Monumento Natural das Portas de Ródão
As Portas de Ródão são uma formação geológica situada perto de Vila Velha de Ródão, resultante da intersecção do duro relevo quartzítico da Serra das Talhadas com o curso do rio Tejo. Neste local há um estreitamento do vale, que aqui corre entre duas paredes escarpadas, que atingem cerca de 170 m de altura, fazendo lembrar duas "portas", uma a norte no Distrito de Castelo Branco, Beira Baixa, e outra a sul no Município de Nisa, Distrito de Portalegre, Alto Alentejo.[1][2][3]
O encaixe do Tejo começou por erosão remontante, há cerca de 2,6 milhões de anos, aproveitando acidentes tectónicos associados à falha do Pônsul, e decorreu em várias etapas, reflectidas em terraços fluviais e plataformas embutidas por erosão, mais visíveis na margem direita a montante das Portas.
O grande lago e as grandes profundidades imediatamente a jusante das Portas testemunham a imponência da queda de água que aqui terá existido antes de se atingir a actual fase de equilíbrio.
No topo da "porta" norte, que é facilmente acessível por estrada, situa-se o pequeno Castelo do Rei Wamba. Deste local vislumbra-se um vasto panorama sobre o vale do Tejo a jusante das Portas, com o Conhal do Arneiro, na margem esquerda, e o povoado paleolítico de Vilas Ruivas, na margem direita.
As Portas de Ródão são igualmente um local privilegiado de observação da avifauna, servindo de habitat à maior colónia de grifos de Portugal, assim como à cegonha-preta ou ao milhafre-real.
É um dos geossítios do Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional.
Referências
- ↑ «Portas de Ródão». Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão. Consultado em 1 de junho de 2023
- ↑ https://www.facebook.com/CenterOfPortugal. «Monumento Natural das Portas de Ródão». Turismo Centro Portugal. Consultado em 1 de junho de 2023
- ↑ Seegno. «NATURAL.PT». natural.pt. Consultado em 1 de junho de 2023