, do "sítio dos Horós"[carece de fontes?].

Orós, no sufixo grego universal, significa montanhas[carece de fontes?]. Vem dele o nome orografia, para descrever montanhas, e orologia, a gênese das mesmas[carece de fontes?]. Apesar do município ter cordilheiras vastas que formam vales e boqueirões, admitir-se que seu nome tenha origem aí é suposição sem base, sobretudo quando inexistem outros topônimos cearenses com derivação semelhante.[7]

História

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Fachada da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Suas origens estão vinculadas ao chamado Boqueirão do Orós, local tecnicamente estudado e aprovado como propício à construção de um monumental reservatório hídrico (século XIX)[carece de fontes?]. Não obstante esses referenciais, tem-se como pioneirismo o estabelecimento de fazendas, ainda no começo do mesmo século, pela família dos Monte e Silva, em conflito territorial com a família Feitosa[carece de fontes?].

Independente dessas origens consta evidentemente como povoadoras do conflitante território famílias representadas por Patrícios, Matineiros e Nunes da Costa, egressos do sítio Saco da Onça, nas águas do Rio Estreito e local onde seria construído o açude Lima Campos[carece de fontes?]. Essa nova ocupação, exatamente onde seria fundada a povoação de Orós, teve como referencial de posse das quais foram proprietária a senhorinha Dias Bastos e repassadas em operação de compra e venda aos recém-primeiros ensaios de povoamento, fundamentado em casas de moradia, cultivos agrícolas, casa-de-farinha e produção de cal[carece de fontes?].

No limiar dos anos de 1920, tendo como Presidente da República o paraibano Epitácio Pessoa, saiu do casulo o projeto de construção do pré-falado reservatório de água, objetivando combater as grandes secas da região. Houve como empreiteira a firma norte-americana Dwight P. Robson[8]. Atraídos pela breve realização de obras tão importantes, grande número de pretensos operários acercou-se do local, na perspectiva de emprego, fato que concorreu para a formação do rápido povoamento [carece de fontes?] .

Em nome do empreendimento, que afinal de contas abortaria, construiu-se por conta da empresa o respectivo canteiro de obras, deste constando dezesseis casas de apoio administrativo, o edifício conhecido por Casa dos Hóspedes, um Hospital e a casa geradora de energia elétrica, além do ramal ferroviário via Iguatu[carece de fontes?]. Foi justamente nessa fase que o aqueduto que ligaria o rio Jaguaribe ao rio denominado Estreito, perenizando este em favor do sistema irrigatório[carece de fontes?]. Tudo isso, finalmente, concorreu em prol da formação do povoado e na ocupação das terras de Orós, tendo-se por acréscimo as empresas F. Holanda e João Brasil Montenegro, respondendo este pela primeira indústria de beneficiamento de algodão em termos regionais[carece de fontes?].

Formação Administrativa

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Segundo o decreto estadual nº 1.156, de 4 de dezembro de 1933, figura no município de Icó o distrito de Orós [9].  Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, figura no município de Icó o distrito de Orós [9]. Assim permanecendo em divisão territorial datada de1-VII-1955 [9].

Elevado à categoria de município com a denominação de Orós, pela lei estadual nº 3338, de 15 de setembro de 1956, desmembrado de Icó [9]. Sede no antigo distrito de Orós [9]. Constituído de 3 distritos: Orós, Guassussê e Igarói, todos desmembrados de Icó [9]. Instalado em 25 de março de 1959 [9]

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Orós, Guassussê e Igarói [9]. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31-XII-1963 [9]. Pela lei estadual nº 7168, de 14 de janeiro de 1964, é criado o distrito de Palestina e anexado ao município de Orós [9].

Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 4 distritos: Orós, Guassussê, Igarói, Palestina [9]. Assim permanecendo em divisão territorial datada 1988 [9].

Pela lei municipal nº 03, de 18 de junho de 1991, é criado o distrito de Santarém ex-povoado e anexado ao município de Orós [9].

Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 5 distritos: Orós, Guassussê, Igarói, Palestina e Santarém [9].

Orós no cinema

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Os Trapalhões e o Mágico de Oróz é um filme brasileiro de 1984, do gênero comédia infantil, dirigido por Victor Lustosa e Dedé Santana e estrelado pela trupe humorística Os Trapalhões[carece de fontes?]. Foi realizado por Renato Aragão Produções em parceria com DeMuZa Produções. O filme é uma paródia do conto O Mágico de Oz[carece de fontes?].

Didi (Renato Aragão), um sertanejo humilde que padecia fome e sede devido à seca no nordeste brasileiro, segue sem rumo com seus companheiros Soró (Arnaud Rodrigues) e Tatu (José Dumont) em busca de melhores condições de vida. Pelo caminho, Didi encontra mais três novos companheiros: o Espantalho (Zacarias), a quem salvou de um bando de Carcarás e que desejava conseguir um cérebro para se tornar uma pessoa comum; o Homem-de-lata (Mussum), que desejava um coração para completar sua felicidade; e o Leão (Dedé Santana), que era o delegado covarde de Oróz e inicialmente lutou contra Didi, mas depois juntou-se ao grupo com o objetivo de levar água para a cidade. O Leão desejava livrar-se de sua covardia. Até que encontram no deserto o lar do Mágico de Oróz (Dary Reis). Este os aconselha a buscarem um monstro de metal que jorra água pela boca, a fim de resolverem o problema da sêca, e a nunca desistirem de conseguir o que desejam. Após enfrentarem e derrotarem, com a ajuda do Mágico de Oróz, o malvado Coronel Ferreira (Maurício do Valle), que comercializava a pouca água dos açudes de Oróz, são levados pelo Mágico e seus poderes à Cidade do Rio de Janeiro, onde conseguem encontrar o procurado "monstro" (que na verdade era uma torneira gigante) e com mais uma ajuda do Mágico o levaram até à cidade de Oróz, que os recebeu em festa. Mas os quatro amigos não sabiam que uma torneira separada de seu encanamento não podia fornecer água, e quando descobriram isto a população da cidade se revoltou e o prefeito os condenou à morte. Perto do fim, Didi convence os seus companheiros a terem fé que a chuva cairia e os salvaria, e dizendo as frases "Vamos todos pensar firme, vamos todos pensar forte, pra cair um pingo d'água e mudar a nossa sorte", fazem o milagre acontecer: a chuva cai e o "monstro" finalmente jorrou água por sua boca. E toda a cidade festeja, e os três companheiros de Didi se tornam seres humanos normais, o que mais desejavam conseguir. O filme termina com uma mensagem escrita na tela, feita pelos Trapalhões aos governantes brasileiros, dizendo: "E choveu. Que a chuva que molhou o sofrido chão do nordeste não esfrie o ânimo de nossas autoridades na procura de soluções para a seca"[carece de fontes?].

Oroenses ilustres

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Raimundo Fagner Cândido Lopes mais conhecido apenas como Fagner (Orós, 13 de outubro de 1949) é um cantor, compositor, instrumentista, ator e produtor brasileiro, e um dos integrantes do chamado Pessoal do Ceará.[carece de fontes?]

Mais jovem dos cinco filhos de José Fares, imigrante libanês, e Dona Francisca, Fagner nasceu na capital cearense, embora tenha sido registrado no município de Orós.[carece de fontes?]

O nome de Fagner vem sendo incluído na lista dos maiores cantores de música latina[carece de fontes?], principalmente pela sua filiação com outros músicos latinos não-brasileiros, como Mercedes Sosa.

Açude de Orós

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Pôr do Sol no Açude de Orós
 
Sangria do Açude de Orós em 2007

O Açude de Orós ou Açude Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira está localizado no leito do rio Jaguaribe, na região centro-sul do Ceará. Sua história remonta à época do Brasil Império, quando várias secas se sucederam dizimando um número grande de pessoas e animais [10]. Represar o rio Jaguaribe e fazê-lo perene surgiu como a alternativa mais viável para o solucionar o problema da escassez de água no sertão cearense[carece de fontes?][2]. No entanto, esta ideia só foi colocada em prática no século XX[carece de fontes?]. Ao ser construído, esse reservatório chegou a inundar vilarejos próximos ao leito do rio, dentre eles o mais famoso: Conceição do Buraco. Foi construído pelo DNOCS, tendo suas obras concluídas em 1961[carece de fontes?].[3]

Sua capacidade é de 2.100.000.000 m³, o que o coloca como o segundo maior[carece de fontes?] reservatório do estado. Foi o maior até a construção do Açude Castanhão em 2003[carece de fontes?].

Referências

  1. [1]
  2. «Prefeitos eleitos no Ceará». Tribunal Regional Eleitoral do Ceará. Consultado em 9 de fevereiro de 2013 
  3. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de agosto de 2024). «Orós». Consultado em 15 de setembro de 2024 
  5. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 15 de setembro de 2024 
  6. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  7. Livro A história do Município de Orós, de autoria do Dr. João Maia Nogueira
  8. Pearse, Arno S. "Cotton in North Brazil - Ceará, Maranhão e Pará". Manchester - England. INTERNATIONAL FEDERATION OF MASTER COTTON SPINNERS & MANUFACTURERS' ASSOCIATIONS. 1923
  9. a b c d e f g h i j k l m n https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/oros/historico
  10. https://www.portalodia.com/blogs/chico-miguel/as-grandes-secas-do-nordeste,-sec,xix-e-xx-222787.html

Ligações externas

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