Paysage de fantaisie
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Paysage de fantaisie ("Paisagem fantástica") é um romance do escritor francês Tony Duvert publicado em 1973 pela editora Minuit. Foi galardoado com o Prêmio Médicis em novembro de 1973. O título da obra provém do nome em francês de um quadro de Francesco Guardi conservado no museu do Ermitage[1].
Paysage de fantaisie | |
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Autor(es) | Tony Duvert |
Idioma | francês |
País | França |
Gênero | romance |
Editora | Éditions de Minuit |
Lançamento | 1 de Janeiro de 1973 |
Páginas | 231 |
ISBN | 2707303410 |
Enredo
editarNuma casa de campo, umas crianças são treinadas para a prostituição.
Estilo
editarPrimeiro «ponto de inflexão[2]» na obra de Duvert, é um livro subversivo (Madeleine Chapsal) que combina uma narrativa e um estilo muito desestruturados, inspirados no nouveau roman, na pornografia, na intransigência estilística e no realismo social. Posterior às primeiras obras de Duvert, Paysage de fantaisie é «uma espécie de novo romance, sem pontuação, sem maiúsculas, sem frases no sentido habitual da palavra, e com espaços em branco no interior dos parágrafos[3]». Contudo, ele a redigiu mais lentamente do que as precedentes, em três anos (1970-1972), e ao relato da fantasia adicionam-se «passagems de uma nitidez realista extraordinária, nos quais a pequena sociedade das crianças aparece representada como em nenhum outro livro da literatura publicado anteriormente[2]».
Recepção crítica
editarO romance foi especialmente bem acolhido, desde a sua publicação, pelos críticos literários das grandes mídias francesas (Claude Mauriac[4], Madeleine Chapsal[5], Jean-François Josselin[6], François Nourissier[7], Dominique Rollin[8], etc...). Para Madeleine Chapsal, de L'Express, ele é «um livro grande. De vez em quando, insuportável. Um livro no qual a leitura difícil recupera sua dimensão, perdida com demasiada frequência, de atividade subversiva»[5] Para Bertrand Poirot-Delpech, de Le Monde, Duvert se afirma com esta obra como «o jovem autor que ascende, que não tardará em ser citado e imitado[9]». Para Claude Mauriac, de Le Figaro «o autor (...) revela neste passe contínuo do abominável ao delicioso e do execrável ao excelente umas capacidades e uma arte que a palavra talento difícilmente pode expressar».[4]
Em novembro de 1973, graças ao apoio de Roland Barthes, o romance obteve o Prêmio Médicis, enquanto a imprensa antes esperava o galardão para Bernard Noël[10].
Esta publicidade suplementária permite a algumas vozes discordantes se expressarem. Jack Kolbert, da French Review, escreve assim no início de 1974 em um balanço do ano literário de 1973: «devemos confessar que o feito de uma obra, cujo erotismo roça, em nossa opinião, a mais baixa ponografia, ter sido recompensada com um dos grandes prêmios literários franceses, parece-nos abusivo[3]».
Referências
- ↑ Francesco Guardi, Paysage de Fantaisie[ligação inativa]
- ↑ a b Gilles Sebhan, Tony Duvert. L'Enfant silencieux, Paris: Denoël, 2010, p. 71
- ↑ a b Jack Kolbert, «L'Année Littéraire 1973», The French Review, Vol. 47, n°6 de maio 1974, p. 1048.
- ↑ a b Claude Mauriac, "Une littérature corrosive", Le Figaro littéraire, n° 1396, 17 de fevereiro de 1973, II, p. 16.
- ↑ a b Madeleine Chapsal, "La fête cruelle de Tony Duvert", em L'Express, n° 1124, 22-28 de janeiro de 1973, p. 74-5.
- ↑ Jean-François Josselin, "Un romancier du plaisir", em Le Nouvel Observateur, n° 430, 5-11 de fevereiro de 1973, p. 66.
- ↑ François Nourissier, "Astucieusement faisandé", em Le Point, n° 21, 12 de fevereiro de 1973, p. 67.
- ↑ Dominique Rollin, "Superbement amoral", em Le Point, n° 21, 12 de fevereiro de 1973, p. 67.
- ↑ Contracapa de Paysage de Fantaisie.
- ↑ Gilles Sebhan, op.cit., p. 75