Os mais belos sonetos brasileiros

Os mais belos sonetos brasileiros - Florilégio, elaborado pelo poeta Edgard Rezende, é uma antologia publicada em 1946 pela Livraria e Editora Freitas Bastos, no Rio de Janeiro. A seleção dos sonetos é uma livre escolha do autor, que assina em um pequeno texto intitulado Ao Leitor, antes do prefácio, explicando que os poetas reunidos estão por sua livre escolha "Os autores, à margem de escolas ou grupos literários"[1], mas que manteve a ordem cronológica de nascimento tanto quanto a ordem alfabética com resumidas notas biográficas as quais ele denomina como bio-bibliográficas. A pesquisa para esta primeira edição do livro levou dois anos e meio e também já indicava futuras edições, fato que veio a ocorrer.[1]

A imagem traz a capa do livro Os mais belos sonetos brasileiros, com o fundo em castanho claro e o título ocupando mais da metade do livro em formato piramidal, ao centro. Acima do título uma pequena faixa escura como o nome do antologista e abaixo do título a inscrição seleção e notas, seguida de uma pequena cora de louros e a palavra bio-bibliográficas. Por fim, há o registro do ano 1946 e o nome Livraria Editora Freitas Bastos.
Capa da primeira edição do livro Os mais belos sonetos brasileiros, de Edgard Rezende.

O prefácio é escrito pelo magistrado e poeta Oliveira e Silva. O prefacerista relata que a antologia parte de uma longa pesquisa até os mais novos àquela época, mas que prevalece o gosto pessoal. "Longa, a viagem do colecionador, através de nossa literatura do século dezessete, a partir de Gregório de Matos, aos dias de 1945, com vários poetas de vinte e poucos anos de idade." [2]mas enfatiza que põe o leitor mais próximo do que existe de mais profundo ou interessante em termos de soneto para aquela época como um exercício prático para facilitar a vida daqueles que amam poesia mas não tem tempo ou orientação para a escolha de autores entre tantos. No penúltimo parágrafo, Silva traz um causo poético. Indica que uma senhora perguntou ao escritor francês Anatole France para que serviam os poetas? E eis que ele – cético incurável – respondeu “Ajudam-nos a amar”.

A publicação teve três edições. A primeira edição pela editora e livraria Freitas Bastos, possui 299 páginas e traz na capa o ano de 1946, mas na capa interna o ano impresso é o de 1945, que mantém-se como a original. A segunda edição[3] data de 1947, pela Casa Editora Casa Vecchi, também no Rio de Janeiro e com 244 páginas. A terceira edição vem em 1956 novamente pela Editora e livraria Freitas Bastos S.A, pela gráfica Delta, com 447 páginas.

O escritor Domingos Carvalho da Silva aponta diversos pontos críticos do livro que vão desde a erros quanto a datas e outros pontos nos perfis biográficos dos autores como a falta de um norteamento teórico ou crítica literária para a antologia.[4]

Edgard Rezende trabalhou na livraria e editora Freitas Bastos. Foi colaborador de jornais e revistas da Capital e do interior do Rio de Janeiro e pertenceu a algumas instituições de cultura, entre as quais a Academia Fluminense de Letras e à Federação das Academias de Letras do Brasil. Trabalhou como datiloscopista no serviço público federal.

Referências

  1. Rezende, Edgard (1946). Os mais belos sonetos brasileiros. Rio de Janeiro: Freitas Bastos. p. 7. 1 páginas 
  2. Silva, Oliveira (1946). Os mais belos sonetos brasileiros. Rio de Janeiro: Livraria Editora Freitas Bastos. p. 13. 1 páginas 
  3. «Pergamum - Acervo Online». biblioteca.unespar.edu.br. Consultado em 24 de novembro de 2024 
  4. Silva, Domingos (13 de maio de 1956). «Ramilhete de sublimes flores do espírito.». Tribuna da Imprensa. Tribuna da Imprensa (1): 7. Consultado em 24 de novembro de 2024