Poço Branco
Poço Branco é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte. Foi criado em 13 de Abril de 1963, por seu membro-fundador, o então Xerife da época de Taipu, Tertulino Cabral, que em meio à disputas de poder político decidiu fundar sua própria cidade. A família Cabral teve um papel importante na instauração e história de Poço Branco, ficou conhecida por suas importantes atuações no cenário político e contribuições no ramo de bebidas, sendo muitos destes ainda hoje donos de distribuidoras na região.
Poço Branco
| |
---|---|
Município do Brasil | |
Hino | |
Gentílico | poço-branquense |
Localização | |
Localização de Poço Branco no Rio Grande do Norte | |
Localização de Poço Branco no Brasil | |
Mapa de Poço Branco | |
Coordenadas | 5° 37′ 22″ S, 35° 39′ 46″ O |
País | Brasil |
Unidade federativa | Rio Grande do Norte |
Municípios limítrofes | Pureza, Taipu, Ielmo Marinho, Bento Fernandes e João Câmara |
Distância até a capital | 62 km |
História | |
Fundação | 1959 (66 anos) |
Emancipação | 26 de julho de 1963 (61 anos) |
Administração | |
Prefeito(a) | Edi Carlos Alexandre de Souza Oliveira ( PSD, 2021–2028) |
Vereadores | 9 |
Características geográficas | |
Área total [1] | 230,401 km² |
População total (Esrimariva IBGE/2022[1]) | 12 390 hab. |
• Posição | RN: 44º |
• Estimativa (2024[1]) | 12 619 hab. |
Densidade | 53,8 hab./km² |
Clima | Semiárido |
Altitude | 94 m |
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) |
CEP | 59560-000 |
Indicadores | |
IDH (PNUD/2010[2]) | 0,587 — baixo |
Gini (2020) | 0,56 |
PIB (IBGE/2021[3]) | R$ 131 861,54 mil |
PIB per capita (IBGE/2021[3]) | R$ 8 427,81 |
Sítio | www |
Geografia
editarNa divisão territorial do Brasil feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, o município pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Natal;[4] antes, de 1989 até 2017, quando vigorava a divisão em mesorregiões e microrregiões, era parte da microrregião da Baixa Verde, uma das quatro microrregiões da mesorregião do Agreste Potiguar.[5] Distante 63 km da capital estadual, Natal,[6] e 2 467 km da capital federal, Brasília,[7] Poço Branco ocupa 230,401 km² de área (0,4363% da superfície estadual), dos quais 3,877 km² constituem área urbana.[8] Limita-se com Pureza a norte, Bento Fernandes a sul, Taipu a leste e, a oeste, João Câmara e novamente Bento Fernandes.[9]
O relevo do município abrange tanto os tabuleiros costeiros, também denominados de "planaltos rebaixados", quanto a depressão sublitorânea, de transição entre os tabuleiros costeiros e o Planalto da Borborema. A geologia é marcada por sedimentos cretáceos das formações Açu e Jandaíra a norte, com idade entre oitenta e cem milhões de anos, enquanto a sul estão as rochas granito-gnássicas do período Pré-Cambriano, entre 1,1 bilhão e 2,5 bilhões de anos.[9] Os solos principais são a areia quartzosa distrófica e o podzólico vermelho amarelo equivalente eutrófico,[9] chamados, no atual Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, de neossolo e luvissolo, respectivamente.[10] Também é encontrado o vertissolo no setor norte do município, além de pequenas áreas de solo bruno não cálcico,[11] também enquadrados nos luvissolos.[10]
Esses solos são cobertos pela caatinga, com espécies vegetais de pequeno porte, cujas folhas desaparecem na estação seca. Poço Branco está inserido nos domínios das bacias hidrográficas dos rios Ceará-Mirim e Maxaranguape, o primeiro abrangendo quase três quintos da área do território poço-branquense e o segundo os dois quintos restantes. Cortam o município os riachos da América, do Cravo e do Saco e o rio Ceará-Mirim,[9] cujo trecho local é represado pela Barragem Engenheiro José Batista do Rêgo Pereira (Açude Poço Branco), com capacidade 136 000 000 m³.[12][13][14]
O clima de Poço Branco é semiárido,[15] com chuvas concentradas entre março e julho. De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), referentes ao período de 1962 a 2011 e a partir de 2019, o recorde de precipitação em 24 horas ocorreu em 13 de março de 2022, chegando a 211,6 mm.[16] Desde setembro de 2019, quando a EMPARN colocou em operação uma estação meteorológica automática na cidade, as temperaturas variaram de 19,1 °C em agosto de 2022, nos dias 16 e 22, a 35,4 °C em 11 de fevereiro de 2024.[17]
Dados climatológicos para Poço Branco | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 34,5 | 35,4 | 35,1 | 34,1 | 33,7 | 33,7 | 33 | 33,4 | 34,1 | 34,9 | 34,8 | 34,6 | 35,4 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 21,5 | 20,7 | 21,8 | 21 | 20,8 | 19,6 | 19,4 | 19,1 | 19,3 | 20 | 20,7 | 21,3 | 19,1 |
Precipitação (mm) | 41,6 | 63,4 | 113,7 | 129,9 | 102,4 | 106,8 | 99,2 | 42 | 21,7 | 5,7 | 7,8 | 10,1 | 744,3 |
Fonte: EMPARN (médias de precipitação: 1962-2011; recordes de temperatura: 05/09/2019-presente)[16][17] |
Referências
- ↑ a b c IBGE. «Brasil / Rio Grande do Norte / Poço Branco». Consultado em 9 de dezembro de 2022
- ↑ Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). «IDHM Municípios 2010». Consultado em 4 de setembro de 2013
- ↑ a b IBGE. «Brasil | Rio Grande do Norte | Poço Branco | Produto Interno Bruto dos Municípios». Consultado em 24 de janeiro de 2025
- ↑ IBGE (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 29 de março de 2019
- ↑ IBGE (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. Consultado em 9 de dezembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de setembro de 2017
- ↑ «Distância de Poço Branco a Natal». Consultado em 9 de dezembro de 2022
- ↑ «Distância de Poço Branco a Brasília». Consultado em 9 de dezembro de 2022
- ↑ IBGE (2019). «Tabela 8418 - Áreas urbanizadas, Loteamento vazio, Área total mapeada e Subcategorias». Consultado em 2 de novembro de 2024
- ↑ a b c d Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA) (2008). «Perfil do seu município: Poço Branco» (PDF). Consultado em 9 de dezembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 10 de dezembro de 2022
- ↑ a b JACOMINE, 2008, p. 178.
- ↑ EMBRAPA (1971). «Mapa Exploratório-Reconhecimento de solos do município de Poço Branco, RN» (PDF). Consultado em 9 de dezembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 10 de dezembro de 2022
- ↑ OLIVEIRA, 2018, p. 20.
- ↑ CIRILO, 2014, p. 28.
- ↑ GOMES, Luiz Henrique (27 de outubro de 2017). «Poço Branco vive conflito por água». Tribuna do Norte. Consultado em 9 de dezembro de 2022
- ↑ DINIZ FILHO, 2000, p. 2.
- ↑ a b Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). «Relatório pluviométrico». Consultado em 5 de janeiro de 2022
- ↑ a b EMPARN. «Relatório de variáveis meteorológicas». Consultado em 4 de fevereiro de 2022
Bibliografia
editar- CIRILO, Vera Lúcia Rodrigues. Abastecimento humano de água em comunidades rurais na bacia hidrográfica do Rio Ceará Mirim-RN. 2014. 158f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Sanitária e Ambiental) - Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, 2014.
- DINIZ FILHO, José Braz et al. Potencialidades e consumo de águas subterrâneas no médio e baixo curso da bacia hidrográfica do rio Ceará Mirim/RN. Águas Subterrâneas, 2000.
- JACOMINE, Paulo Klinger Tito. A nova classificação brasileira de solos. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, v. 5, p. 161-179, 2008.
- OLIVEIRA, Karoline Costa de. Implicações ambientais decorrentes do uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Doce - RN. 2018. 30f. TCC (Graduação em Geografia) - Departamento de Geografia, UFRN, Natal, 2018.