Pedro Freitas
Pedro de Almendra Freitas (José de Freitas, 1º de março de 1890 — Teresina, 9 de fevereiro de 1990) foi um comerciante, empresário e político brasileiro eleito governador do Piauí em 1950. Durante sua campanha para o executivo estadual recebeu o apelido de “Pedro Maxixe”, que lhe foi dado por seus contendores. Nada, porém, que lhe causasse aborrecimento. Faleceu vinte dias antes de completar cem anos de idade.[1][2]
Pedro Freitas | |
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Busto na praça que tem o nome dele na cidade de José de Freitas (FotoːMoacir Ximenes) | |
Governador do Piauí | |
Período | 1951-1955 |
Antecessor(a) | José da Rocha Furtado |
Sucessor(a) | Gaioso e Almendra |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1 de março de 1890 José de Freitas, PI |
Morte | 9 de fevereiro de 1990 (99 anos) Teresina, PI |
Cônjuge | Carolina Freitas (1ª vez) Maria de Nazaré Freitas (2ª vez) |
Partido | PSD |
Profissão | comerciante, empresário |
Dados biográficos
editarFilho de José de Almendra Freitas e de Ana Rosa do Lago Castelo Branco. Nascido no então Povoado Livramento fixou-se como comerciante e somente ingressou nas disputas eleitorais aos sessenta anos quando o PSD enfrentava uma férrea disputa interna para indicar o candidato à sucessão estadual de 1950 e confrontar Eurípedes Aguiar (UDN), outrora governador do Piauí (1916-1920) e apoiado pelo governador José da Rocha Furtado.[3]
Tal furor se justificava porque havia três grupos dentro do PSD disputando a indicação do candidato a governador. Segundo José Lopes dos Santos um grupo era liderado por Leônidas Melo (governador e interventor federal entre 1935 e 1945), outro por Sigefredo Pacheco e um terceiro pela família Freitas numa interminável sucessão de vetos a cada um dos nomes propostos pelos diferentes grupos, até que a escolha recaiu sobre Pedro Freitas, o qual não possuía arestas com qualquer das correntes pessedistas e assim realizaram-se eleições nas quais Pedro Freitas venceu Eurípedes Aguiar por uma margem inferior a um por cento dos votos. O vice-governador eleito foi Milton Brandão. Durante seu governo transcorreram as festividades alusivas ao Centenário de Teresina, em 16 de agosto de 1952.[3]
Sucessores políticos
editarEm 1954 Pedro Freitas viu seu filho, José Gaioso Freitas, ser eleito deputado estadual, entretanto o fato mais curioso quanto a biografia do patriarca dos Freitas foi que dentre seus mais renhidos adversários estava Petrônio Portela, que se casaria com Iracema, filha de Pedro Freitas, não obstante a cerrada oposição que este sofreu de seu futuro genro na Assembleia Legislativa do Piauí. Pedro Freitas foi sucedido como governador por Gaioso e Almendra, façanha esta que passou para a história política do Piauí como a única vez em que, desde o pós-guerra em 1945, um governador do estado eleito pelo voto popular transfere o cargo a um sucessor eleito com o seu apoio, afinal durante o Regime Militar de 1964 os governadores passaram a ser referendados pelo legislativo estadual após indicação do Presidente da República. Assim ao tomar posse em 1966, Helvídio Nunes foi o primeiro governador ungido pelos militares tendo recebido a comando do estado de um mandatário interino, o deputado estadual José Odon Maia Alencar, presidente do Legislativo.[nota 1]
Foi fundador da Usina Livramento.
Notas
- ↑ Tanto é verdade que, em 1983, Hugo Napoleão tomou posse ao vencer as eleições do ano anterior mas seu antecessor imediato, Lucídio Portela, fora escolhido pelo voto indireto. Não se pode atribuir tais pendores a governadores que foram eleitos e reeleitos como: Mão Santa (1994, 1998), Wellington Dias (2002, 2006, 2014 e 2018) e Wilson Martins (reeleito em 2010 seis meses após assumir o governo do estado), sendo absurdo considerá-los sucessores de si mesmos.
Referências
- ↑ BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Pedro Freitas no CPDOC». Consultado em 29 de janeiro de 2024
- ↑ Pedro Freitas, Artigo publicado por José Lopes dos Santos. Disponível no Jornal O Estado, Teresina/PI, edição de 11/12 de março de 1990.
- ↑ a b SANTOS, José Lopes dos. Política e Políticos: Eleições 86. Teresina, Gráfica Mendes, 1988. v. I e II.