Paulo Marinho (Globo)
Paulo Daudt Marinho (Rio de Janeiro, 1977 ou 1978)[1] é um membro da família Marinho e atual diretor-executivo da Globo.
Paulo Daudt Marinho | |
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Conhecido(a) por | diretor-executivo da Globo |
Nascimento | Rio de Janeiro |
Vida pessoal
editarÉ filho de José Roberto Marinho, neto de Roberto Marinho, fundador do Grupo Globo.[2]
Biografia
editarPaulo é formado em administração.[3]
Desde 1998, Paulo atuou no Grupo Globo.[4] Ele foi coordenador de Conteúdo e Marketing no Sistema Globo de Rádio, diretor dos canais infantis Gloob e Gloobinho, da ViU Hub, diretor-geral de Canais e Conteúdo da então Globosat e, desde 2020, responsável pelos canais de TV aberta e por assinatura e também pela rede de afiliadas da Globo.[3] Ele foi importante na consolidação da estratégia D2C da empresa.[5] O Notícias da TV o chamou de porta-voz da família Marinho, por ser o único dos netos que fala com a imprensa.[6]
Em 2021, tornou-se diretor-executivo da Globo e João Roberto Marinho tornou-se presidente do Grupo Globo, substituindo Jorge Nóbrega.[4] Nobrega notorizou-se pelo programa Uma Só Globo, que simplificou diversos processos internos da Globo.[7] Esta foi a maior mudança interna da história da Globo.[8] Durante a saída de Nóbrega, Carlos Henrique Schroder foi substituido por Ricardo Waddington.[9] Quando ele assumiu, o lucro da Globo havia caído em 77% entre 2019 e 2020. Também anunciou mais investimentos em tecnologias como streaming.[3][10]
Em 2023, a Globo conseguiu arrecadar R$ 15,16 bilhões, chegando a níveis pré-pandemia de COVID-19.[11] Em agosto, Paulo Marinho disse estar surpreendido com a saída de Ali Kamel da Globo, e ele sugeriu criar um cargo no conselho da empresa para acomodá-lo.[12] Em 2024, Paulo Marinho admitiu que a Globo errou ao investir mais na Globoplay do que nos canais lineares pagos (GNT, GloboNews, Multishow) e da própria TV Globo durante a pandemia, o que levou a empresa a ter prejuizo.[13][14] Apesar disso, a receita da Globo cresceu em 12% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao ano passado, principalmente por causa do sucesso do Big Brother Brasil 24.[15] Em Março, Marinho e Ricardo Villela anunciaram que enviariam William Bonner e Renata Lo Prete para a eleição presidencial nos Estados Unidos, retomando a tradição da emissora.[16] Em abril, Paulo Marinho afirmou em entrevista ao Valor Econômico que o grupo investiria na TV 3.0.[17] Em agosto, Paulo Marinho pressionou a Ancine a bloquear sites piratas.[18]
Referências
- ↑ «João Roberto Marinho será o novo presidente do Grupo Globo, e Paulo Marinho assumirá a presidência da Globo». O Globo. 14 de outubro de 2021. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ «Globo terá novo presidente; entenda a árvore genealógica da família Marinho». UOL. 14 de outubro de 2021. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ a b c Jeff Benício (15 de outubro de 2021). «Quem é Paulo Marinho, novo presidente-executivo da TV Globo». Portal Terra. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ a b «João Roberto Marinho será o novo presidente do Grupo Globo e Paulo Marinho assumirá a presidência da Globo». G1. 14 de outubro de 2021. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ «Paulo Marinho assumirá presidência da Globo e João Roberto Marinho assume comando do grupo». TeleTime. 14 de outubro de 2021. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ Daniel Castro (18 de abril de 2018). «'Não vejo a TV morrendo', diz porta-voz da nova geração dos donos da Globo». Notícias da TV. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ Murilo Ribeiro (15 de outubro de 2021). «O que significa a volta da família Marinho ao comando do grupo Globo?». Metrópoles. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ Daniel Castro (14 de outubro de 2021). «Paulo Marinho, neto de Roberto Marinho, vai presidir a Globo após demissões». Notícias da TV. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ Cristina Padiglione (19 de novembro de 2020). «Saída de Schroder indica que reestruturação na Globo está longe de terminar». Folha de S.Paulo. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ «Paulo Marinho, novo presidente da Globo, tem clã bilionário e xará político». Splash. 14 de outubro de 2021. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ Gabriel Vaquer (7 de março de 2024). «Globo arrecada R$ 15,16 bilhões em 2023 e emissora volta a níveis pré-pandemia». F5. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ Mônica Bergamo (29 de agosto de 2023). «Mônica Bergamo: De saída do comando da Globo, Ali Kamel diz em carta que nunca viveu como um 'velho homem' da imprensa». Folha de S.Paulo. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ Daniel Castro (13 de agosto de 2024). «Globo admite que 'errou a mão' ao investir no Globoplay e que perdeu dinheiro». Notícias da TV. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ Valmir Moratelli (16 de agosto de 2024). «Paulo Marinho revela prejuízo da Globo, mas fala em investimentos». Revista Veja. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ Gabriel Vaquer (28 de maio de 2024). «Globo arrecada R$ 3,7 bilhões no 1º trimestre de 2024 e tem maior lucro desde 2016». F5. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ Gabriel Vaquer (15 de março de 2024). «Globo retoma tradição e enviará âncoras aos EUA durante as eleições americanas». F5. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ Ranier Bragon e Adriana Fernandes (1 de abril de 2024). «Comunicações defende crédito subsidiado a empresas para implantação da TV 3.0». Folha de S.Paulo. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024
- ↑ «Painel S.A.: Futebol é o que motiva maior pirataria na TV, diz Anatel». Folha de S.Paulo. 13 de agosto de 2024. Consultado em 8 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2024