Pedro Fernando da Costa Vasconcelos
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos (Monte Alegre, 16 de abril de 1957) é um virologista, pesquisador e professor universitário brasileiro.
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos | |
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Nascimento | 16 de abril de 1957 (67 anos) Monte Alegre, Pará, Brasil |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Cônjuge | Helena Baldez |
Alma mater |
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Prêmios |
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Orientador(es)(as) | José Tavares Carneiro Neto |
Instituições | |
Campo(s) | Medicina e virologia |
Tese | Estudo de epidemias de dengue: uso e significado dos inquéritos soro-epidemiológicos transversais (1999) |
Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico[1] e membro titular da Academia Brasileira de Ciências na área de Ciências Biomédicas, Pedro é pesquisador na área de virologia do Instituto Evandro Chagas (IEC), em Ananindeua, do qual também foi seu diretor (2014-2019), e professor da Universidade do Estado do Pará.[3]
Participou da descoberta de mais de 100 tipos de vírus, tendo papel de destaque na epidemia de febre zica em 2015–2016, onde seu grupo de pesquisa foi o primeiro a isolar o vírus zika, em 2015, do cérebro de um bebê com microcefalia, filho de uma mulher do Ceará infectada na gestação. Foi com base neste trabalho pioneiro que o Ministério da Saúde emitiu um comunicado estabelecendo uma associação entre a infecção por zika e a microcefalia.[4]
Foi presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical no biênio 2019-2021.[5]
Biografia
editarPedro nasceu na cidade de Monte Alegre, a 600 quilômetros de Belém. Quando entrou no curso de medicina da Universidade Federal do Pará, em 1977, Pedro queria ser cirurgião cardíaco. Ele desistiu da área ao assistir a uma cirurgia e concluir que não conseguiria fazer nada parecido. Em seu quarto ano de curso, começou um estágio em virologia no Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado ao Ministério da Saúde e um dos mais importantes centros de estudos de doenças tropicais no país. Percebeu que era na virologia que se especializaria, começando por um curso na Universidade de São Paulo, em 1987.[4]
Começou suas pesquisas com a virologista Amélia Paes de Andrade Travassos da Rosa (1937-2017), que seria sua supervisora de pós-doutorado 20 anos depois, pela Divisão Médica da Universidade do Texas. Em 1983, Pedro ingressou como pesquisador no IEC, onde ajudou a diagnosticar os primeiros casos de dengue no Brasil, ocorridos em Boa Vista, e se especializou no estudo dos arbovírus, os vírus transmitidos por insetos, como os da febre amarela e da febre zika.[4]
Em 1999 defendeu seu doutorado pela Universidade Federal da Bahia e em 2002 e 2003 realizou estágio de pós-doutorado no Texas. É professor adjunto de patologia geral da Universidade do Estado do Pará e atua nas áreas de microbiologia, medicina tropical e patologia, com ênfase em virologia, desenvolvendo pesquisas especialmente em dengue, febre amarela, zika, chikungunya, hantavírus e raiva. Trabalha também com epidemiologia, biologia molecular de vírus, patogenia, descrição e caracterização de novos arbovírus e neurociências, principalmente neuroinfecções causadas por arbovírus.[3]
Vida pessoal
editarÉ casado com Helena Baldez, com quem tem três filhos: Pedro, procurador autárquico do estado; Beatriz, fisioterapeuta; e Barbara, médica.[4]
Referências
- ↑ a b «Ordem Nacional do Mérito Científico». Canal Ciência. Consultado em 21 de junho de 2021
- ↑ «Diretor do Instituto Evandro Chagas recebe comenda Unama». Instituto Evandro Chagas. Consultado em 21 de junho de 2021
- ↑ a b «Pedro Fernando da Costa Vasconcelos». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 21 de junho de 2021
- ↑ a b c d Ricardo Zorzetto e Carlos Fioravanti (ed.). «Pedro Fernando da Costa Vasconcelos: A volta da febre amarela e da zika». Revista Pesquisa FAPESP. Consultado em 21 de junho de 2021
- ↑ «Dr. Pedro Fernando da Costa Vasconcelos é eleito presidente da SBMT». Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Consultado em 21 de junho de 2021