Porto Belo (sítio arqueológico)

O Sítio Porto Belo é um sítio arqueológico localizado no município de Canindé de São Francisco, no estado de Sergipe. Foi identificado e escavado durante o Projeto Arqueológico de Xingó, desenvolvido antes da construção da Usina Hidrelétrica de Xingó. Originalmente composto por três sítios (Porto Belo I, II e III), tem datações situadas entre 342 e 2003 anos antes do presente [1].

Porto Belo
Localização atual
Porto Belo está localizado em: Sergipe
Porto Belo
Coordenadas 9° 34′ 52″ S, 37° 50′ 40″ O
País Brasil
Estado Sergipe
Dados históricos
Fundação 2003 AP
Abandono 342 AP
Cronologia
Fase 1 Sem datas
Fase 2 8950 ± 70 AP
Fase 3 5570 ± 70 AP a 4790 ± 80 AP
Fase 4 3270 ± 135 AP a 2530 ± 70 AP
Fase 5 1780 ± 60 AP a 1280 ± 45 AP
Notas
Escavações Projeto Arqueológico de Xingó
Arqueólogos Cleonice Vergne
Acesso público Museu Arqueológico de Xingó

Contexto

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O sítio estava localizado na fazenda do mesmo nome, num terraço fluvial a cerca de 7 metros acima da confluência entre o Rio São Francisco e o riacho Fechado. A vegetação era composta por catingueiras e juazeiros.

Escavações

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Entre 1990 e 1994, três sítios (Porto Belo I, II e III) foram escavados numa área total de 264m², em até oito níveis de 20cm de profundidade. Entre os vestígios, foram encontradas peças líticas, cerâmica e osso de fauna [2]. Em 2005, os três locais foram reinterpretados como um único sítio [3].

O material faz hoje parte do acervo do Museu de Arqueologia de Xingó [4].

Interpretações

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As datações e as análises da cerâmica permitem identificar dois momentos de ocupação, anterior e posterior à colonização portuguesa no Brasil [1]. Entretanto, não foram encontrados vestígios típicos do período colonial [5]. Alguns autores associam o cachimbo encontrado nas escavações com o uso ritual atestado no povo Xocó [6].

A primeira ocupação do sítio está inserida na Fase 5 [7].

Referências

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  1. a b Silva, Maria Sandra Nunes (2019). Variabilidade Cerâmica e História Indígena no Baixo São Francisco, SE - Os Sítios Porto Belo I e II. Col: Trabalho de Conclusão de Curso. Laranjeiras: Universidade Federal de Sergipe 
  2. Diniz, José Alexandre (1998). Programa Arqueológico de Xingó. Xingó: Universidade Federal de Sergipe 
  3. Luna, Suely (2005). «Os Grupos Ceramistas Pré-Históricos do Baixo São Francisco». Universidade Federal de Pernambuco. Clio Arqueológica (19): 79-103. Consultado em 24 de setembro de 2024 
  4. «Página principal». Museu Arqueológico de Xingó 
  5. Paula, Ivan Paiva (2019). Populações Ceramistas do baixo São Francisco: O sitio arqueológico Barracão e seu estilo tecnológico. Col: Trabalho de Conclusão de Curso. Laranjeiras: Universidade Federal de Sergipe 
  6. Schuster, Adriana Jussara; Garcia, Lorena Gomes; Almeida, Fernando Ozorio de (14 de outubro de 2020). «DA PRÉ-HISTÓRIA PARA A HISTÓRIA INDÍGENA NO BAIXO SÃO FRANCISCO: ARQUEOLOGIA DO PERÍODO DE CONTATO DENTRO DE UM CONTEXTO KARIRI». Revista Habitus - Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia (1): 179–206. ISSN 1983-7798. doi:10.18224/hab.v18i1.7873. Consultado em 24 de setembro de 2024 
  7. Fagundes, Marcelo (30 de junho de 2010). «Entendendo A Dinâmica Cultural Em Xingó Na Perspectiva Inter Sítios: Indústrias Líticas E Os Lugares Persistentes No Baixo Vale Do Rio São Francisco, Nordeste Do Brasil». doi:10.5281/ZENODO.1309359. Consultado em 24 de setembro de 2024