Pórtico Emília
Pórtico Emília (em latim: Porticus Aemilia) era um galpão[1] da Roma Antiga localizado onde é hoje o rione Testácio.
Pórtico Emília | |
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Prováveis ruínas do edifício | |
Gravura de Piranesi (séc. XVIII) | |
Informações gerais | |
Tipo | Pórtico romano |
Construção | 193 a.C. |
Promotor | Marco Emílio Lépido e Lúcio Emílio Paulo |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Roma |
Localização | Testaccio |
Coordenadas | 41° 52′ 48,4″ N, 12° 28′ 25″ L |
Pórtico Emília |
História e descrição
editarEste galpão, provavelmente dotado de um pórtico, foi construído em 193 a.C. pelos edis Marco Emílio Lépido e Lúcio Emílio Paulo, de onde vem a associação com a gente Emília[2] e reconstruído em 174 a.C. pelos censores Quinto Fúlvio Flaco e Aulo Postúmio Albino.[3]
As fontes não mencionam qual era a função do monumento, construído perto do Empório, o porto fluvial da cidade. Já se sugeriu que ele fosse identificado como sendo as ruínas que estão entre a via Beniamino Franklin e a via Marmorata: algumas paredes de tufo em opus incertum ainda são visíveis na via Branca, via Rubattino e via Florio. Em 2006, uma proposta alternativa identificou estas ruínas como sendo da antiga Navália republicana, que, na sua época, era utilizada para abrigar a marinha de guerra romana. Escavações realizadas no local a partir de 2010 pela Soprintendenza Speciale per i Beni Archeologici di Roma em cooperação com o Reale Istituto Neerlandese di Roma e o Municipio I ainda não foram capazes de revelar detalhes suficientes para apoiar nenhuma destas teorias.[4] É possível ainda que elas sejam nada mais do que uma rua com um pórtico entre a Porta Trigêmina e o Empório e não um galpão.
O edifício em opus incertum era bem grande, com 47 metros de comprimento, 60 metros de largura e dividido em vários aposentos por 294 pilares que formavam sete fileiras no comprimento e mais de 50 nave, cada uma coberta por uma série de abóbadas sobrepostas de 8,3 metros; a área total era cerca de 25 000 m2.[5]
A distância entre o edifício e o Tibre — onde, provavelmente desde o final da era republicana, as mercadorias eram descarregadas dos navios ficavam estocadas — era de cerca de 90 metros.
Na época de Trajano ou depois outros edifícios foram interpostos entre o rio e o edifício.
Referências
- ↑ «Porticus Aemilia» (em inglês). Britannica[ligação inativa]
- ↑ Lívio, 35.10.12.
- ↑ Lívio, 41.27.8.
- ↑ «La Porticus Aemilia regala un giardino a Testaccio» (em italiano)
- ↑ «Porticus Aemilia, Soprintendenza speciale per i beni archeologici di Roma» (em italiano). Arquivado do original em 22 de maio de 2014
Bibliografia
editar- Filippo Coarelli, Guida archeologica di Roma, Verona, Arnoldo Mondadori Editore, 1984. (em italiano)
- Lucos Cozza & Pier Luigi Tucci, Navalia, in Archeologia Classica 57 (2006), pp. 175–202. (em italiano)
- Giovanna Maria Forni, Extra Portam Trigeminam, in Atlante Tematico di Topografia Antica 22 (2012) pp. 35–40. (em italiano)
- Pierre Gros & Mario Torelli, Storia dell'urbanistica. Il mondo romano, Rome-Bari, Laterza, 2007. (em italiano)
- Giovanni Battista Piranesi, Le antichità Romane, T. 4, tav. Tav. XLVIII (em italiano)
- Pier Luigi Tucci, La controversa storia della Porticus Aemilia, in Archeologia Classica 63 (2012), pp. 575–591. (em italiano)
Ligações externas
editar- «Porticus Aemilia» (em italiano). Rome Archeo Media
- «Mapa indicando o local do Porticus Aemilia» (em italiano). Roman Empire. Consultado em 10 de outubro de 2015. Arquivado do original em 3 de março de 2016
- «Porticus Aemilia» (em italiano). Roma Segreta
- «Escavações em curso em 2011» (em italiano). Soprintendenza speciale per i beni archeologici di Roma.