Petronilla Melusina von der Schulenburg
Petronilla Melusina von der Schulenburg (Hanôver, 1 de abril de 1693 – Isleworth, 16 de setembro de 1778)[1][2][3] foi uma nobre alemã que deteve os títulos do Pariato da Grã-Bretanha de condessa de Walsingham e baronesa Aldborough em direito próprio. Uma filha ilegítima do rei Jorge I da Grã-Bretanha, ela foi casada com Philip Stanhope, 4.º Conde de Chesterfield.
Melusina | |
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A condessa pintada em 1745 ou 1746 provavelmente pelo artista alemão, Pascha Johann Friedrich Weitsch; retrato encontra-se no Castelo de Wolfsburg. | |
Condessa de Chesterfield | |
Reinado | 14 de maio de 1733 – 24 de março de 1773 |
Antecessor(a) | Elizabeth Savile |
Sucessor(a) | Anne Thistlethwayte |
Condessa de Walsingham Baronesa Aldborough | |
Reinado | 7 de abril de 1722 – 16 de setembro de 1778 |
Predecessor(a) | Novo título |
Nascimento | 1 de abril de 1693 |
Hanôver, Eleitorado de Hanôver, Sacro Império Romano-Germânico (hoje na Alemanha) | |
Morte | 16 de setembro de 1778 (85 anos) |
Isleworth, Londres, Inglaterra, Reino da Grã-Bretanha | |
Sepultado em | Capela de Grosvenor, Mayfair, Londres |
Cônjuge | Philip Stanhope, 4.º Conde de Chesterfield |
Descendência | Benedict Swingate Calvert (possivelmente) |
Casa | Hanôver Stanhope |
Pai | Jorge I da Grã-Bretanha |
Mãe | Melusine von der Schulenburg |
Família
editarPetronilla Melusina foi a segunda filha nascida do rei Jorge I da Grã-Bretanha e de sua amante alemã, Melusine von der Schulenburg, a duquesa de Kendal.
Os seus avós paternos eram Ernesto Augusto, Eleitor de Hanôver e Sofia de Hanôver. Os seus avós maternos eram Gustavus Adolphus, Barão de Schulenberg, conselheiro particular do Eleitorado de Brandemburgo, e sua primeira esposa, Petronella Ottilie von Schwencken.
Ela teve duas irmãs: Anna Luise Sophie, condessa de Delitz, casada com Ernst August Philipp von dem Busshe-Ippenburg, e Margarethe Gertrud, primeira esposa de Alberto Wolfgang, conde de Eschaumburgo-Lipa.
Os seus dois meio-irmãos foram o rei Jorge II da Grã-Bretanha e Sofia Doroteia de Hanôver, rainha da Prússia como esposa de Frederico Guilherme I da Prússia, pais de Frederico, o Grande.
Biografia
editarMelusina e sua irmã mais velha, Anna Luise Sophie, nunca foram reconhecidas como filhas pelos pais biológicos,[4] tendo sido oficialmente reconhecidas como filhas da tia materna, Gertrud, e de seu marido, Friedrich Achaz. Já a irmã mais nova, Margarethe Gertrud, foi tida como filha de outra irmã, Sophia Juliane von Oeynhausen.[5] Apesar de terem sido registradas como filhas de duas das irmãs de duquesa de Kendal, as garotas permaneceram sob os cuidados da mãe, e foram criadas na corte. [4]
No dia 7 de abril de 1722, alguns dias depois do seu aniversário de 29 anos, Melusina recebeu os títulos vitalícios de Condessa de Walsingham, no condado de Norfolk, e de Baronesa de Aldborough, no condado de Suffolk.[1]
Após a morte do pai, em 11 de junho de 1727, ela passou a viver, na maior parte do tempo, em Kendal House, em Isleworth, com a mãe. Segundo Robert Walpole, Melusina tinha se casado secretamente quando era jovem, porém, quando conheceu o seu futuro marido, Philip Stanhope, 4.º Conde de Chesterfield, ela residia com a mãe em Grosvenor Square, numa casa ao lado da dele.[6] No Palácio de Kensington, a duquesa de Kendal tinha um apartamento de três andares de frente para os jardins, além de apartamentos no Palácio de St. James, onde residia com as filhas.[7]
Em Isleworth, no dia 14 de maio de 1733, aos 40 anos de idade, Melusina se casou com o conde de Chesterfield, de 38 anos. Ele era filho de Philip Stanhope, 3.º Conde de Chesterfield e de Elizabeth Savile. Philip era um político do Partido Whig. O grande dote que ela trouxe consigo era de £50.000, além de uma pensão anual de £3.000 dos pais, retirada da Lista Civil de Rendas da Irlanda. Portanto, ela ajudou a melhorar em muito a condição financeira do marido, que possuía dívidas de jogos de apostas antes do casamento.[8]
Mesmo após estarem oficialmente casados, Melusina e Philip continuaram a morar em suas respectivas casas vizinhas, sem dividir uma residência.[6] O conde tomou como amante Frances ou Fanny Shirley, conhecida como uma beldade, com quem ele manteve um longo relacionamento.[6] Ele também teve um filho ilegítimo com Madelina Elizabeth du Bouchet, também chamado Philip, que foi casado com Eugenia Peters.[9]
O casal não teve filhos, porém, segundo cartas de família, é possível que a condessa de Walsingham tenha sido a mãe de Benedict Swingate Calvert, um político e Lealista durante a Guerra de Independência dos Estados Unidos, através de um relacionamento extraconjugal com o pai de Benedict, Charles Carvelt, 5.º Barão de Baltimore, colônio proprietário da Província de Maryland. A identidade de sua mãe não é conhecida,[10] e ele era considerado ilegítimo.
O conde de Chesterfield morreu em 1773, aos 78 anos, e foi sucedido pelo primo e afilhado, o 5.º conde, que ele havia adotado como filho. A condessa viúva viveu por mais alguns anos, e faleceu no dia 16 de setembro de 1778, aos 85 anos, e foi enterrada na Capela de Grosvenor, em Londres.[3]
Ascendência
editarReferências
- ↑ a b «Petronilla Melusina von der Schulenburg, Countess of Walsingham». The Peerage
- ↑ «Petronille Melusine von der (Schulenberg) Stanhope (1693 - 1778)». Wiki Tree
- ↑ a b «Petronilla Melusina von der Schulenburg Stanhope». Find a Grave
- ↑ a b «George I's Forgotten Consort: Melusine von der Schulenburg, Duchess of Kendal». womenshistorynetwork.org
- ↑ «Schulenburg, (Ehrengard) Melusine von der, suo jure duchess of Kendal and suo jure duchess of Munster». oxforddnb.com
- ↑ a b c Leslie Stephen, ed. (1885). «Stanhope». Dictionary of National Biography Volume 54. [S.l.]: Smith, Elder, & Company. p. 27
- ↑ Tinniswood, Adrian (2018). Behind the Throne A Domestic History of the British Royal Household. [S.l.]: Basic Books. 416 páginas
- ↑ Christina Smylitopoulos, ed. (2016). «Sete». Agents of Space Eighteenth-Century Art, Architecture, and Visual Culture. [S.l.]: Cambridge Scholars Publishing. p. 170. 238 páginas. ISBN 9781443892094
- ↑ «Philip Stanhope». The Peerage
- ↑ Calvert, Rosalie Stier (1991). Mistress of Riversdale: The Plantation Letters of Rosalie Stier Calvert, 1795-1821. [S.l.]: JHU Press. p. 270. 407 páginas. ISBN 978-0-8018-4399-0