Play It as It Lays
Play It as It Lays (bra: O Destino que Deus me Deu)[4][5] é um filme estadunidense de 1972, do gênero drama, dirigido por Frank Perry, estrelado por Tuesday Weld e Anthony Perkins, e coestrelado por Tammy Grimes e Adam Roarke.[2] O roteiro de Joan Didion e John Gregory Dunne foi baseado no romance homônimo de 1970, da própria Didion.[1]
Play It as It Lays | |
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Cartaz promocional do filme. | |
No Brasil | O Destino que Deus me Deu |
Estados Unidos 1972 • cor • 99 min | |
Gênero | drama |
Direção | Frank Perry |
Produção | Frank Perry Dominick Dunne |
Roteiro | Joan Didion John Gregory Dunne |
Baseado em | Play It as It Lays romance de 1970 de Joan Didion[1] |
Elenco | Tuesday Weld Anthony Perkins |
Música | Don Fendley |
Cinematografia | Jordan Cronenweth |
Direção de arte | Pato Guzman |
Figurino | Joel Schumacher Halston Gustave Tassell |
Edição | Sidney Katz |
Companhia(s) produtora(s) | Universal Pictures F. P. Films |
Distribuição | Universal Pictures |
Lançamento | |
Idioma | inglês |
Orçamento | US$ 1 milhão[3] |
A trama retrata a história de uma ex-modelo e atriz de filmes B, que relembra os eventos traumáticos que a conduziram a um colapso mental enquanto está sob os cuidados de um hospital psiquiátrico.[6][7][8]
Sinopse
editarMaria Wyeth Lang (Tuesday Weld), uma ex-modelo oriunda de uma pequena cidade de Nevada, agora desfruta do sucesso como uma atriz de filmes B. No entanto, sua vida é marcada pelo casamento tumultuado com o diretor infiel e temperamental Carter Lang (Adam Roarke), levando-a a uma luta constante contra a depressão, o que a faz ser institucionalizada. Passeando pelas dependências de um hospital psiquiátrico, ela relembra os acontecimentos traumáticos que culminaram ao seu colapso mental.
Maria recorda ser negligenciada pelo marido e se envolver em um caso extraconjugal com Les Goodwin (Richard Anderson), o que resultou em uma gravidez. Ao revelar a Carter que espera um filho de outro homem, ele insiste que ela faça um aborto ilegal. Seu único amigo e confidente é B. Z. Mendenhall (Anthony Perkins), um infeliz produtor cinematográfico homossexual. Desencantado com a vida, ele propõe a Maria um pacto de suicídio, uma decisão que começa a influenciar suas ações anteriores ao ato.
Elenco
editar- Tuesday Weld como Maria Wyeth Lang
- Anthony Perkins como B. Z. Mendenhall
- Tammy Grimes como Helene Mendenhall
- Adam Roarke como Carter Lang
- Ruth Ford como Carlotta
- Eddie Firestone como Benny Austin
- Diana Ewing como Susannah
- Paul Lambert como Larry Kulik
- Chuck McCann como Assistente
- Severn Darden como Hipnotizador
- Tony Young como Johnny Waters
- Richard Anderson como Les Goodwin
- Elizabeth Claman como Garota
- Mitzi Hoag como Patsy
- Tyne Daly como Jornalista
- Roger Ewing como Nelson
- Richard Ryal como Gerente de Apartamento
- John Finnegan como Frank
- Tracy Morgan como Jeanelle
- Darlene Conley como Enfermeira
- Arthur Knight como Ele mesmo
- Albert Johnson como Ele mesmo
- Allan Warnick como Palestrante
- Não-creditados
- Mike Edwards como Nelson
- Jennifer C. Lesko como Kate
Produção
editarA produção do filme foi iniciada em 6 de dezembro de 1971 e encerrada em meados de fevereiro de 1972. As filmagens foram feitas em locações em Hollywood e Malibu, ambas na Califórnia, e em Las Vegas, Nevada.[2]
Joan Didion queria que Sam Peckinpah dirigisse a adaptação de seu romance, mas ele não havia entendido completamente por que ela o escolheu, considerando que seu sucesso anterior como diretor era em filmes de faroeste. Por causa disso, Peckinpah recusou a oferta.[9]
Inicialmente, Elizabeth Ashley, Tuesday Weld, Bonnie Bedelia e Lauren Hutton foram as atrizes consideradas para interpretar a personagem principal. O produtor Dominick Dunne escalou Weld, sua vizinha em Malibu, para o papel. No entanto, o diretor Frank Perry argumentou a favor de Bedelia, afirmando que a personagem "Maria deveria ser anoréxica e Tuesday estava bastante corpulenta".[9]
Diana Lynn foi originalmente escalada para o papel de Helene, mas sofreu um acidente vascular cerebral e faleceu em 18 de dezembro de 1971, dias após o início das filmagens.[10][11]
Recepção
editarVincent Canby, em sua crítica para o The New York Times, achou o roteiro e a direção um tanto "banais", mas elogiou as atuações de Weld e Perkins. Sobre a produção em geral, ele escreveu: "Play It as It Lays tem um visual tão chique e elegante que me lembra um baile de caridade para a saúde mental. A causa é boa, mas parece ser a última coisa que passa pela cabeça de alguém neste momento. Ao contrário do romance, que evoca pena, é mais provável que o filme evoque inveja pura e não adulterada".[12]
Roger Ebert, para o Chicago Sun-Times, deu ao filme 4/4 estrelas e elogiou o desempenho dos dois protagonistas: "O que faz o filme funcionar tão bem neste terreno difícil é, felizmente, fácil de dizer: foi bem escrito e dirigido, e Tuesday Weld e Anthony Perkins estão perfeitamente escalados como Maria e seu amigo B. Z. O material é tão fino (e precisa ser) que os atores têm que trazer textura humana junto com eles. Eles o fazem, e nos fazem se importar com personagens que desistiram de se importar consigo mesmos".[13]
Molly Haskell, para o The Village Voice, afirmou que teve "dificuldade em lembrar [do filme]". Sobre o desempenho de Weld, ela declarou: "Tuesday Weld é maravilhosa, mas não melhor do que ela já foi. Agora, porém, é a hora de ela receber os elogios que foram negados à sua personalidade culturalmente nada chique ... Ela se tornou 'séria' ... Não é negando a excelência de sua performance neste filme, mas sim expressando que ela era igualmente adorável nos outros".[14]
O crítico John Simon descreveu-o como "um filme muito ruim".[15]
No Rotten Tomatoes, site agregador de críticas, 50% das 8 críticas do filme são positivas, com uma classificação média de 9,3/10.[16]
Prêmios e indicações
editarAno | Cerimônia | Categoria | Indicado | Resultado | Ref. |
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1973 | Globo de Ouro | Melhor atriz em filme dramático | Tuesday Weld | Indicada | [17][18] |
Referências
- ↑ a b Didion, Joan (15 de novembro de 2005). Play It as It Lays (em inglês) segunda, revisada ed. Nova Iorque: Farrar, Straus and Giroux. ISBN 978-0374529949. Consultado em 30 de abril de 2024 – via Amazon
- ↑ a b c d «The First 100 Years 1893–1993: Play It as It Lays (1972)». American Film Institute Catalog. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ Gardner, Paul (10 de fevereiro de 1972). «Perry Making Hollywood Film — His Way». The New York Times. p. 59. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ «O Destino que Deus me Deu (1972)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ «Diário da Manhã (PE) – 1970 a 1979 – DocReader Web». Brasil: Hemeroteca Digital Brasileira. 22 de junho de 1973. p. 7. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ Fountain, Clarke. «Play It as It Lays (1972)». AllMovie. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ «Play It as It Lays (1972)». MUBI. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ Maltin, Leonard (2011) [2010]. Leonard Maltin's Movie Guide (em inglês). Nova Iorque: New American Library. ISBN 978-0451230874
- ↑ a b «Play It as It Lays (1972) – Notes». Turner Classic Movies. Atlanta: Turner Broadcasting System (Time Warner). Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ «Actress Diana Lynn Dies of Brain Hemorrhage». The Los Angeles Times. 19 de dezembro de 1971. p. 3. Consultado em 30 de abril de 2024 – via Newspapers.com
- ↑ «Diana Lynn Dies; Actress Was 45». The New York Times. 19 de dezembro de 1971. p. 60. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ Canby, Vincent (30 de outubro de 1972). «'Play It as It Lays' Comes to the Screen». The New York Times. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ Ebert, Roger (22 de janeiro de 1973). «Play It as It Lays (1972)». RogerEbert.com. Chicago Sun-Times. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ Haskell, Molly (9 de novembro de 1972). «Film: Etherized on the card table». The Village Voice. Consultado em 30 de abril de 2024 – via Google Notícias
- ↑ Simon, John (30 de dezembro de 1981). Reverse Angle: A Decade of American Films primeira ed. Nova Iorque: Crown Publishing Group. p. 92. ISBN 978-0517544716. Consultado em 30 de abril de 2024 – via Amazon
- ↑ «Play It as It Lays (1972)». Rotten Tomatoes. Fandango Media. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ «Play It as It Lays (1972) – Golden Globes». Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ «Golden Globes (1973) – Awards and Nominations». MUBI (em inglês). Consultado em 30 de abril de 2024