Primeira Guerra Civil da Costa do Marfim
A Primeira Guerra Civil da Costa do Marfim foi um conflito iniciado em 19 de setembro de 2002, na Costa do Marfim, quando soldados rebeldes vindos do Burkina Faso tentam tomar o controle da capital do país, Abidjan, e das cidades de Bouaké e Korhogo.[1] Os rebeldes não conseguem tomar Abidjan mas ocupam as outras duas cidades, respectivamente no centro e no norte do país.
Primeira Guerra Civil da Costa do Marfim | ||||
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Mapa da divisão da Costa do Marfim: os rebeldes controlando o norte e o governo comandando o sul; no centro a localização da zona-tampão (ZDC, "zona confiança") criado na Primavera de 2007. | ||||
Data | 19 de setembro de 2002 – 4 de março de 2007 | |||
Local | Costa do Marfim | |||
Desfecho | Tentativa de acordo de paz | |||
Beligerantes | ||||
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Comandantes | ||||
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Os rebeldes, que mais tarde ficariam conhecidos como Forces Nouvelles ("Forças Novas") ocupam progressivamente a metade do norte do país, cortando-o assim em duas zonas geográficas distintas: o sul, controlado pelas Forças Armadas Nacionais da Costa do Marfim (FANCI), e o norte, controlado pelas Forces Nouvelles.
Um início de solução se delineou em 24 de janeiro de 2003, com a assinatura dos Acordos de Linas-Marcoussis. Entretanto, uma brusca retomada das hostilidades, em novembro de 2004, comprometeu todos os progressos obtidos até então.
Embora a maioria dos combates tenham terminado no final de 2004, o país continuou dividido, com os rebeldes dominando o norte e o governo comandando o sul. Tropas francesas foram enviadas à Costa do Marfim para ajudar a resolver a situação (Operação Licorne). No entanto, verificou-se um aumento das hostilidades e dos ataques as tropas estrangeiras e civis. (ver: Conflito franco-marfinense de 2004)
A Seleção Marfinense de Futebol foi creditada como tendo ajudado a garantir uma trégua temporária, quando se classificou para a Copa do Mundo da FIFA 2006 e a reunir as partes beligerantes. [2]
Entretanto a partir de 2006, a região ainda estava tensa. As Nações Unidas e os militares franceses não tinham conseguido controlar a guerra civil. A Operação das Nações Unidas na Costa do Marfim começou depois que a guerra civil se acalmou, mas as forças de paz enfrentaram uma situação complicada e eram ultrapassadas por ações de civis e rebeldes.
Finalmente, surgiu uma promessa de resolução definitiva do conflito, em 4 de março de 2007, com a assinatura do Acordo de Ouagadougou, visando a reunificação do país e a realização de eleições.[3]
Em 6 de agosto de 2010, o presidente marfinense, Laurent Gbagbo, anunciou a realização de eleições, possivelmente em 31 de outubro.[4]
As eleições da Costa do Marfim ocorreriam em outubro de 2010, depois de serem adiadas seis vezes. Entretanto, o impasse sobre os resultados das eleições resultariam na retomada dos combates e na eclosão da Segunda Guerra Civil.[5][6]
Referências
- ↑ Richard Banégas e René Otayek. «Le Burkina Faso dans la crise ivoirienne»
- ↑ Stormer, Neil (20 de Junho de 2006). «More than a game». Common Ground News Service
- ↑ «Côte d'Ivoire: Can the Ouagadougou Agreement Bring Peace?». International Crisis Group. 27 de Junho de 2007
- ↑ Election présidentielle en Côte d’Ivoire - Le 31 octobre est bel et bien possible[ligação inativa], por Diawara Samou. Abidjan.net, 11 de agosto de 2010 (em francês)
- ↑ «Cote d'Ivoire: Urban Exodus as Violence Escalates». Allafrica.com
- ↑ «Ivory Coast: Rebels take western town Zouan-Hounien». BBC News. 25 de fevereiro de 2011
Ver também
editarLigações externas
editar- La Documentation française. Cronologia - Costa do Marfim (em francês)