Quino

desenhista, pensador e historiador argentino

Joaquín Salvador Lavado Tejón (Mendoza, 17 de julho de 1932 – Mendoza, 30 de setembro de 2020), mais conhecido como Quino, foi um pensador, historiador, gráfico e cartunista argentino conhecido pela criação de suas histórias em quadrinhos.

Quino

Quino em Paris em 2004
Nome completo Joaquín Salvador Lavado Tejón
Nascimento 17 de julho de 1932
Mendoza, Argentina
Morte 30 de setembro de 2020 (88 anos)
Mendoza, Argentina
Nacionalidade argentino e espanhol
(dupla nacionalidade desde 1980)[1]
Ocupação Cartunista
Principais trabalhos Mafalda
Prêmios B'nai B'rith (1998)
Religião ateísmo
Website www.quino.com.ar
Assinatura
Assinatura de Quino

Biografia

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Filho de imigrantes espanhóis da Andaluzia, nasceu em 1932 na província de Mendoza na Argentina.[2] Desde cedo, foi chamado pelos familiares pelo apelido com que é conhecido, Quino, para diferenciá-lo do tio homônimo, desenhista, com quem já aos 3 anos de idade aprendeu o gosto pela arte.[3]

Em 1945, perdeu a mãe e em 1948, o pai. No ano seguinte, abandonou a Faculdade de Belas Artes com a intenção de se tornar um autor de banda desenhada e logo vendeu o seu primeiro desenho animado, um anúncio de uma loja de seda.[4] Em 1950, estabeleceu-se em Buenos Aires.[5] Por fim, publicou a sua primeira página de humor na revista semanal Esto es. Logo se seguiram outras edições, como Leoplán, TV Guía, Vea y Lea, Damas y Damitas, Usted, Panorama, Adán, Atlántida, Che, o diário Democracia, entre outros.[6] Neste período, também tirou fotos para publicidade.[7]

Publicou as suas coleções primeiro no livro Mundo Quino, em 1963.[5] Nessa época, recebeu uma encomenda de algumas páginas para uma campanha da empresa de eletrodomésticos Mansfield, para a qual desenvolveu uma personagem com um nome parecido com o da empresa, Mafalda. A campanha não chegou a sair, mas a personagem ganhou vida e foi publicada primeiramente na revista Primera Plana em 1964,[8] após ser recusada pelo jornal Clarín.[9]

Entre 1965 e 1967, Mafalda foi publicada no jornal El Mundo, e mais tarde passou a ser impressa também na Itália, Espanha (onde a censura forçou Quino a rotulá-la como "conteúdo para adultos"), Portugal e em outros países. Em 1973, decidiu dar um fim à tirinha, afirmando primeiramente que temia se tornar repetitivo e, depois, dando a entender que temia represálias políticas.[5]

Em 2009, aposentou-se dos desenhos. Após ficar viúvo em 2017, mudou-se de Buenos Aires para Mendoza. Vitimado por um glaucoma que lhe tirava a capacidade de desenhar, Quino reduziu as aparições públicas nos anos finais de sua vida.[9]

Morreu no dia 30 de setembro de 2020, aos 88 anos, em Mendoza, Argentina.[10]

Referências

  1. «'Quino' deja de dibujar». El mundo. 20 de abril de 2009. Consultado em 24 de março de 2020 
  2. Bueno, Eva; Caesar, Terry (15 de março de 1999). Imagination Beyond Nation: Latin American Popular Culture (em inglês). [S.l.]: University of Pittsburgh Press 
  3. «Google celebra o 90º aniversário de Quino, o criador de Mafalda - ISTOÉ Independente». 17 de julho de 2022. Consultado em 17 de julho de 2022 
  4. Quino. Mafalda & Friends - 9 (em inglês). [S.l.]: Panarea Digital 
  5. a b c Colombo, Sylvia (30 de setembro de 2020). «Morre Quino, criador da Mafalda, estrela das HQs que odeia sopa e autoritarismos». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de outubro de 2020 
  6. Cosse, Isabella (23 de dezembro de 2019). Mafalda: A Social and Political History of Latin America's Global Comic (em inglês). [S.l.]: Duke University Press 
  7. Quino (7 de outubro de 2020). Mafalda & Friends - 8 (em inglês). [S.l.]: Panarea Digital 
  8. de Moya, Álvaro (17 de dezembro de 2014). «Como surgiu a personagem Mafalda e uma análise da obra do argentino Quino». O Estado de São Paulo. Consultado em 5 de outubro de 2020 
  9. a b Cáceres, André (30 de setembro de 2020). «Quino, o criador de Mafalda, morre aos 88 anos». O Estado de São Paulo. Consultado em 5 de outubro de 2020 
  10. Roffo, Julieta (30 de setembro de 2020). «Murió Quino, el creador de Mafalda que trascendió las fronteras». Clarín (em espanhol). Consultado em 30 de setembro de 2020 
 
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