Penguin Random House
A Penguin Random House LLC é uma editora multinacional conglomerada formada em 2013 a partir da fusão do Penguin Group e da Random House.[1]
Penguin Random House LLC | |
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Fundação | 1º de julho de 2013 |
Sede | Random House Tower, Cidade de Nova Iorque, Estados Unidos |
Proprietário(s) | Bertelsmann |
Pessoas-chave | Markus Dohle (CEO) Thomas Rabe (Presidente) |
Website oficial | global |
Em abril de 2020, a Bertelsmann anunciou a conclusão da compra da Penguin Random House, que havia sido anunciada em dezembro de 2019, comprando a fatia de 25% da Pearson plc na empresa. Com essa compra, a Bertelsmann tornou-se o único proprietário da Penguin Random House.[2] O grupo editorial de língua alemã da Bertelsmann, Verlagsgruppe Random House, foi completamente integrado à Penguin Random House, adicionando 45 selos à empresa, totalizando 365 selos.
Em 2021, a Penguin Random House empregava cerca de 10.000 pessoas em todo o mundo e publicava 15.000 títulos anualmente em suas 250 divisões e selos.[3] Esses títulos incluem ficção e não-ficção para adultos e crianças, tanto impressos quanto digitais. A Penguin Random House compreende a Penguin e a Random House nos EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Portugal e Índia; Penguin no Brasil, Ásia e África do Sul; Dorling Kindersley em todo o mundo; e as empresas da Random House na Espanha, América Hispânica e Alemanha.[4][5] No Brasil, também é sócia majoritária da editora Companhia das Letras, maior selo editorial do país.[6]
Em novembro de 2020, o The New York Times informou que a Penguin Random House estava planejando comprar a Simon & Schuster da Paramount Global por US$ 2,175 bilhões.[7] Em novembro de 2021, o Departamento de Justiça dos EUA entrou com uma ação para interromper o acordo por motivos antitruste.[8]
História
editarA Penguin Random House foi fundada em 2013 por Markus Dohle após a conclusão de uma transação de £2,4 bilhões entre a Bertelsmann e a Pearson para fundir suas respectivas editoras, Random House e Penguin Group. Bertelsmann e Pearson, as empresas-mãe, inicialmente possuíam 53% e 47%, respectivamente.[9][10] A fusão foi uma resposta da indústria editorial a mudanças no mercado de livros, impactado pelo crescimento dos ebooks e de empresas como a Amazon.[9][11] Em setembro de 2014, o Random House Studio assinou um contrato de produção com a Universal Pictures, sob o qual a Random House seria a produtora de filmes baseados nos livros da Penguin Random House. A subsidiária da Universal Focus Features tem colaborado frequentemente com a Random House Films.[12][13]
Em novembro de 2015, a Pearson anunciou que mudaria a marca para se concentrar em sua divisão de educação, movimento que também envolveu as vendas do Financial Times e de sua participação no The Economist Group anteriormente naquele ano.[14][15][16] Em julho de 2017, a Pearson vendeu uma participação de 22% no negócio para a Bertelsmann, mantendo assim uma participação de 25%.[17] A Bertelsmann acertou a compra dos 25% restantes da Person na empresa em dezembro de 2019 por U$ 675 milhões.[18] A transação foi concluída em abril de 2020.[19] Em junho de 2020, a Penguin Random House fez parte de um grupo de editoras que processou o Internet Archive, argumentando que sua coleção de e-books estava negando receita a autores e editores e acusando o site de ser "engajado em infração proposital de copyright em larga escala".[20]
A Penguin Random House entrou em acordo para adquirir a Simon & Schuster da ViacomCBS (atual Paramount Global) por U$2,1 bilhões, desbancando as concorrentes HarperCollins, da News Corp, e Vivendi, proprietária da Hachette.[21][22] O anúncio veio acompanhado de preocupações a respeito do preço dos livros, do pagamento aos autores e o funcionamento das livrarias independentes.[23] Em 2 de novembro de 2021, o Departamento de Justiça dos EUA entrou com uma ação civil antitruste para bloquear a proposta de aquisição da Simon & Schuster pela Penguin Random House. O processo alegou que a aquisição criaria uma editora com muita influência sobre livros e pagamentos de autores.[24][25] A juíza Florence Y. Pan bloqueou a aquisição da Simon & Schuster em outubro de 2022.[26][27]
Posteriormente, a Paramount e a PRH desistiram do acordo de venda.[28]
Referências
editar- ↑ «Fusão entre Penguin e Random House cria maior grupo editorial do planeta – DW – 29/10/2012». dw.com. Consultado em 20 de abril de 2022
- ↑ «Grupo alemão Bertelsmann conclui aquisição da Penguin Random House». Folha de S.Paulo. 2 de abril de 2020. Consultado em 20 de abril de 2022
- ↑ «UK watchdog investigates Penguin owner's Simon & Schuster takeover». the Guardian (em inglês). 22 de março de 2021. Consultado em 20 de abril de 2022
- ↑ «Welcome to Penguin Random House | Penguin Random House». PenguinRandomhouse.com (em inglês). Consultado em 20 de abril de 2022
- ↑ «CEO MARKUS DOHLE ANNOUNCES PENGUIN RANDOM HOUSE GLOBAL LEADERSHIP TEAM» (PDF). Penguin Random House. 7 de janeiro de 2013. Consultado em 20 de abril de 2022
- ↑ «Grupo Penguin assume controle da Companhia das Letras». G1. Consultado em 20 de abril de 2022
- ↑ Alter, Alexandra; Lee, Edmund (25 de novembro de 2020). «Penguin Random House to Buy Simon & Schuster». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 20 de abril de 2022
- ↑ «EUA atua para impedir a fusão de duas grandes editoras». GZH. 2 de novembro de 2021. Consultado em 20 de abril de 2022
- ↑ a b «Fusão cria a Penguin Random House – maior grupo editorial do mundo». VEJA. Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ «Fusão de Penguin e Random House cria editora de € 3 bi - Economia». Estadão. Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ «Pearson confirma fusão entre Penguin e Random House». O Globo. 29 de outubro de 2012. Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ «PRH Inks First-Look Deal with Universal». PublishersWeekly.com (em inglês). Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ Ford, Rebecca; Ford, Rebecca (24 de setembro de 2014). «Penguin Random House Inks First-Look Deal With Universal (Exclusive)». The Hollywood Reporter (em inglês). Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ Guimón, Pablo (23 de julho de 2015). «Pearson vende o 'Financial Times' ao grupo japonês de notícias Nikkei». El País Brasil. Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ «Pearson rebrand to reflect 100% focus on education». The Bookseller (em inglês). Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ «Pearson sells Economist Group stake for £469m». the Guardian (em inglês). 12 de agosto de 2015. Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ Chazan, Guy; Martin, Katie (11 de julho de 2017). «Pearson to sell 22% stake in Penguin Random House to Bertelsmann». Financial Times. Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ «Alemã Bertelsmann assume controle total da Penguin Random House». Folha de S.Paulo. 19 de dezembro de 2019. Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ «Grupo alemão Bertelsmann conclui aquisição da Penguin Random House». Valor Econômico. Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ Digital, Olhar (2 de junho de 2020). «Editoras nos EUA processam o Internet Archive alegando pirataria». Olhar Digital. Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ «News Corp vai entrar na batalha pela Simon & Schuster». Folha de S.Paulo. 17 de novembro de 2020. Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ «Negócio de US$ 2 bi cria a primeira megaeditora do mundo». Folha de S.Paulo. 25 de novembro de 2020. Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ Harris, Elizabeth A. (25 de fevereiro de 2021). «What Happens When a Publisher Becomes a Megapublisher?». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ «Departamento de Justiça processa a Penguin Random House pelo acordo de Simon & Schuster». Plu7. 2 de novembro de 2021. Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ «EUA atua para impedir a fusão de duas grandes editoras». ISTOÉ Independente. 2 de novembro de 2021. Consultado em 26 de abril de 2022
- ↑ Alter, Alexandra; Harris, Elizabeth A. (31 de outubro de 2022). «Judge Blocks a Merger of Penguin Random House and Simon & Schuster». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 27 de novembro de 2022
- ↑ «US judge blocks $2.2bn Penguin Random House merger». the Guardian (em inglês). 1 de novembro de 2022. Consultado em 27 de novembro de 2022
- ↑ Reuters (22 de novembro de 2022). «Editoras Penguin Random House e Simon & Schuster cancelam acordo de fusão de US$2,2 bilhões». InfoMoney. Consultado em 27 de novembro de 2022