Quitéria de Brácara Augusta

 Nota: Para outros significados, veja Santa Quitéria (desambiguação).

Quitéria de Brácara Augusta (Braga, c. 120Aire-sur-l'Adour, 22 de Maio de 135) é uma santa da religião cristã, que algumas fontes apontam como tendo origem lusitana. Terá sido martirizada na povoação de Aire-sur-l'Adour, na Aquitânia. Muita da sua vida encontra-se ainda envolta em aspetos lendários.[1]

Santa Quitéria
Quitéria de Brácara Augusta
Santa Quitéria, pintura a óleo portuguesa do século XVIII
Virgem e Mártir
Nascimento c. 120
Braga
Morte 22 de maio de 135 (15 anos)
Aire-sur-l'Adour
Veneração por Igreja Católica
Festa litúrgica 22 de Maio
Atribuições Palma do martírio; cão atado à coleira; emergindo do mar com a cabeça em mãos
Padroeira Pessoas angustiadas e deprimidas, contra mordida de cachorro e raiva do gado, cidade de Santa Quitéria
Portal dos Santos

Biografia

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Existem várias versões da lenda de Santa Quitéria, incluindo versões portuguesas, espanholas e francesas. O monge beneditino, Frei Bento da Ascensão, declara que Quitéria terá nascido por volta de 120 em Bracara Augusta, atual cidade de Braga.[1]

Conta a lenda que Quitéria foi uma das nove filhas de Lúcio Caio Atílio Severo e Cálcia Lúcia, nascidas de parto único, numa ocasião em que o seu pai, régulo de uma província romana, acompanhava o imperador Adriano em viagem pela Península Ibérica. Cálcia, considerando o parto agoirento e de forma a evitar suspeições de infidelidade, ordenou que Cita (ou Zita), criada da família, cristã oculta e única testemunha do parto, matasse as nove crianças. Mas, movida pelos sentimentos cristãos de piedade e amor ao próximo, Cita desobedeceu à patroa entregando as meninas ao arcebispo de Braga, Santo Ovídio, que as baptizou e encomendou o seu cuidado e educação a diversas famílias cristãs, tudo às suas expensas.[2]

Anos mais tarde, tomando conhecimento da existência das suas filhas e estando comprometido com um cortesão de nome Germano, desejou que a filha Quitéria com ele se casasse. Ante a recusa da filha, Lúcio Caio ordenou Germano que a matasse, execução esta perpetrada pelo próprio no dia 22 de maio do ano de 135.

Conta-se que os soldados que a prenderam ficaram cegos. Diz ainda a tradição que após ter a cabeça decepada, Quitéria tomou em suas mãos e caminhou até a cidade vizinha onde caiu e foi sepultada[3].

Galeria

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Notas

  1. a b Casimiro, Luís Alberto (2010). «Quitéria, uma santa da Lusitânia nas terras de Entre-Douro-e-Minho». Cultura – Revista de História e Teoria das Ideias. Consultado em 1 de novembro de 2024 
  2. «SAN OVIDIO». parroquiasanmartin.com. Consultado em 17 de outubro de 2022 
  3. Biografia de Santa Quitéria.[ligação inativa]

Ligações externas

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