Quilombo Palhal

quilombo em Oriximiná, Pará, Brasil

Quilombo Palhal é uma comunidade remanescente de quilombo, população tradicional brasileira, localizada no município brasileiro de Oriximiná, no Pará. A comunidade de Palhal faz parte da terra quilombola Alto Trombetas II, que reune as seguintes comunidades quilombolas, além da Palhal: Moura, Jamari, Curuçá, Juquirizinho, Juquiri Grande, Último Quilombo/Erepecu e Nova Esperança. No Censo de 2022, foram identificadas 1226 pessoas e 243 famílias.[1]

Quilombo Palhal
Características
Classificação quilombo Edit this on Wikidata
Fonte Cadastro Geral de Comunidades Remanescentes de Quilombos
Patrimônio quilombo tombado pela Constituição Federal do Brasil de 1988
Localização
Localidade Brasil Oriximiná
Mapa
GPS 1°44'1.292"S, 55°51'24.11"W Edit this on Wikidata
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O território foi certificado como remanescente de quilombo (reminiscências históricas de antigos quilombos) pela Fundação Cultural Palmares.[2]

Tombamento

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O tombamento de quilombos é previsto pela Constituição Brasileira de 1988, bastando a certificação pela Fundação Cultural Palmares:[3]

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira [...]
§ 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos.

Comunidade Quilombola do Palhal e o Acordo de Desenvolvimento Sustentável com a Mineração Rio do Norte (MRN)

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A comunidade quilombola do Palhal, localizada no município de Oriximiná, no estado do Pará, é uma das oito comunidades remanescentes de quilombos que participaram da assinatura de um acordo com a Mineração Rio do Norte (MRN). Firmado na sede da Fundação Cultural Palmares (FCP), em Brasília, no dia 25 de agosto de 2023, o termo de compromisso autoriza a empresa a abrir novas minas em áreas ocupadas por essas comunidades, mediante o licenciamento ambiental. Em troca, a MRN assumiu o compromisso de implementar programas sociais voltados à educação, saúde e geração de renda para beneficiar cerca de 400 famílias. O cumprimento do acordo será acompanhado por instituições como o Incra, ICMBio e a Fundação Cultural Palmares, que participaram das negociações.[4]

Referências

  1. Bellinger, Carolina (21 de março de 2017). «Terra Quilombola Alto Trombetas II | Observatório Terras Quilombolas». Comissão Pró-Índio de São Paulo. Consultado em 29 de novembro de 2024 
  2. «Oriximiná – Quilombo Palhal | ipatrimônio». Consultado em 29 de novembro de 2024 
  3. Câmara dos Deputados. «Constituição da República Federativa do Brasil (1988)». www2.camara.leg.br. Consultado em 18 de junho de 2023 
  4. «Comunidades quilombolas e mineradora fecham acordo para atividade extrativista em territórios no Pará». Governo Brasileiro: Ministério da Cultura. 25 de maio de 2018. Consultado em 24 de novembro de 2024