Cisma da Igreja Russa
Cisma da Igreja Russa (em russo: Раскол Русской церкви, transl. Raskol Russkoy tserkvi) foi um cisma eclesiástico na Igreja Ortodoxa Russa que começou na década de 1650 em Moscou. Associado à reforma do patriarca Nicônio, visava introduzir mudanças nos livros litúrgicos da imprensa moscovita e em alguns rituais, a fim de unificá-los com os gregos modernos.[1][2][3]
A reforma foi realizada com a participação e apoio do czar Alexei Mikhailoviche, bem como de alguns hierarcas ortodoxos gregos, e foi aprovada e confirmada pelas resoluções de uma série de sínodos realizados em Moscou nas décadas de 1650-1680. Os oponentes da reforma, mais tarde chamados de Velhos Crentes, foram declarados hereges e anatematizados no Sínodo de Moscou de 1656 (apenas aqueles que seguravam o sinal da cruz com dois dedos) e no Grande Sínodo de Moscou de 1666-1667.[1][2][4][nt 1][nt 2] Como resultado, surgiram grupos de Velhos Crentes, que posteriormente se dividiram em numerosos acordos (em russo: Согласие, transl. Soglasiye).[3]
Notas
editar- ↑ Em abril de 1905, foi adotado um documento segundo o qual nos atos legislativos os adeptos do antigo rito não eram mais chamados de “cismáticos” - Ver [1905. Consequências jurídicas e políticas para os Velhos Crentes]. [Cópia arquivada] datada de 23 de maio de 2024 na Wayback Machine no site oficial da Igreja Ortodoxa Russa.
- ↑ Nas resoluções dos concílios, além do termo “anátema”, também foi utilizado o termo “maldição”.
Referências
editar- ↑ a b «Доклад Митрополита Ленинградского и Новгородского Никодима на Поместном Соборе 31 мая 1971 года | Русская Православная Церковь». web.archive.org. 20 de outubro de 2016. Consultado em 19 de outubro de 2024
- ↑ a b «БОЛЬШОЙ МОСКОВСКИЙ СОБОР 1666-1667 ГГ.». www.pravenc.ru. Consultado em 19 de outubro de 2024
- ↑ a b «ЭСБЕ/Раскол — Викитека». ru.wikisource.org (em russo). Consultado em 19 de outubro de 2024
- ↑ «СОБОР 2009 ГОДА». web.archive.org. 25 de outubro de 2016. Consultado em 19 de outubro de 2024