Paulo Setúbal
Paulo de Oliveira Leite Setúbal (Tatuí, 1 de janeiro de 1893 – São Paulo, 4 de maio de 1937) foi um advogado, escritor e jornalista brasileiro.[1][2]
Paulo Setúbal | |
---|---|
Nome completo | Paulo de Oliveira Leite Setúbal |
Nascimento | 1 de janeiro de 1893 Tatuí, São Paulo |
Morte | 4 de maio de 1937 (44 anos) São Paulo, São Paulo |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Escritor, jornalista |
Magnum opus | A marquesa de Santos |
Biografia
editarFilho de Antônio de Oliveira Leite Setúbal e Maria Tereza de Almeida Nobre, Paulo de Oliveira Leite Setúbal nasceu em Tatuí, em 1893.[3]
Paulo Setúbal foi aluno de Chico Pereira em Tatuí, ao qual deve toda sua formação, pois era um aluno dedicado ao estudo e seu professor, Chico Pereira acreditou em sua capacidade e comunicou a sua mãe que o levasse para estudar na capital e ela assim o fez. Apesar de enfrentar dificuldades, levou o filho para estudar em São Paulo matriculando-o no colégio dos irmãos Maristas.
Formou-se, em 1914, bacharel em direito, em São Paulo. Na época já havia publicado um poema na primeira página do jornal A Tarde. Em 1920 ocorreu a publicação de seu livro de poesias Alma Cabocla, cuja edição, de três mil exemplares, esgotou-se em um mês. Entre 1925 e 1935 publicou vários romances históricos, entre eles A Marquesa de Santos, O Príncipe de Nassau e A Bandeira de Fernão Dias. Em 1926 trabalhou como colaborador do jornal O Estado de S. Paulo. De 1928 a 1930 foi deputado estadual, mas renunciou ao mandato por ter agravada sua tuberculose.
Era casado com Francisca de Sousa Aranha (filha de Olavo Egídio de Sousa Aranha e de Vicentina de Queiroz Aranha), com quem teve três filhos: Maria Vicentina, Teresinha e Olavo Egídio Setúbal.
Publicou, nos anos seguintes, livros de contos, crônicas e memórias. Poeta vinculado à estética parnasiana, Paulo Setúbal tematizou em seus versos a vida dos camponeses, dos caboclos do interior de São Paulo. Pela escolha do tema, na época foi chamado de "poeta regional".
Foi também famoso e respeitado autor de obras de temática histórica, dentre as quais se destacam o romance A Marquesa de Santos (1925) e o livro de crônicas O Ouro de Cuiabá (1933).
Seu ultimo livro foi Confiteor o qual dedicou ao seu professor que acreditou em seu potencial, Chico Pereira, até quando já estava muito doente de tuberculose e citou assim seu professor ''aqui falo do homem mais rico de minha terra, mais não de riquezas materiais mais de conhecimento, bondade e caridade, meu professor Chico Pereira...''.
Em Tatuí o Museu Municipal foi denominado Museu Histórico Paulo Setúbal.[4] Em Tatuí a prefeitura realizada também o Prêmio Literário Paulo Setúbal.[5]
Academia Brasileira de Letras
editarFoi eleito em 6 de dezembro de 1934 para a Academia Brasileira de Letras, sucedendo a João Ribeiro na cadeira 31. Foi recebido em 27 de julho de 1935 pelo acadêmico José de Alcântara Machado.
Referências
- ↑ «Biografia de Paulo Setúbal». Prefeitura de São Paulo. 19 de agosto de 2008. Consultado em 23 de outubro de 2022
- ↑ «Saiba quem foi Paulo Setúbal». Diário de Tatuí. 7 de agosto de 2021. Consultado em 23 de outubro de 2022
- ↑ «Paulo Setúbal». Itaú Cultural. 31 de janeiro de 2018. Consultado em 23 de outubro de 2022
- ↑ «'Paulo Setúbal' sedia mostra que detalha a vida urbana de Tatuí». O Pogresso. 18 de outubro de 2022. Consultado em 23 de outubro de 2022
- ↑ «20º Premio Literário Paulo Setúbal: conheça os vencedores nas categorias contos crônicas e poesias». Prefeitura de Tatuí. 5 de agosto de 2022. Consultado em 23 de outubro de 2022
Ligações externas
editar- Paulo Setúbal (Perfil), Academia Brasileira de Letras
- Paulo Setúbal (biografia), Web vestibular.
- enciclopedia.itaucultural.org.br
Precedido por João Ribeiro |
ABL – terceiro acadêmico da cadeira 31 1934–1937 |
Sucedido por Cassiano Ricardo |