Política do Sol
A Política do Sol (ou também "Política Luz do Sol",[1][2] ou ainda "Política Raio de Sol"[3][4]) foi a política externa da Coreia do Sul para a Coreia do Norte de 1998 a 2008. Desde a sua articulação pelo presidente sul-coreano Kim Dae-jung, a política resultou em um maior contato político entre os dois países e alguns momentos históricos nas relações entre as duas Coreias[5]; as duas reuniões de cúpula da Coreia em Pyongyang (junho de 2000 e outubro de 2007) abriram caminhos para vários empreendimentos de alto nível e reuniões de familiares separados pelo conflito coreano.[4]
Em 2000, Kim Dae-jung foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz pela sua implementação bem-sucedida da Política do Sol.[4]
Ver também
editarReferências
- ↑ «Análise: EUA evitam confronto com a Coreia do Norte». BBC Brasil. 31 de dezembro de 2002.
A Coreia do Sul, por sua vez, defende uma abordagem estritamente diplomática, sem muita pressão sobre o seu vizinho do norte. O presidente eleito da Coreia do Sul, Roh Moo-hyun, chegou ao poder, entre outras coisas, por causa de sua promessa de continuar com a política "Luz do Sol" em relação à Coreia do Norte adotada pelo presidente atual, Kim Dae-jung.
- ↑ «País quer negociar com bomba na mão». Folha de S.Paulo. 26 de maio de 2009.
[...] surgiram no momento em que a Coreia do Sul está abalada por uma crise interna, o suicídio de Roh Moo-hyun, presidente até o ano passado. Roh defendia a chamada "política luz do sol", de aproximação diplomática com o Norte.
- ↑ «População do Sul não acredita em reação». O Tempo. 8 de maio de 2010.
[...] reverteu a chamada política "raio de sol" dos seus antecessores, na qual o Sul enviava auxílio financeiro e negociava com o Norte.
- ↑ a b c «Prémio Nobel da Paz: Morreu o antigo Presidente sul-coreano Kim Dae-jung». Publico.pt. 18 de Agosto de 2009.
Esta política “raio de Sol”, inspirada na “Ostpolitik” alemã do ex-chanceler da República Federal da Alemanha em relação à ex-República Democrática Alemã, do outro lado da Cortina de Ferro, foi o que lhe valeu o Nobelo. Como resultados práticos traduziu-se na promoção de reuniões familiares e uma cooperação económica acrescida entre as duas Correias, separadas desde a guerra de 1950-53, que terminou com uma trégua e não com um tratado de armistício.
- ↑ «Coreia despede-se de Dae Jung, patrono no Sul da reunificação». Hora do Povo