Pixelização
Em computação gráfica, a pixelização acontece quando se exibe um bitmap ou uma seção de um bitmap em um tamanho tão grande, que pixels individuais - pequenos elementos quadrados coloridos que compõem o bitmap - são visíveis. Diz-se que esta imagem está pixelada. Sistemas eletrônicos antigos como videogames funcionavam a uma resolução baixa com um número pequeno de cores, resultando em pixels visíveis. Os cantos nítidos de objetos curvos e linhas diagonais resultavam em uma aparência não natural. Entretanto, quando o número de cores disponíveis aumentou para 256, foi possível diminuir este problema utilizando um método chamado anti-serrilhamento para suavizar a aparência de objetos de baixa resolução, sem eliminar a pixelização mas deixando mais natural à nossa visão. Altas resoluções não evidenciam a pixelização, mas se uma imagem em baixa resolução for exibida, pode ser evidente novamente os pixels.[1][2]
No campo da computação gráfica 3D em tempo real, a pixelização pode ser um problema. Aqui, os bitmaps são aplicados aos polígonos como texturas. Assim quando uma câmera aproxima de um polígono texturizado, a filtragem simplista de textura nearest neighbor simplesmente aumenta o bitmap, criando uma pixelização drástica.[3][4]
A solução mais comum é uma técnica chamada interpolação de pixels que suavemente mescla ou interpola a cor de um pixel e a cor do pixel adjacente mais próximo em altos níveis de aproximação.[4]
Isso cria uma imagem mais orgânica, mas também mais borrada. Há formas variadas de fazer isto, são chamadas filtragem de textura.[4][3]
A pixelização é um problema exclusivo dos bitmaps. Alternativas como gráficos vetoriais ou modelos de polígonos geométricos puros podem escalonar para qualquer nível de detalhe. Esta é uma razão dos gráficos vetoriais serem populares para impressão - monitores de computadores modernos tem resolução de cerca de 100 pontos por polegada (ppi - points per inches), e a 300 ppi, documentos impressos tem aproximadamente 9 vezes mais pixels por unidade de área de um monitor. Texturas processuais é uma outra solução muito utilizada, como as fractais que podem ser geradas na hora com níveis arbitrários de detalhe.[4]
Pixelação intencional
editarEm muitos casos, a resolução de uma imagem ou parte dela, é diminuída para aplicar a pixelização intencionalmente. Este efeito é comumente usado nos noticiários televisivos para censurar o rosto de uma pessoa ou para censurar nudez ou gestos obscenos, e também é usada com intuito de efeito artístico. Este efeito é chamado pixelização. Produzir pixels facilmente visíveis é também característica principal vista em pixel art, a qual os gráficos são feitos em baixa resolução para chegar ao efeito desejado.[5][6]
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Pixelização foi utilizada para anonimizar esta fotografia.
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Parte desta imagem, um mural na entrada dos escritórios da empresa Pokémon em Tóquio, foi pixelizada por motivos de direitos autorais.
Referências
- ↑ D'Souza, Ajay. «Wave of the Future is now the Past « Vorpal.us» (em inglês). Consultado em 29 de junho de 2023
- ↑ Besançon, Lonni; Semmo, Amir; Biau, David; Frachet, Bruno; Pineau, Virginie; Sariali, El Hadi; Soubeyrand, Marc; Taouachi, Rabah; Isenberg, Tobias (fevereiro de 2020). «Reducing Affective Responses to Surgical Images and Videos Through Stylization». Computer Graphics Forum (em inglês) (1): 462–483. ISSN 0167-7055. doi:10.1111/cgf.13886. Consultado em 29 de junho de 2023
- ↑ a b Besançon, Lonni; Semmo, Amir; Biau, David; Frachet, Bruno; Pineau, Virginie; Sariali, El Hadi; Soubeyrand, Marc; Taouachi, Rabah; Isenberg, Tobias; Dragicevic, Pierre (2019). «Reducing Affective Responses to Surgical Images and Videos Through Stylization». Computer Graphics Forum. 39 (1): 462–483. ISSN 0167-7055. doi:10.1111/cgf.13886
- ↑ a b c d Newton, EM; Sweeney, L; Malin, B (Jan 2005). «Preserving privacy by de-identifying face images» (PDF). IEEE Transactions on Knowledge and Data Engineering. 17 (2): 232–243. doi:10.1109/TKDE.2005.32
- ↑ «PENAL CODE (Act No.45 of 1907)» (PDF).
Article 175
- ↑ «Obscenity, Indecency and Profanity». Federal Communications Commission (em inglês). 18 de novembro de 2010. Consultado em 17 de setembro de 2020