Ponte Hélio Serejo
A ponte Hélio Serejo é uma ponte rodoviária sobre o rio Paraná, entre os estados brasileiros de Mato Grosso do Sul e São Paulo. Construída em concreto protendido e inaugurada no fim de 1964, a ponte tem 2.550[2] metros de extensão e, até a inauguração da ponte Rio-Niterói era a mais extensa do Brasil[3]. Foi projetada e construída pelo engenheiro Sergio Marques de Souza.
Ponte Hélio Serejo | |
---|---|
Arquitetura e construção | |
Engenheiro | Sérgio Marques de Souza[1] |
Início da construção | 1963 |
Data de abertura | 1964 |
Comprimento total | 2550 metros |
Geografia | |
Via | BR-267 |
Cruza | Rio Paraná |
Localização | Presidente Epitácio São Paulo, Bataguassu Mato Grosso do Sul |
Coordenadas |
Atualmente, a ponte liga-se a Mato Grosso do Sul através de um aterro de cerca de 10 quilômetros, construído para elevar a rodovia em consequência da cheia do lago da usina hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta. Do lado sul-mato-grossense está o município de Bataguassu, de onde continua a BR-267, e do lado paulista o município de Presidente Epitácio, onde acaba a rodovia Raposo Tavares.
Foi publicada, em 11 de abril de 2012, no Diário Oficial da União (DOU) a lei que muda o nome da ponte sobre o rio Paraná que liga o estado de São Paulo ao de Mato Grosso do Sul, entre Presidente Epitácio e Bataguassu, de Mauricio Joppert da Silva para Hélio Serejo[4]. Até então, a ponte homenageava um engenheiro e político do Rio Janeiro, que foi ministro dos Transportes na década de 1940. Como engenheiro, durante a década de 1940, contribuiu no Departamento Nacional de Portos, Rios e Canais em 1928, entre 1932 e 1936, trabalhou como engenheiro-chefe das obras de construção dos aeroportos Santos Dumont e Bartolomeu de Gusmão, em Santa Cruz. Entre 1938 e 1948 foi consultor técnico da Companhia Nacional de Construções Civis e Hidráulicas. Em 1945, suas principais iniciativas à frente do ministério foram a aprovação de regimentos de vários órgãos ligados àquela pasta, a transformação do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em autarquia e a criação do Fundo Rodoviário Nacional. No entanto, em que pese a trajetória do referido político, ele não teve ligação alguma com a obra da ponte.
Hélio Serejo foi um escritor e jornalista que nasceu em Nioaque e passou os últimos anos de sua vida em Presidente Venceslau. Ele foi o principal defensor da construção da ponte interligando os estados, chegando a ser o presidente da “Campanha de Propaganda Pró-Construção da Ponte sobre o Rio Paraná”, que atuou para a viabilização da obra, buscando a sensibilização de autoridades federais. A ponte foi inaugurada após mais de 10 anos do lançamento da ideia.[5] Assim, como forma de homenagear o trabalho de Hélio Serejo para a realização da obra, esta passou a receber o seu nome. A lei foi sancionada pelo Presidência da República, assinada pelo vice-presidente Michel Temer, que era o presidente em exercício na ocasião.
Ver também
editar- Lista de pontes do Brasil
Referências
- ↑ Obituário (9 de agosto de 2002). «Sérgio M. de Souza: diretor-presidente da Sobrenco». Jornal do Brasil, ano 112, edição 123, página C4. Consultado em 23 de dezembro de 2024
- ↑ BRASIL. Ministério dos Transportes. Secretaria executiva. Banco de Informações dos Transportes. Ponte Mauricio [sic] Joppert. Disponível em <http://www.transportes.gov.br/bit/pontes/pt_divisa/br-267-pt_mauricio-joppert/info-ptmauriciojoppert.htm Arquivado em 13 de fevereiro de 2007, no Wayback Machine.>, acesso em 20 de janeiro de 2007.
- ↑ Estradas.com.br. Historia das rodovias: orgulho da engenharia nacional. Disponível em <http://www.estradas.com.br/histrod_ponterioniteroi.htm>, acesso em 20 de janeiro de 2007.
- ↑ Lei Nº 12.610, de 10 de abril de 2012
- ↑ REIS. E.. Os 13 pontos de Hélio Serejo. Rio de Janeiro: Folha Carioca, 1980.