Peter Bieri (Berna, 23 de junho de 194427 de junho de 2023) foi um escritor e filósofo suíço, também conhecido pelo seu pseudónimo Pascal Mercier.[1]

Peter Bieri
Pseudônimo(s) Pascal Mercier
Nascimento 23 de junho de 1944
Berna, Suíça
Morte 27 de junho de 2023 (79 anos)
Berlim (Alemanha)
Nacionalidade suíço
Cidadania Suíça
Alma mater
Ocupação escritor, filósofo
Distinções
  • Prêmio Marie Luise Kaschnitz (2006)
  • Tractatus Award (2014)
  • honorary doctor of the University of Lucerne
Empregador(a) Universidade Livre de Berlim, Universidade de Marburgo
Obras destacadas Nachtzug nach Lissabon

Biografia

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Bieri estudou Filosofia, Estudos Ingleses e Estudos Indianos, tanto em Londres como em Heidelberg. Recebeu o doutoramento pelas mãos de Dieter Henrich e Ernst Tugendhat pelo seu trabalho acerca da filosofia do tempo. Após lhe ser conferido o grau, trabalhou como assistente científico no Seminário Filosófico da Universidade de Heidelberg.[1]

Bieri foi cofundador da unidade de investigação "Cognição e Cérebro" da Deutsche Forschungsgemeinschaft. A sua investigação incidiu na filosofia da mente, na epistemologia e na ética. De 1990 e até 1993, foi professor de História da Filosofia na Universidade de Marburg. A partir de 1993, leccionou filosofia na Universidade Livre de Berlim ocupando a cadeira de Filosofia analítica como sucessor de Ernst Tugendhat, seu mentor.[1]

Pseudônimo e trabalho como escritor

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Como escritor, Bieri usa o pseudônimo Pascal Mercier, composto pelos sobrenomes dos dois filósofos franceses Blaise Pascal e Louis-Sébastien Mercier. Martin Halter, em Frankfurter Allgemeine Zeitung, criticou a tentativa de Bieri de "vestir o banal homem de Berna com uma jabot de renda do filósofo francês"[2] como um maneirismo pretensioso. Peter Bieri publicou quatro romances até hoje. Os revisores identificaram “coração, desgraça e muito destino” como “sua receita de sucesso”[3] que Bieri, visando a “literatura de bem-estar”,[4] aplica em cada um de seus livros com poucas variações.[5]

Bieri morreu em 27 de junho de 2023, aos 79 anos.[6]

Trabalhos

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Como filósofo

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Publicações independentes

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  • Zeit und Zeiterfahrung. Exposition eines Problembereichs. Dissertation, 1971, Suhrkamp, Frankfurt am Main 1972.
  • Philosophische Psychologie. Überlegungen zur Begriffsbildung. In: Neue Hefte für Philosophie 11 (1977), S. 26–81.
  • Nominalismus und innere Erfahrung. In: Zeitschrift für philosophische Forschung 36 (1982), S. 3–24.
  • Sein und Aussehen von Gegenständen. Sind die Dinge farbig? In: Zeitschrift für philosophische Forschung 36 (1982), S. 531–552.
  • Evolution, Erkenntnis und Kognition. Zweifel an der evolutionären Erkenntnistheorie. In: Wilhelm Lütterfelds (Hrsg.): Transzendentale oder evolutionäre Erkenntnistheorie? Wissenschaftliche Buchgesellschaft, Darmstadt 1987, S. 117–147.
  • Intentionale Systeme: Überlegungen zu Daniel Dennetts Theorie des Geistes. In: Jochen Brandtstädter (Hrsg.): Struktur und Erfahrung in der psychologischen Forschung, de Gruyter, Berlin/New York 1987, S. 208–252.
  • Schmerz: Eine Fallstudie zum Leib-Seele-Problem. In: Ernst Pöppel (Hrsg.): Gehirn und Bewußtsein, VCH Verlagsgesellschaft, Weinheim 1989, S. 125–134.
  • Trying Out Epiphenomenalism. In: Erkenntnis Bd. 36, Nr. 3, Mai 1992.
  • Was macht Bewußtsein zu einem Rätsel? In: Spektrum der Wissenschaft Oktober 1992. Wiederabgedruckt in: Gehirn und Bewußtsein, Spektrum Akademischer Verlag, Heidelberg/Berlin/Oxford 1994, S. 172–180; und: Thomas Metzinger (Hrsg.): Bewußtsein: Beiträge aus der Gegenwartsphilosophie, Paderborn 1996.
  • Das Handwerk der Freiheit. Über die Entdeckung des eigenen Willens. Hanser, München 2001,[7] ISBN 3-596-15647-5.
  • Untergräbt die Regie des Gehirns die Freiheit des Willens? In: Christof Gestrich und Thomas Wabel (Hrsg.): Freier Wille oder unfreier Wille? Wichern Verlag, Berlin 2005 (=Berliner Theologische Zeitschrift, Beiheft 2005), S. 20–36.
  • Was bleibt von der analytischen Philosophie? In: Deutsche Zeitschrift für Philosophie, 2007, Heft III, S. 333–344.
  • Wie wollen wir leben? Residenz, St. Pölten 2011, ISBN 978-3-7017-1563-3.
  • Eine Erzählung schreiben und verstehen (Jacob Burckhardt-Gespräche auf Castelen). Hörbuch, Komplett-Media, München 2013, ISBN 978-3-8312-6483-4.
  • Eine Art zu leben: Über die Vielfalt menschlicher Würde. Hanser, München 2013, ISBN 978-3-446-24349-1.

Editoras

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Como romancista

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Publicado sob o pseudônimo de Pascal Mercier:

Referências

  1. a b c Brüske, Gunda (2010). Offene Türen: Feiern mit Menschen auf der Suche nach Gott : eine Arbeitshilfe zu niederschwelligen Gottesdiensten (em alemão). [S.l.]: Saint-Paul. p. 63. 128 páginas. ISBN 9783722807874 
  2. Martin Halter, Die Seele hängt voller Geigen. In: Frankfurter Allgemeine Zeitung, 30 May 2007
  3. Martin Halter, Die Seele hängt voller Geigen. In: Frankfurter Allgemeine Zeitung. 30 May 2007: “Herz, Schmerz und viel Schicksal”, “sein Erfolgsrezept”. Similarly Joseph Hanimann, Mit dieser Geige findet sie den Tod. In: Süddeutsche Zeitung. 16 July 2007: “painting emotion in a way that borders on kitsch” (“an Kitsch grenzende Gefühlsbeschreibung”), and Volker Weidermann, Professor Kitsch. In: Frankfurter Allgemeine Zeitung. 10 May 2007.
  4. Eberhard Falcke, Abgeschmackte Stimmungsmacherei. In: DIE ZEIT. 10 June 2007: “literarische Wellness”.
  5. Jens Jessen, Monumentale Biederkeit. In: DIE ZEIT. 12 March 2020.
  6. «Peter Bieri, Swiss author of 'Night Train to Lisbon', dies» (em inglês). Swissinfo. 4 de julho de 2023. Consultado em 4 de julho de 2023 
  7. Dies ist ein populärwissenschaftliches Buch über Willensfreiheit. Marcus von Schmiede befindet, dass es Bieri gut gelingt, auch ein Laienpublikum für die Diskussionen um Determinismus zu interessieren und in sie einzuführen; vgl. von Schmiedes Besprechung des Buches in Die Zeit (Hamburg), 13. Dezember 2001.