Progestógeno

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Progestógeno/progestágeno, progestagénio/progestogénio (português europeu) ou progestagênio/progestogênio (português brasileiro), progestina ou ainda gestágeno é um grupo de hormônios sexuais que atuam nos receptores de progesterona. São usados como anticoncepcionais, na terapia hormonal, para estimular a fertilidade e manter a gravidez e para diagnosticar e tratar alguns transtornos ginecológicos e obstétricos como amenorreia secundária, sangramento uterino e endometriose.[1]

Produção de esteroides com progestágenos em amarelo. (em inglês)

O problema com tantos nomes diferentes para esse mesmo grupo de substâncias também ocorre no inglês e espanhol. Progestógeno significa "pró-gestação", mas ironicamente a pílula do dia seguinte (norgestrel) e muitos anticoncepcionais (como desogestrel, noretisterona e levonorgestrel) são progestágenos. O principal progestágeno é a progesterona, hormônio que regula a gravidez, mas a maioria das medicações progestágenas são sintéticas. Os nomes dos fármacos geralmente termina em "gestrel".

Classificação

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Classificam-se, segundo sua estrutura, em:

Propriedades

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Os progestágenos são um dos cinco grupos de esteroides. Os outros quatro são os estrógenos (como estrona), andrógenos (como testosterona), mineralocorticoides (como aldosterona) e glucocorticoides (como cortisona). Os esteroides podem atuar nos receptores uns dos outros esteroides estimulando ou antagonizando seus efeitos. Os progestógeno podem vir associados a derivados do estrógenos.[2]

Os progestógenos em dosagens suficientemente altas podem suprimir fortemente a produção de hormônios sexuais. Geralmente antagonizam o efeito do estrógeno e podem estimular o efeito dos andrógenos como testosterona.

Os progestógenos diferem quanto à potência (afinidade pelos receptores da progesterona) e quanto aos efeitos secundários. Tais efeitos podem ser andrógenos (medroxiprogesterona e a maioria dos progestógenos C19), antiandrógenos (acetato de ciproterona), estrógenos, glucocorticoides (certos progestógenos C21) ou anti-mineralocorticoides (progesterona).

Utilização

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A maioria dos progestógenos é empregada, por suas propriedades antiestrógenas, nas pílulas contracetivas, a fim de evitar um excesso de estimulação da endométrio, o que pode provocar endometriose. O acetato de ciproterona é utilizado como antiandrógeno. Pode ser usado no tratamento de câncer de útero e de tumores mamários.[3]

Propriedades

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Os progestógenos têm a capacidade de mudar a mucosa uterina da fase proliferativa para a fase secretória. Seus efeitos dependem, entretanto, da dosagem e da fase do ciclo menstrual em que são administrados.

Referências

  1. Tekoa L. King; Mary C. Brucker (25 October 2010). Pharmacology for Women's Health. Jones & Bartlett Publishers. p. 373. ISBN 978-1-4496-5800-7.
  2. Kuhl H (2005). "Pharmacology of estrogens and progestogens: influence of different routes of administration" (PDF). Climacteric. 8 Suppl 1: 3–63. doi:10.1080/13697130500148875. PMID 16112947.
  3. Robert G. McKinnell (13 March 1998). The Biological Basis of Cancer. Cambridge University Press. pp. 262–. ISBN 978-0-521-59695-4.