Pura Besakih
O Templo de Besakih (em balinês: Pura Besakih) ou Templo Mãe de Besakih é um complexo de templos hindus situado na aldeia de Besakih, nas encostas do monte Agung, um vulcão ativo com 3 148 metros de altitude na parte oriental da ilha do Bali, Indonésia. É o maior, mais sagrado e mais importante templo hindu do Bali.[1] É composto por 23 puras (templos), sendo o maior e mais importante o Pura Penataran Agung.
Pura Besakih | |
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Informações gerais | |
Tipo | templo hindu |
Aberto ao público | |
Geografia | |
País | Indonésia |
Ilha e província | Bali |
Regência | Karangasem |
Coordenadas | 8° 22′ 35″ S, 115° 31′ 01″ L |
Localização do Pura Besakih no Bali |
Todos os anos são celebrados pelo menos 70 festivais no complexo, pois quase todos os santuários celebram um festival anual, baseado no calendário balinês Pawukon de 210 dias.[2] Em 2013, o complexo foi visitado por mais de 100 000 turistas, 85% deles estrangeiros.[3]
História
editarNão se sabe ao certo a origem do complexo, mas a julgar pelas bases de pedra do Pura Penataran Agung e de vários outros templos, que se assemelham a pirâmides megalíticas em escada, supõe-se que terá mais de dois mil anos.[carece de fontes] Outras fontes datam a construção do século X, sendo originalmente um templo dedicado ao deus dragão Besakih, que supostamente vive na montanha sagrada.[1]
Há a certeza de que é usado como local de culto hindu desde pelo menos 1284, quando os primeiros conquistadores javaneses se instalaram no Bali. No século XV, Pura Besakih tinha-se tornado um templo estatal da dinastia Gelgel.[4]
Em 1963, uma série de erupções do vulcão do monte Agung que provocaram cerca de 1 700 vítimas mortais ameaçaram Pura Besakih.[5][6] As torrentes de lava passaram a poucos metros do complexo. A salvaguarda do templo é vista como miraculosa pelos balineses e como um sinal que os deuses quiseram mostrar o seu poder mas não destruir o monumento à fé construída pelos balineses.
Arquitetura
editarOs 23 templos do complexo ocupam seis terraços sucessivos na encosta do Agung, a cerca de mil metros de altitude. A entrada é feita por um candi bentar (tipo de porta monumental típica da arquitetura balinesa que se (que se assemelha a um templo em forma de torre no qual foi aberta uma passagem de alto a baixo). Após a entrada, um paduraksa ou kori agung (portão com uma torre com telhado) dá acesso a um segundo pátio.[4] Os seis níveis são ligados por escadarias, pelas quais se acede a pátios e portais de tijolo que por sua vez conduzem ao pelinggih merus principal (ou "torre Meru", com vários telhados sobrepostos, que representam o monte Meru da mitologia hindu), o qual se chama Pura Penataran Agung. Todas as escadarias estão alinhadas num mesmo eixo, desenhado de forma a conduzir os fiéis para cima, para mais perto da montanha, a qual é considerada sagrada.[7]
O centro simbólico do santuário principal, o Pura Penataran Agung, é o padmasana ou "trono de lótus" de Acintya (ou Sang Hyang Widhi Wasa), a divindade suprema do hinduísmo balinês, que data do século XVII.[2]
Notas e referências
editar- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Pura Besakih», especificamente desta versão.
- ↑ a b «Pura Besakih, Indonesia» (em inglês). www.sacred-destinations.com. Consultado em 28 de março de 2017
- ↑ a b Davison, Julian (2003), Introduction to Balinese Architecture, ISBN 9780794600716 (em inglês), Hong Kong: Periplus, p. 60
- ↑ «Karangasem Perlu Ciptakan Objek Wisata Baru» (em indonésio). posbali.com. 15 de abril de 2014. Consultado em 28 de março de 2017. Arquivado do original em 29 de agosto de 2014
- ↑ a b Berkmoes, Ryan Ver; Skolnick, Adam; Carroll, Marian (2009), Bali & Lombok, ISBN 9781742203133 (em inglês), Lonely Planet, p. 215, consultado em 28 de março de 2017
- ↑ «G. Agung - Sejarah Letusan. Sejarah erupsi» (em indonésio). www.vsi.esdm.go.id. 26 de maio de 2014. Consultado em 28 de março de 2017
- ↑ Zen, M. T.; Hadikusumo, Djajadi (dezembro de 1964), «Preliminary report on the 1963 eruption of Mt.Agung in Bali (Indonesia)», Springer, Bulletin Volcanologique (em inglês), 27 (1): 269-299, doi:10.1007/BF02597526, consultado em 28 de março de 2017
- ↑ Michell, George (1977), The Hindu temple: an introduction to its meaning and forms, ISBN 9780226532301 (em inglês), University of Chicago Press, p. 168, consultado em 28 de março de 2017
Bibliografia complementar
editar- Putra, I Nyoman Darma; Hitchcock, Michael (julho de 2005), «Pura Besakih: A world heritage site contested», Abingdon Routledge, Indonesia and the Malay World (em inglês), 33 (96): 225-238, OCLC 960785031
- Stuart-Fox, David J. (2002), Pura Besakih: temple, religion and society in Bali, ISBN 9789067181464 (em inglês), KITLV, consultado em 28 de março de 2017