Percevejo-gaúcho

espécie de inseto

Percevejo-gaúcho (Leptoglossus zonatus) é um insecto nativo não endêmico do Brasil da família Coreidae.[2] É considerado praga agrícola de algumas culturas como por exemplo milho, sorgo e romã.[3][4][5][6] Os seus ovos são parasitadas por um inseto do gênero Anastatus.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPercevejo-gaúcho
Percevejo-gaúcho
Percevejo-gaúcho
Classificação científica
Reino: Animalia
Sub-reino: Bilateria
Infrarreino: Protostomia
Superfilo: Ecdysozoa
Filo: Arthropoda
Subfilo: Hexapoda
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Infraclasse: Neoptera
Superordem: Paraneoptera
Ordem: Hemiptera
Subordem: Heteroptera
Infraordem: Pentatomomorpha
Superfamília: Coreoidea
Família: Coreidae
Subfamília: Coreinae
Tribo: Anisoscelini
Gênero: Leptoglossus
Espécie: L. zonatus[1][2]
Nome binomial
Leptoglossus zonatus
Dallas, 1852

Morfologia e fisiologia

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As fêmeas são maiores que os machos e pões os ovos enfileirados e aderidos ao substrato.[5]

Os ovos são inicialmente verdes e tornam-se definitivamente marrons após poucas horas. A encubação dos ovos é de cerca de 9,6 dias.[5]

As ninfas ficam agrupadas até o final do segundo estágio e diferentes alimentos interferem no seus tempos de desenvolvimento.[5]

Os machos possuem dois testículos, cada um com sete folículos preenchido por cistos em espermatogênese de diferentes fases; um duto eferente parte de cada um desses folículos; esses sete ductos eferentes se unem para formar um duto deferente por testículo e os dois dutos deferentes se unem para formar o duto ejaculatório. Os espermatozoides são armazenados nas vesículas seminais após o processo de espermatogênese. Os dutos deferentes recebem as secreções das glândulas acessórias na região posterior. Os dutos deferentes e as vesículas seminais possuem epitélio cuboide, com núcleo esférico, e recoberto por uma camada muscular fina. Eles possuem vários pares de glândulas acessórias bastante desenvolvidas, que possuem diferentes tipos de epitélio, prismático e cuboide, que produzem respectivamente secreções granulares e de aspecto homogêneo. As cópulas múltiplas são justificadas pela produção contínua de espermatozoides que são indicadas pela presença de cistos nas diferentes fases da espermatogênese.[3]

Distribuição geográfica

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Leptoglossus zonatus distribui-se nos países: Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Estados Unidos e Venezuela.[2][7]

Referências

  1. «Leptoglossus zonatus (Dallas, 1852)». Integrated Taxonomic Information System (ITIS) (https://www.itis.gov). Consultado em 26 de julho de 2017 
  2. a b c Fernandes JAM (2017). «Coreidae». Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil. PNUD. Consultado em 27 de julho de 2017 
  3. a b Igor L. A. Munhoz; Patrícia M. Valente; Bruno L. C. Bertholino; José Eduardo Serrão; Vinícius A. Araújo;. «Caracterização histológica do trato reprodutor do percevejo Leptoglossus zonatus Dallas, 1852 (Heteroptera: Coreidae)» (PDF). http://www.seb.org.br. Consultado em 27 de julho de 2017 
  4. «Leaffooted Bug». University of California Statewide Integrated Pest Management Program (UC IPM). Consultado em 27 de julho de 2017 
  5. a b c d MATRANGOLO, W. J. R.; WAQUIL, J.M. (1994). «Biologia de Leptoglossus zonatus (Dallas) (Hemiptera: coreidae) alimentados com milho e sorgo.». Embrapa Milho e Sorgo - Artigo em periódico indexado (ALICE). Consultado em 27 de julho de 2017 
  6. TEPOLE-GARCIA, Rosa Elba; RAMIREZ-ROJAS, Sergio; BARTOLO-REYES, Juan Carlos y CASTREJON-GOMEZ, Víctor Rogelio. (2016). «Ciclo de vida y análisis de riesgo climático de Leptoglossus zonatus Dallas (Hemiptera: Coreidae) para las zonas productoras de sorgo en el estado de Morelos, México.». Acta Zool. Mex [online]. pp. 300–309. ISSN 2448-8445. Consultado em 27 de julho de 2017 
  7. «Leptoglossus zonatus (Dallas, 1852)». http://www.gbif.org/. Consultado em 27 de julho de 2017