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Mesas girantes, mesas falantes ou dança das mesas são um tipo de sessão espírita em que os participantes se sentam ao redor de uma mesa, colocam as mãos sobre ela e esperam que ela se movimente. Populares no século XIX, as mesas supostamente serviam como meio de comunicação com supostos espíritos. Alfabetos também eram colocados sobre as mesas e elas supostamente se inclinavam para a carta adequada, soletrando, assim, palavras e frases.
O fenômeno é explicado pelo efeito ideomotor, que também acontece no tabuleiro ouija e na chamada "brincadeira do copo". Em 1853, Michael Faraday publicou os resultados de experimentos que esclareceram a movimentação das mesas com base nas descobertas de William Benjamin Carpenter sobre o efeito ideomotor, a movimentação involuntária dos músculos pelos participantes da sessão. Apesar disso, e da condenação pela Igreja Católica, no século XIX e começo do século XX, os defensores do magnetismo animal e do médico acusado de charlatanismo Franz Anton Mesmer, os praticantes do moderno espiritualismo e, posteriormente, os adeptos do espiritismo, continuaram a alegar que as mesas permitiam a comunicação de espíritos com as pessoas.
O espiritismo se apresenta como "uma ciência" e, mesmo com as evidências e críticas posteriores, as mesas girantes, o tabuleiro ouija e a "brincadeira do copo" ainda são consideradas reais por kardecistas e umbandistas. Adeptos destas e de outras religiões espiritualistas acreditam que pessoas mortas se comunicavam usando as mesas girantes. Hoje essa comunicação aconteceria através dos supostos fenômenos mediúnicos, principalmente os chamados de psicografia e psicofonia, expressões cunhadas por Allan Kardec, o criador da Doutrina Espírita.