Paulo Fortes
Paulo Fortes, nome artístico de Paulo Gomes de Paiva Barata Ribeiro Fortes (Rio de Janeiro, 7 de fevereiro de 1923 – Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 1997) foi um cantor lírico e ator brasileiro, considerado o maior barítono do país no Século XX.[1] Bisneto do político Barata Ribeiro e pupilo da cantora Gabriella Besanzoni, Fortes foi o artista que mais vezes apresentou-se no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.[2]
Paulo Fortes | |
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Informação geral | |
Nome completo | Paulo Gomes de Paiva Barata Ribeiro Fortes |
Nascimento | 7 de fevereiro de 1923 |
Local de nascimento | Rio de Janeiro, DF Brasil |
Morte | 9 de janeiro de 1997 (73 anos) |
Local de morte | Rio de Janeiro, RJ Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Gênero(s) | |
Ocupação(ões) | |
Instrumento(s) | vocal |
Extensão vocal | barítono |
Período em atividade | 1945–1997 |
Como ator, Fortes atuou em filmes como O Enterro da Cafetina, A Difícil Vida Fácil, O Estranho Vício do Dr. Cornélio e Os Saltimbancos Trapalhões. Na televisão atuou na novela Pai Herói, na minissérie Memórias de um Gigolô e em programas como Sítio do Picapau Amarelo, Os Trapalhões e La Mamma.
Fortes não era conhecido somente no Brasil, tendo se apresentando em diversos países, como Portugal, Itália e Argentina.[3]
Biografia
editarFortes nasceu na zona sul do Rio, crescendo em Copacabana. Era bisneto do político Barata Ribeiro. Aos onze anos, participou de um concurso de radio e faturou o primeiro prêmio, um cãozinho fox terrier. Na juventude chegou a ser atleta, jogando basquete e hóquei sobre patins. Formou-se em Direito pela Faculdade do Rio de Janeiro, tendo participado do Teatro Universitário (TU), dirigido por Gerusa Camões.
Sua carreira teve estreia em 1945, aos 22 anos, quando substituiu o americano Leonard Warren numa montagem de La Traviata. Para desempenhar o papel, fez um treinamento longo e intensivo com a famosa cantora lírica Gabriella Besanzoni. Fortes consagrou-se como um dos artistas a se apresentar mais vezes no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A maior parte de seus 80 papéis em ópera ocorreu lá.[1]
Fortes se apresentou ao lado dos maiores nomes de seu tempo, incluindo sua ídola Renata Tebaldi.
A versatilidade de Fortes o levou aos palcos populares, à atuação como ator de cinema. Sua estreia no cinema foi em 1971 a convite de Jece Valadão em O Enterro da Cafetina. Faria muitos outros filmes, inclusive O Estranho Vício do Dr. Cornélio no papel principal, e Os Saltimbancos Trapalhões como Barão Bartholo. Na TV ele participou da novela Pai Herói e das minisséries Memórias de um Gigolô e La Mamma, todas da TV Globo.
Fortes promoveu a colocação da estátua de Carlos Gomes defronte ao Theatro Municipal, na Cinelândia e foi professor da Escola de Canto Lírico Carmem Gomes, também do Theatro Municipal.
Em seus 52 anos de carreira, Fortes representou mais de 80 papéis, em 11 idiomas diferentes.[1]
Fortes faleceu em 1997, vitimado por um ataque cardíaco.[3] Ele estava internado no Hospital Samaritano, onde seria submetido a uma operação para tratar um câncer de próstata.
Referências
- ↑ a b c Luciana Medeiros (24 de fevereiro de 2023). «Paulo Fortes, 100 anos: a alegria e o talento da voz do Brasil». Concerto. Consultado em 5 de novembro de 2024
- ↑ Heller-Lopes, André (6 de fevereiro de 2023). «Fortes memórias de outros tempos: 100 anos de um carioca na ópera». Revista Veja. Consultado em 5 de novembro de 2024
- ↑ a b «Morre no Rio barítono Paulo Fortes». Folha de S.Paulo. 10 de janeiro de 1997