Paulo Bonavides (Patos, 10 de maio de 1925Fortaleza, 30 de outubro de 2020)[1] foi um jurista, jornalista e cientista político brasileiro. Reconhecido nacional e internacionalmente como um dos principais constitucionalistas do Brasil, foi professor emérito da Universidade Federal do Ceará e membro da Academia Cearense de Letras, ocupando a cadeira de número 17. Foi condecorado com a medalha do Mérito Eleitoral, concedida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá. [2]

Paulo Bonavides
Paulo Bonavides
Paulo Bonavides em 2005
Nascimento 10 de maio de 1925
Patos, Paraíba
Morte 30 de outubro de 2020 (95 anos)
Fortaleza, Ceará
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Faculdade Nacional de Direito
Ocupação cientista político
Prémios Medalha da Abolição, Medalha Rui Barbosa
Empregador(a) UFC
Magnum opus Ciência Política
Principais interesses Direito Constitucional, Teoria Geral do Estado

Biografia

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Iniciou seus estudos jurídicos em 1943 na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde bacharelou-se em 1948. Durante a graduação, realizou curso de extensão em Sociologia Jurídica em Harvard, entre 1944 e 1945.[3][4][5]

Foi professor do Seminário Românico da Universidade de Heidelberg no início dos anos 1950. No Brasil, começou a lecionar no ensino superior em 1956 na Universidade Federal do Ceará, onde passaria a ministrar a cátedra de Teoria Geral do Estado. Como professor visitante, atuou na Universidade de Colônia, na Universidade do Tennessee e na Universidade de Coimbra.[5]

Casou-se com Yeda Satyro Benevides, com quem teve sete filhos (Paulo, Márcio, Clóvis, Vera, Gláucia, Doralice e Marília).[6]

 
Ciência Política, uma das obras do autor.

Legado

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Sobre a obra de Paulo Bonavides, existem várias fontes a serem consultadas, destacando-se a sua biografia, Paulo Bonavides, escrita por Antonio Carlos Klein; e a tese de Livre Docência do professor Dimas Macedo: El Pensamiento Político de Paulo Bonavides, publicada no Brasil pela Editora Malheiros com o titulo Estado de Direito e Constituição - O Pensamento de Paulo Bonavides.[7]

Homenagens

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Por sua influência no pensamento jurídico nacional e internacional, foi agraciado com o título Doutor Honoris Causa pela Universidade de Lisboa e pela Universidade de Fortaleza.

Recebeu a Medalha Rui Barbosa (Ordem dos Advogados do Brasil), o Grande-Colar do Mérito (Tribunal de Contas da União), a Medalha Teixeira de Freitas (Instituto dos Advogados Brasileiros), a Medalha da Abolição (Governo do Ceará), a Medalha Clóvis Beviláqua (TJCE).[8] Medalha do Mérito Eleitoral (TRE/AP).

  • Direito Constitucional, 1980
  • Norma Jurídica e Análise Lógica: Correspondência Kelsen-Klug, 1984
  • Política e Constituição, 1985
  • Constituinte e Constituição, 1986.
  • Demócrito Rocha: Uma Vocaçao Para a Liberdade, 1988.
  • História Constitucional do Brasil (com Paes de Andrade), 1988.
  • A Constituição Aberta, 1993
  • Curso de Direito Constitucional, 1993
  • Do País Constitucional ao País Neocolonial, 1999.
  • Teoria Constitucional da Democracia Participativa, 2001.
  • Os Poderes Desarmados, 2002.
  • La Depoliticizzazione Della Legittimità. Lece: Editore Pensar, 2007.
  • Constitutuição e Normatividade dos Princípios, 2012.

Referências

  1. «Constitucionalista Paulo Bonavides morre aos 95 anos». Consultor Jurídico. Consultado em 30 de outubro de 2020 
  2. Apolloni, Vinícius Bottura (2021). «AP-1 is a host factor that regulates HIV-1 envelope glycoprotein trafficking». Recife, Brasil: Even3. doi:10.29327/146355.32-1. Consultado em 29 de setembro de 2024 
  3. «Paulo Bonavides» 
  4. «Uma resenha da obra de Paulo Bonavides: do Estado liberal ao Estado social». www.diritto.it (em italiano). Consultado em 16 de setembro de 2018 
  5. a b «Morre Paulo Bonavides, considerado um dos maiores constitucionalistas do País». Focus.jor. 30 de outubro de 2020. Consultado em 30 de outubro de 2020 
  6. «"Breve história do professor Paulo Bonavides"» 
  7. «Breves comentários acerca do entendimento do jurista Paulo Bonavides sobre a distinção conceitual entre direitos e garantias constitucionais - Constitucional - Âmbito Jurídico». www.ambito-juridico.com.br. Consultado em 16 de setembro de 2018 
  8. BONAVIDES. Paulo; VIEIRA. Amaral. Textos políticos da história do Brasil. Fortaleza. Imprensa Universitária da Universidade do Ceará, s d.