Palácio Foz
O Palácio da Foz, antigamente Palácio Castelo Melhor, é um palácio localizado na Praça dos Restauradores, junto à Baixa de Lisboa, Portugal. Com a sua construção iniciada no século 18, após aquisição da propriedade localizada na zona por parte dos Marqueses de Castelo Melhor (na altura Conde).[1][2] Ao longo dos séculos, o palácio seria modificado e restaurado várias vezes, passando pelas mãos de várias pessoas e entidades, como o Marquês da Foz e várias secretarias do governo. Atualmente, o Palácio é propriedade da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros, com várias instituições privadas e públicas tendo suas sedes e exposições no espaço.[3]
Palácio Foz | |
---|---|
Fachada principal | |
Informações gerais | |
Nomes anteriores | Palácio Castelo Melhor |
Estilo dominante | Neoclássico |
Arquiteto | Francisco Xavier Fabri |
Início da construção | Século XVIII |
Restauro | Século XIX |
Proprietário atual | Estado Português |
Património de Portugal | |
Classificação | Imóvel de Interesse Público |
DGPC | 71825 |
SIPA | 6527 |
Geografia | |
País | Portugal |
Cidade | Lisboa |
Coordenadas | 38° 42′ 56″ N, 9° 08′ 33″ O |
Localização em mapa dinâmico |
História
editarA sua construção inicial deu-se após a aquisição do terreno em 1711 por parte do Conde de Castelo Melhor, onde se localizava uma capela construída por Manuel de Castro no século 16. Com o terramoto de 1755, que destruiu várias partes da Baixa de Lisboa e afetou várias partes costeiras do país, o Palácio ficou gravemente danificado, com obras para a construção de um novo palácio sendo ordenadas. Com alguns contratempos (como a morte do 1.º Marquês de Castelo Melhor em 1769), novas fase de obras sobre o palácio foram ordenadas em 1792 (por ordem do 2º Marquês de Castelo Melhor e organizada pelo Arquiteto Francisco Xavier Fabri)[1][4] e 1845 (por ordem do 4º Marquês de Castelo Melhor e recomendada pela Câmara Municipal de Lisboa), acabando em 1858.[1]
Em 1889, o 1.º Marquês da Foz, Tristão Guedes Correia de Queirós, aquisita o Palácio, que iniciou uma série de modificações ao palácio, contratando o Arquiteto José António Gaspar para as realizar[4]. O palácio acabaria por ser hipotecado pelo Crédito Predial. Entre 1910 e 1939, o palácio foi sede de vários estabelecimentos, como o restaurante "A Abadia", a "Pastelaria Foz" e o salão cinematográfico "Central".[1][2] Em 1940, o Governo Português aquisitaria o edifício, despejando os seus vários inquilinos, utilizando o edifício como sede do Secretariado de Propaganda Nacional.[1][2][3] Com a revolução de 25 de abril de 1974 e a extinção de várias instituições do Estado Novo, incluindo o SPN (que em 1968 foi transformado na Secretaria de Estado da Informação e Turismo - SEIT), com o Instituto da Comunicação Social instalando-se no local.[1]
Atualmente, o edifício é espaço de várias instituições privadas e públicas, como a Cinemateca Júnior[5], o Museu Nacional do Desporto e a Associação de Turismo de Lisboa. Obras de reabilitação iniciadas em 2023 estão projetadas para continuar até 2025, devido a complexidade da mesma.[6][7]
Referências
editar- ↑ a b c d e f «Monumentos». SIPA. 27 Julho de 2011. Consultado em 24 de Julho de 2024
- ↑ a b c «Palácio da Foz, Palácio Castelo Melhor». E-Cultura. Consultado em 24 de Julho de 2024
- ↑ a b «Palácio da Foz». Secretaria Geral - Presidência do Conselho de Ministros. Consultado em 24 de Julho de 2024
- ↑ a b «Diretorio da Cidade | Palácio da Foz». Lisboa.pt. Consultado em 24 de Julho de 2024
- ↑ «História». Cinemateca. Consultado em 24 de Julho de 2024
- ↑ Silvares, Mónica (25 de Maio de 2023). «Obras de reabilitação do Palácio Foz vão derrapar para 2025». ECO. Consultado em 24 de Julho de 2024
- ↑ «Programa da Cinemateca Júnior repartido devido a obras do Palácio Foz». Notícias ao Minuto. 14 de Agosto de 2023. Consultado em 24 de Julho de 2024
Ligações Externas
editar- Palácio da Foz - base de dados da Direção-Geral do Património Cultural
- Palácio Castelo Melhor/Palácio da Foz - na base de dados da SIPA da Direção-Geral do Património Cultural
- Coleções de Arte em Portugal e Brasil nos séculos XIX e XX. Coleções Reais e Coleções Oficias,