Paulo Okamotto
Esta biografia de uma pessoa viva cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo. (Outubro de 2014) |
Paulo Tarciso Okamotto (Mauá, São Paulo, 28 de fevereiro de 1956) é um empresário, ex-metalúrgico e ex-sindicalista brasileiro.[1][2] É o atual presidente da Fundação Perseu Abramo.
Paulo Okamotto | |
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Paulo Okamotto em 2007.
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Nome completo | Paulo Tarciso Okamotto |
Nascimento | 28 de fevereiro de 1956 (68 anos) Mauá, São Paulo |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Empresário, político e ex-metalúrgico |
De ascendência paterna japonesa,[3][4] foi presidente do SEBRAE entre 2003 e 2010, durante o Governo Lula (2003-2010). É amigo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.[2]
Biografia
editarNascido no município de Mauá, desde os seis anos de idade já trabalhava.[5] Foi através da sua mãe, que trabalhava na cozinha da Volkswagen que ingressou como aprendiz no Senai.[2][6] Fez um curso na área metalúrgica e começou a trabalhar na Brastemp, onde se iniciou na atividade sindical e conheceu Lula, então Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.[5][6][1] Em 1981 trabalhava como fresador de ferramentaria na Inbrac, em Diadema.[2] Integrou a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em 1981, no primeiro mandato de Jair Meneguelli, como diretor de finanças. Cumpriu mais dois mandatos como segundo secretário e diretor do departamento jurídico.
Em 1989 trabalhou com tesoureiro da campanha presidencial do então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na primeira eleição presidencial direta no Brasil depois de 29 anos.[2]
Foi presidente do diretório estadual do PT de São Paulo.
Em 1990, mais uma vez junto com Lula, Paulo Vannuchi, Clara Ant, companheiros do sindicato, intelectuais e lideranças da sociedade civil, participou da criação do Instituto Cidadania, do qual seria responsável pela gestão administrativa e, em 2001, presidente.[2][6]
Em 2003, assume a diretoria de administração e finanças do Sebrae.[6][2] Em 2005, é eleito presidente da entidade, cargo que ocuparia até 2010.[6][2]
Em 2011, foi um dos fundadores do Instituto Lula e desde então é o presidente do instituto até hoje.[7]
No dia 4 de março de 2016, em São Paulo, Okamotto foi levado por agentes da Polícia Federal (PF), mediante mandado de condução coercitiva, a fim de prestar depoimento na sede da PF, durante a 24ª fase (denominada Aletheia) da chamada Operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção na Petrobras.[8][9] Entretanto foi absolvido da acusação que foi feita contra si de lavagem de dinheiro relacionada ao pagamento das despesas de armazenamento do acervo presidencial do Presidente Lula.[10]
Em fevereiro de 2023, assumiu a presidência da Fundação Perseu Abramo.[6]
Controvérsias
editarMensalão
editarEm 2005, já como presidente da SEBRAE, foi acusado nas CPIs dos Bingos e a do Mensalão por pagar dívida de R$ 30 mil do então presidente Lula, sem declarar a origem da quantia, levando suspeita de origem ilícita. Em fevereiro de 2006, a CPI dos Bingos aprovou a quebra de seu sigilo bancário para apurar a origem do pagamento,[11] mas contrariando a CPI e a expectativa em geral, Okamotto conseguiu por ordem judicial para impedir a quebra. Até hoje, o caso continua sem solução.
Ameaças contra Marcos Valério
editarEm 2012, durante o julgamento do mensalão, Marcos Valério afirmou que lhes enviavam o "faz-tudo de Lula", Paulo Okamoto: "a função dele é me acalmar"[12].
Em 2013, foi arquivada investigação contra Paulo Okamoto, por ameaça de morte feita contra Marcos Valério em 2005.[13]
Amizade com o ex-presidente Lula
editarDesde 2005, a mídia brasileira costumeiramente se refere a Paulo Okamotto como amigo muito próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2011, quando Lula teve diagnosticado um tumor na laringe, Paulo Okamotto disse à mídia que o presidente estava reclamando de rouquidão.[14]
Em 2012, Paulo Okamoto e Clara Ant foram citados como representantes do Instituto Lula pelo jornal "Poder Online".[15]
Em 2014, a revista Veja o descreve como "uma espécie de anjo da guarda e faz tudo do ex-presidente, o responsável por manter a vida de Lula em ordem e longe dos holofotes da imprensa".[16]
Referências
- ↑ a b Morais, Fernando (2021). Lula: Biografia Volume 1. São Paulo: Companhia das Letras. p. 301-302. 447 páginas. ISBN 978-65-5921-292-7
- ↑ a b c d e f g h Paulo Okamotto conta como se tornou o braço direito do ex-presidente. Glamurama, 25 de agosto de 2013.
- ↑ Morais, Fernando (2021). Lula: Biografia Volume 1. São Paulo: Companhia das Letras. p. 301-302. 447 páginas. ISBN 978-65-5921-292-7
- ↑ Paulo Okamotto conta como se tornou o braço direito do ex-presidente. Glamurama, 25 de agosto de 2013.
- ↑ a b «"Japonês" trabalha com Lula desde que ambos eram metalúrgicos». Folha de S.Paulo. 22 de agosto de 2005. Consultado em 28 de julho de 2020
- ↑ a b c d e f «Paulo Okamotto é o novo presidente da Fundação Perseu Abramo». Fundação Perseu Abramo. 13 de fevereiro de 2023. Consultado em 7 de abril de 2023
- ↑ «Paulo Tarciso Okamotto». Instituto Lula. Consultado em 7 de outubro de 2014. Arquivado do original em 12 de outubro de 2014
- ↑ Andreza Matias, Fábio Frabini e Fausto Macedo (4 de março de 2016). «Justiça autoriza condução coercitiva de Lula e Okamotto para prestar depoimento». Estadão. Consultado em 4 de março de 2016
- ↑ G1 (4 de março de 2016). «Os alvos da 24ª fase da Lava Jato». G1. Consultado em 4 de março de 2016
- ↑ «Moro absolve Paulo Okamotto da acusação de lavagem de dinheiro». Agência Brasil. 12 de julho de 2017. Consultado em 28 de julho de 2020
- ↑ «Aprovada quebra de sigilos de Paulo Okamoto». Diário do Nordeste. 20 de janeiro de 2006. Consultado em 7 de outubro de 2014
- ↑ ELIANE CANTANHÊDE (18 de setembro de 2012). «Chama o Okamoto!». Folha de S.Paulo. Folha de S.Paulo. Consultado em 7 de outubro de 2014
- ↑ Ricardo Brito (31 de outubro de 2013). «Justiça arquiva investigação contra Okamotto por suposta ameaça a Valério». Estadão. O Estado de S. Paulo. Consultado em 7 de outubro de 2014
- ↑ «Paulo Okamoto, amigo do ex-presidente, diz que Lula reclamava de rouquidão». Diário de Pernambuco. 29 de outubro de 2011. Consultado em 7 de outubro de 2014. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015
- ↑ «Família de Lula opta pela "privacidade" no Anhambi». Poder Online. 20 de fevereiro de 2012. Consultado em 7 de outubro de 2014
- ↑ «Caso Rosemary Noronha». Abril. Veja. 20 de maio de 2014. Consultado em 8 de outubro de 2014