Ortigosa

localidade e antiga freguesia de Leiria, Portugal

Ortigosa é uma povoação portuguesa do Município de Leiria que foi sede da extinta Freguesia de Ortigosa, freguesia que tinha 12,86 km² de área e 1971 habitantes.

Portugal Ortigosa 
  Freguesia portuguesa extinta  
Símbolos
Brasão de armas de Ortigosa
Brasão de armas
Localização
Ortigosa está localizado em: Portugal Continental
Ortigosa
Localização de Ortigosa em Portugal Continental
Mapa
Mapa de Ortigosa
Coordenadas 39° 49′ 54″ N, 8° 50′ 19″ O
Município primitivo Leiria
Município (s) atual (is) Leiria
Freguesia (s) atual (is) Souto da Carpalhosa e Ortigosa
História
Extinção 2013
Características geográficas
Área total [1] 12,86 km²
População total (2011) [2] 1 971 hab.
Densidade 153,3 hab./km²
Outras informações
Orago Santo Amaro

A Freguesia de Ortigosa foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com a Freguesia de Souto da Carpalhosa formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Souto da Carpalhosa e Ortigosa com a sede em Souto da Carpalhosa.[3]

População

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População da freguesia de Ortigosa [4]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 486 1 658 1 641 1 802 1 971

Constituída pelo Decreto-Lei n.º 44610, de 02 de Outubro de 1962, com lugares desanexados da freguesia de Souto da Carpalhosa.

Localização

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Ortigosa localiza-se a 14 km do centro da cidade de Leiria e a 40 km da Figueira da Foz. Com boas acessibilidades (estrada nacional 109, auto-estrada A17 e ainda a linha do Oeste), a passar dentro da freguesia relançam esta para boas condições habitacionais, razoável oferta de trabalho e agradável local de lazer.

História

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A Freguesia de Ortigosa foi constituída a 2 de Outubro de 1962 englobando nove povoações. Com uma área de cerca de 13 km², os limites da freguesia tocam os limites das freguesias de Amor, Monte Real, Souto da Carpalhosa, Milagres e Regueira de Pontes.[5]

Diversos cursos de água atravessam ou banham os terrenos desta povoação como o rio Lis e os ribeiros de Ortigosa, de Monte Agudo, de Vale Casal, de Vale Bom e o de Souto da Carpalhosa. Foi a conjugação de toda esta preciosa água, com a constituição geológica do seu solo que originou uma grande fertilidade dos seus campos que permitiu que aqui se desenvolvesse desde muito cedo uma próspera agricultura.

Crê-se que a maior parte dos lugares desta povoação terão feito parte do Reguengo do Ulmar, o que significaria que até 1291 os seus campos estariam permanentemente alagados, o que impedia a fixação das populações. Nesse ano D. Dinis ordenou aos monges agrónomos de Alcobaça a secagem desses autênticos pantanais que se converteram em férteis campos de cultura. A partir daí conheceria toda esta região de Ulmar um grande desenvolvimento.

A história de Ortigosa deve andar de mãos dadas com a de Souto de Carpalhosa, freguesia a que sempre pertenceu até à sua desanexação, e cuja existência deve remontar aos princípios do século XIII. O “Couseiro” cita uma doação feita em 1218 que atesta isso mesmo.

A mesma obra, escrita em 1636, falando das ermidas de Souto, diz que existia “outra no lugar de Ortigosa, invocação de Sancto Amaro, feito no anno de 1610; he de Romagem, e no seo dia se lhe fas festa, tem ali hum modo de feira; devotos a fabricão; poto que os moradores deste Lugar, e dos vizinhos são obrigados à fábrica della; a imagem do Sancto he de vulto. Por curiosiodade, mais de trezentos anos depois, sobre esta mesma capela, Gustavo Matos Sequeira anotava no Inventário Artístico de Portugal: “Er-mida de Santo Amaro – Fica no lugar da Or-tigosa. Tem altar-mor, dois colaterais, e dois nichos laterais, altos. É quase uma igreja”.

Mas o anónimo autor do “Couseiro” ainda referia outra capela num dos lugares da actual freguesia de Ortigosa. Era na povoação da Riva de Aves e sob “a invocação de Nossa Senhora da Victória, feita sendo bispo D. Frei António de Sancta Maria; a imagem he de vulto”. Em 1721, nas respostas enviadas à Academia Real da História aparecem vários dos lugares distribuídos por diferentes vintenas. Aliás uma delas constituía mesmo a “vintena de Ribeira D’Aves, situada ao Poente (de Leiria) e constava de 15 vizinhos e dizem os antigos que procede duma antiga cidade chamada Aves, que foi baptizada pelos mouros, e no mesmo lugar está uma ermida…e é confraria”. Desta vintena constavam ainda Ruiva-queira com 30 vizinhos e Lagoa com 35.

Analisadas as "Memórias Paroquiais de 1758", escritas pelo pároco do Souto verificam-se grandes disparidades, relativamente às informações de 1721, quanto ao número de vizinhos (fogos).

Património Histórico e Cultural

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  • Igreja Matriz
  • Capela da Sra. da Vitória
  • Capela Sra. da Paz
  • Fontes de Santo Amaro

Eventos Culturais (Festas populares e religiosas)

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  • Santo Amaro (Janeiro)
  • Santo António (Janeiro)
  • Nossa Senhora das Vitórias e S.Jorge (Domingo a seguir à Pascoa)
  • Nossa Senhora da Paz (Junho)

Instituições e Colectividades

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  • Grupo Desportivo de Santo Amaro
  • Secção de Judo do Grupo Desportivo de SAnto Amaro
  • Basket Clube do Liz
  • Ribaliz Futebol Clube
  • Só Sócios
  • Rancho “Flores da Primavera”
  • Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Ortigosa
  • Modeliz – Modelismo do Liz
  • Samvipaz – Associação de Solidariedade Social
  • Grupo de Jovens "Novas Raízes"
  • Centro Equestre Francisco Alcaide

Lazer/Desporto

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Do futebol ao basket, passando pelo Judo, modelismo, btt, futsal, pesca, equitação, etc. a população ortigosense poderá desfrutar das mais diversas modalidades.

O Sto Amaro é actualmente o símbolo mais importante na freguesia, ao disputar o campeonato distrital de futebol em Leiria, possui instalações próprias e actualmente possui um relvado sintáctico.

Actualmente o Parque Da Lagoa é o local mais mediático da freguesia. Do lazer à natureza encontramos neste sitio boas condições para a pratica de piqueniques. Ai também se encontra uma escola de transito livre e ainda um polidesportivo.

Agromuseu

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No dia 27 de Junho de 2009, foi inaugurado o Agromuseu Municipal D. Julinha, em Ortigosa. A.abertura ao público teve lugar terça-feira, dia 30 de Junho.

Este espaço museológico resulta da intervenção levada a efeito pela autarquia nas instalações da antiga Casa Agrícola Pereira Alves de Matos Carreira, conhecida por todos como “Casa Saudade” e que foi doada ao Município por D. Maria Leonilde Pereira Alves Carreira, conhecida carinhosamente por “Dona Julinha”, com o objectivo essencial de garantir a preservação da memória e vivência daquele tão importante património rural, tornando-o acessível à comunidade.

O Agromuseu Municipal Dona Julinha, oferece aos visitantes actividades permanentes, com visitas guiadas num circuito que fornece toda a informação possível acerca da vida rural.

Sobretudo dirigidas ao público escolar, as hortas pedagógicas do Agromuseu Municipal Dona Julinha, são espaços próprios para os alunos, em pequenos grupos, poderem aprender e experimentar a preparar a terra, semear, plantar, mondar, sachar, regar, acompanhando todo o processo de crescimento e maturação dos produtos hortícolas. Os animais (patos, galinhas e outros) merecerão igualmente a atenção das crianças, que poderão observar e aprender os seus hábitos e dietas, para além de poderem participar nas tarefas dos tratadores.

Rituais e festividades cíclicas serão também relembrados, bem como a transformação artesanal dos alimentos, com a promoção de produtos regionais, tais como os enchidos, os queijos, o vinho, a broa de milho, os doces e as compotas caseiras.

Lugares da antiga Freguesia de Ortigosa

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  • Ortigosa
  • Ruivaqueira
  • Casal
  • Ameixoeira
  • Lagoa
  • Relva
  • Matodeira
  • Rego D'água
  • Riba d'aves
  • Lameira
  • Monte Agudo.

Referências

  1. «Áreas das freguesias, municípios e distritos da CAOP2012». Separador Areas_Freguesias_CAOP2012. Instituto Geográfico Português. 2012. Consultado em 1 de Abril de 2014. Cópia arquivada em 9 de novembro de 2013 
  2. «População residente, segundo a dimensão dos lugares, população isolada, embarcada, corpo diplomático e sexo, por idade (ano a ano)». Informação no separador "Q601_Centro". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 28 de Fevereiro de 2014. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2013 
  3. «Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias)» (pdf). Diário da República eletrónico. Consultado em 28 de Março de 2014. Cópia arquivada (PDF) em 6 de janeiro de 2014 
  4. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  5. «Decreto-Lei n.º 44 610» (PDF). Diário da República eletrónico. Consultado em 26 de Abril de 2014