Ponte da Arrábida
A Ponte da Arrábida é uma ponte em arco sobre o Rio Douro que liga o Porto (pela zona da Arrábida) a Vila Nova de Gaia (pelo nó do Candal), em Portugal.
Ponte da Arrábida | |
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Arquitetura e construção | |
Estilo arquitetônico | Ponte em arco |
Design | Edgar Cardoso |
Mantida por | Infraestruturas de Portugal |
Início da construção | Março de 1957 |
Término da construção | Maio de 1963 |
Data de abertura | 22 de junho de 1963 |
Dimensões e tráfego | |
Comprimento total | 493,2 m |
Largura | 26,5 m |
Tráfego | Rodoviário |
Geografia | |
Via | A1 / A28 / IC1 / IC23 |
Cruza | Rio Douro |
Localização | Porto, Portugal |
Desde a década de 1930 que era necessário criar ligações alternativas às antigas pontes (pontes D. Maria Pia e D. Luís) de modo a responder ao crescente fluxo da circulação viária.
No tempo da sua construção em 1963, a ponte tinha o maior arco em betão armado de qualquer ponte no mundo.
O comprimento total da plataforma é de 614,6m, tendo uma largura de 26,5m. O seu vão de 270 m, e 52 m de flecha, arco esse constituído por duas costelas ocas paralelas, de 8m de largura ligadas entre si por contraventamento longitudinal e transversal. Tinha duas faixas de rodagem e duas faixas laterais para peões e ciclistas. Na década de 90 foi alterado o número de faixas rodoviárias.
O engenheiro responsável pelo seu projecto foi Edgar António de Mesquita Cardoso que teve a colaboração do arquiteto Inácio Peres Fernandes e dos engenheiros José Francisco de Azevedo e Silva, responsável pelo estudo da iluminação e José do Canto Moniz, responsável pelo estudo do pavimento da faixa de rodagem. A construção foi delegada ao engenheiro José Pereira Zagallo. [1]
História
editarA Ponte da Arrábida foi a segunda ponte entre o Porto e V. N. Gaia a ser construída para a circulação rodoviária, sendo uma das seis pontes ainda existentes na cidade do Porto, sendo estas por ordem de construção a Ponte de D. Maria Pia, a Ponte Luiz I, a própria Ponte da Arrábida, a Ponte de São João, a Ponte do Freixo e a Ponte do Infante.
Por volta da década de quarenta constatou-se que a circulação na Ponte D. Luís, entre o Porto e Vila Nova de Gaia, se fazia com muita dificuldade, motivado sobretudo pela expansão demográfica do distrito do Porto e do Concelho de Vila Nova de Gaia, e reconheceu-se a necessidade de uma travessia alternativa. Em março de 1952, a Junta Autónoma das Estradas (J.A.E.), adjudicou a elaboração dos anteprojectos a um Engenheiro de Pontes de renome mundial - o Professor Edgar Cardoso. O projeto viria a ser aprovado em 1955.
A obra foi adjudicada à empresa "Eng.º José Pereira Zagalo", sediada em Aveiro, que montou um escritório exclusivo para a obra na beira rio (hoje um restaurante). A empresa veio a falir em princípios da década de 80 do século XX.
Com um custo de cerca de 240 mil contos, cerca de 1.200.000€, em março de 1957, foram iniciadas as obras. Na sua construção foram gastos 20 mil toneladas de cimento, 58.700 m³ de betão armado, 2.250 toneladas de aço nos varões e 2.200 toneladas de aço laminado, no cimbre utilizado.
A 22 de Junho de 1963, é finalmente inaugurada a Ponte da Arrábida, no mandato de Nuno Pinheiro Torres, dispondo de quatro elevadores para que os peões pudessem vencer a distância de setenta metros do rio ao tabuleiro, facilitando, em muito, a travessia pedonal.
Nas torres dos elevadores, parte integrante da estrutura daquela obra de arte, podem observar-se quatro esculturas ornamentais com cinco metros de altura, fundidas em bronze. Duas do lado do Porto, do escultor Barata Feyo conjuntamente com o escultor Gustavo Bastos, simbolizando "O Génio Acolhedor da Cidade do Porto" e "O Génio da Faina Fluvial e do Aproveitamento Hidroeléctrico"; e duas do lado de Gaia, do escultor Gustavo Bastos, representando "O Domínio das Águas pelo Homem" e "O Homem na sua Possibilidade de Transpor os Cursos de Água".
Já em relação ao tabuleiro era composto por duas vias de trânsito com 8 m cada, separadas por uma via sobrelevada de 2 m de largura, duas pistas para ciclistas com 1,70 m cada, dois passeios sobrelevados de 1,50 m de largura.
Em meados dos anos 90, os elevadores deixaram de funcionar,[2]
Em 23 de maio de 2013, foi classificada como monumento nacional[3].
Atualidade
editarEm 2011 passaram pela ponte, em média, 136 mil carros por dia.[4]
Referências
- ↑ de Matos Fernandes, Manuel António (junho de 2010). «Classificação da Ponte da Arrábida como Monumento Nacional» (PDF). Faculdade de Engenharia da Faculdade do Porto
- ↑ «ELEVADORES NA PONTE DA ARRÁBIDA? TÃO CEDO, NÃO». Arquivado do original em 15 de março de 2017
- ↑ «Página da Direção Geral do Património Cultural»
- ↑ «Freixo e Arrábida têm mais trânsito do que pontes de Lisboa»
Ligações externas
editarPonte da Arrábida na base de dados Ulysses da Direção-Geral do Património Cultural