Quinto Fábio Vibulano (cônsul em 485 e 482 a.C.)
Quinto Fábio Vibulano (em latim: Quintus Fabius Vibulanus) foi um político nos primeiros anos da República Romana eleito cônsul por duas vezes, em 485 a.C. e em 482 a.C., com Sérvio Cornélio Maluginense e Caio Júlio Julo respectivamente. Com seus irmãos, Cesão e Marco, foi um dos grandes expoentes da gente Fábia.
Quinto Fábio Vibulano | |
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Cônsul da República Romana | |
Consulado | 485 a.C. 482 a.C. |
Morte | 480 a.C. |
Veios |
Primeiro consulado (485 a.C.)
editarFoi eleito com Sérvio Cornélio Maluginense.[1] Durante o seu mandato, Espúrio Cássio Vecelino, o cônsul que, no ano anterior, havia proposto distribuir parte das terras públicas contra o desejo dos patrícios, foi condenado e executado.[2] Mas a morte de Viscelino não arrefeceu o desejo popular de uma solução para a questão agrária.[3]
Os dois cônsules, temendo a irrupção de uma revolta, aproveitaram-se dos raides e invasões das cidades vizinhas ao território romano para propor um alistamento, que desviou a atenção da plebe da questão agrária.[4] Sérvio Cornélio liderou os romanos contra os veios enquanto Quinto Fábio lutou contra os volscos e os équos.
À frente de um exército alistado, Fábio primeiro invadiu o território dos équos, depois o dos volscos, arrasando e saqueando o território. Somente os volscos tentaram resistir, mas foram derrotados.[5] Porém, quando ele decidiu entregar todos os espólios de guerra ao tesouro romano, sem deixar parte para seus soldados ou para o povo, Fábio criou muitos inimigos.[6]
Segundo consulado (482 a.C.)
editarFábio foi eleito cônsul novamente em 482 a.C., desta vez com Caio Júlio Julo.[7][8] No mesmo ano, os équos invadiram Roma, conquistaram e saquearam Ortona,[9] enquanto os veios continuavam com seus raides ao território romano. Os dois cônsules juntaram suas forças contra a cidade de Veios, mas como não conseguiram atrair suas forças para um combate aberto, os romanos limitaram-se a arrasar a região.[9]
Morte
editarEm 480 a.C., o cônsul Cneu Mânlio Cincinato e o irmão de Fábio, Marco Fábio Vibulano, participaram como legados da Batalha de Veios, comandando a ala esquerda do exército romano.[10] Durante o encontro, a situação na ficou muito difícil para a esquerda romana, seja pela inferioridade numérica, seja pela posição mais elevada, que enfrentava a direita inimiga. Completamente cercado, Quinto Fábio foi morto por uma lança[10] ou uma espada[11] inimiga.
Ver também
editarCônsul da República Romana | ||
Precedido por: Espúrio Cássio Vecelino III |
Sérvio Cornélio Maluginense 485 a.C. com Quinto Fábio Vibulano |
Sucedido por: Lúcio Emílio Mamerco |
Precedido por: Marco Fábio Vibulano |
Quinto Fábio Vibulano II 482 a.C. com Caio Júlio Julo |
Sucedido por: Cesão Fábio Vibulano II |
Referências
- ↑ Dionísio, Antiguidades Romanas, VIII, 77, 1.
- ↑ Tito Lívio, Ab urbe condita libri, II, 41, 10.
- ↑ Dionísio, Antiguidades Romanas, VIII, 81, 1-2.
- ↑ Dionísio, Antiguidades Romanas, VIII, 81, 2-4.
- ↑ Dionísio, Antiguidades Romanas, VIII, 82, 1.
- ↑ Lívio, Ab urbe condita libri, II, 42.
- ↑ Lívio, Ab urbe condita libri, II, 43
- ↑ Dionísio, Antiguidades Romanas, VIII, 90.
- ↑ a b Dionísio, Antiguidades Romanas, VIII, 91.
- ↑ a b Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas, IX, 11
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita Libri, II, 46.