Perseguição de Judeus e Muçulmanos por Manuel I de Portugal
A 5 de dezembro de 1496, o rei Manuel I de Portugal assinou o decreto de expulsão de judeus e muçulmanos para entrar em vigor no final de outubro do ano seguinte.[1]

Antecedentes
editarAté ao século XV, alguns judeus ocupavam lugares de destaque na vida política e económica portuguesa. Por exemplo, Isaac Abravanel foi o tesoureiro do rei Afonso V de Portugal. Muitos também tiveram um papel ativo na cultura portuguesa e mantiveram a reputação de diplomatas e mercadores. A essa altura, Lisboa e Évora abrigavam importantes comunidades judaicas.
Expulsão dos muçulmanos
editarSegundo o historiador contemporâneo François Soyer, a expulsão dos muçulmanos de Portugal foi ofuscada pela conversão forçada de judeus no país.[2] Embora a tolerância das minorias muçulmanas em Portugal fosse maior do que em qualquer outra parte da Europa,[3] os muçulmanos ainda eram vistos como "alienígenas".[4] Os tumultos antimuçulmanos foram regulares na vizinha Valência durante a década de 1460; no entanto, nenhum ato semelhante de violência ocorreu em Portugal.[3]
Referências
- ↑ António José Saraiva: The Marrano Factory: The Portuguese Inquisition and Its New Christians 1536-1765, BRILL, 2001, ISBN 9789004120808, p. 10-12.
- ↑ Soyer 2007, p. 241.
- ↑ a b Soyer 2007, p. 258.
- ↑ Soyer 2007, p. 254, 259.