Rede D'Or São Luiz
A Rede D'Or São Luiz,[6] fundado em 1977 no Rio de Janeiro como Cardiolab pelo cardiologista Jorge Moll Filho, é o maior grupo hospitalar privado brasileiro,[7][6][8] com mais de 11 000 leitos e 69 hospitais próprios, incluindo os da marca São Luiz.[6][1]
Rede D'Or São Luiz | |
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Razão social | Rede D'Or São Luiz S.A. |
Cotação | B3: RDOR3 |
Atividade | Saúde |
Gênero | Sociedade anônima |
Fundação | 1977 (47 anos) |
Fundador(es) | Jorge Moll Filho |
Sede | São Paulo, SP |
Área(s) servida(s) | 12 estados e o Distrito Federal[1] |
Empregados | 67 285 (2021)[2][3][4][5] |
Valor de mercado | R$ 88.4 bilhões (2021)[3] |
Ativos | R$ 52.4 bilhões (2021)[3] |
Lucro | R$ 1.68 bilhão (2021)[3] |
LAJIR | R$ 2.03 bilhões (2021)[3] |
Faturamento | R$ 22.8 bilhões (2021)[3] |
Website oficial | www |
Atualmente, o médico cardiologista é um dos bilionários brasileiros self-made no ranking da Forbes.[9]
Em 2020, a empresa fez seu IPO na B3, movimentando então R$ 11,3 bilhões, o terceiro maior IPO da história da bolsa brasileira.[10][11][12]
História
editarA Rede nasceu em um clínica de diagnóstico por imagem, Cardiolab, em Botafogo, no Rio de Janeiro, em 1977. Na época, o fundador com 32 anos de idade, Jorge Moll Filho decidiu investir no mundo dos negócios. O cardiologista investiu na área médica, de forma inovadora. Moll deu início a uma nova era de diagnósticos por imagens, em clínica, entre o fim da década de 1980 e durante os anos 1990, o Grupo Labs, como foi chamado após a expansão das unidades.[13]
O empresário Gaspar D’Orey, desejava voltar a Portugal, mas antes precisava se desfazer de um negócio: um hotel localizado na Barra da Tijuca, em sociedade com Jacob Barata. Barata assumiu a parte de D’Orey e Jorge Moll Filho entrou como sócio do empreendimento. O cardiologista, então, convenceu o associado a transformar o antigo hotel em hospital.[14]
Essa ideia não foi uma aposta impulsiva. Antes mesmo da abertura da primeira clínica, a Cardiolabs, Moll já assistia a muitos de seus pacientes pegando a ponte aérea em direção a São Paulo, já que muitos cariocas com um alto poder aquisitivo recorriam ao hospital Albert Einstein, na capital paulista, por falta de opções no Rio.
Então, foi assim que em 1998 foi inaugurado o primeiro hospital de Moll Filho, o Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca,[8] seguido do Hospital Copa D'Or, em Copacabana e do Quinta D'Or, em frente à Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão.[2]
Rede D’Or: máquina de aquisições
editarO interesse por inovação é o que move a história da Rede D’Or, permeada por vendas e aquisições milionárias no setor de saúde. Moll Filho vendeu a empresa de diagnósticos, Grupo Labs, para o grupo de laboratórios Fleury, em 2010, por mais de R$ 1 bilhão.[8]
Com os recursos, decidiu investir em outra linha de negócios: hospitais em outras localidades, como em São Paulo. O cardiologista comprou a rede de hospitais e maternidades São Luiz, em 2011, visando o aumento de 3 mil leitos na época. O negócio já havia virado o maior grupo independente do país, com 13 unidades.
O aporte do BTG Pactual, que se tornou acionista de Jorge Moll Filho em 2010, permitiu a expansão da companhia além do eixo Rio-São Paulo.
Entre as principais aquisições nesse período de sociedade com o banco houve a inauguração de unidades em Brasília (2012), Campo Grande (2013) e Sergipe (2014). A Rede São Luiz, da capital paulista, foi adquirida também nesse período. O BTG deixou o negócio em 2015, quando vendeu a participação para o fundo soberano de Cingapura (GIC).[15]
Em 2016, a Rede D’Or inaugurou o Hospital CopaStar, no Rio de Janeiro, e a partir dele iniciou a linha de hospitais de atendimento cinco estrelas.
Em seguida, ocorreram as inaugurações dos hospitais DFStar (Brasília) e Vila NovaStar (São Paulo) em 2018.[16] Depois disso, o grupo seguiu expandindo os horizontes para os estados da Bahia e Maranhão.
Em fevereiro de 2022, a empresa fez um acordo de associação com a SulAmérica, uma das maiores seguradoras independentes do Brasil.[1][17][18] A fusão entre a Rede D'Or e a SulAmérica foi aprovada pelo CADE e ANS.[19][20] Hoje, também acionista da Qualicorp,[21] a Rede D’Or é avaliada em mais de R$ 65 bilhões.
Atualmente, Jorge Moll Filho preside o conselho de administração do grupo, juntamente com a esposa Alice. Três dos cinco filhos fazem parte do conselho: Jorge Moll Neto, que também preside o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), André Moll e Paulo Moll, também CEO da Rede D’Or.[22]
Referências
- ↑ a b c d «Relatório de Resultados 3T22». Rede D'or RI. Consultado em 20 de dezembro de 2022
- ↑ a b c «Relatório da Administração 2021». Rede D'or RI. Consultado em 20 de dezembro de 2022
- ↑ a b c d e f «Relatório de Resultados 2021». Rede D'or RI. Consultado em 20 de dezembro de 2022
- ↑ «Rede D'Or São Luiz quer engajar funcionários e fornecedores em sustentabilidade». Exame. 23 de junho de 2022. Consultado em 20 de dezembro de 2022
- ↑ «Como a Rede D'Or se diferencia de outros hospitais». Valor Econômico. 21 de novembro de 2022. Consultado em 20 de dezembro de 2022
- ↑ a b c «Rede D'Or – Quem somos». Rede D'Or São Luiz. Consultado em 19 de dezembro de 2022
- ↑ «Maior rede privada de hospitais do país, Rede D'Or chega à B3 valendo R$ 113 bi». CNN Brasil. 9 de dezembro de 2020. Consultado em 20 de dezembro de 2022
- ↑ a b c «Como o fundador da rede D'Or foi de médico a bilionário». Exame. 16 de abril de 2015. Consultado em 19 de dezembro de 2022
- ↑ Naty (23 de setembro de 2022). «Lista da Forbes: quem são os bilionários brasileiros self-made». Forbes Brasil. Consultado em 30 de dezembro de 2022
- ↑ «Rede D'Or movimenta R$ 11,39 bilhões com IPO, o terceiro maior da história da bolsa». InfoMoney. 9 de dezembro de 2020. Consultado em 20 de dezembro de 2022
- ↑ «Os bilionários brasileiros de 2022 - 21ª a 40ª posições». Forbes Brasil. 16 de dezembro de 2022. Consultado em 19 de dezembro de 2022
- ↑ «Rede D'Or São Luiz (RDOR3)». InfoMoney. Consultado em 19 de dezembro de 2022
- ↑ Lima, Liliane de (22 de maio de 2022). «Como o cardiologista Jorge Moll Filho criou a Rede D'Or e se tornou o 4º homem mais rico do Brasil». Seu Dinheiro. Consultado em 19 de dezembro de 2022
- ↑ «Jorge Moll, médico e empreendedor no centro da Rede D'Or». ISTOÉ DINHEIRO. 20 de março de 2022. Consultado em 19 de dezembro de 2022
- ↑ «BTG Pactual vende fatia na Rede D'Or a fundo de Cingapura por R$ 2,38 bi - 02/12/2015 - Mercado». Folha de S.Paulo. Consultado em 19 de dezembro de 2022
- ↑ «Camarote e garçom: maternidade da D'Or muda mapa da saúde em São Paulo». Exame. 8 de abril de 2022. Consultado em 19 de dezembro de 2022
- ↑ «Rede D'Or fecha acordo para comprar SulAmérica Seguros com troca de ações». Valor Econômico. 23 de fevereiro de 2022. Consultado em 20 de dezembro de 2022
- ↑ «Rede D'or compra SulAmerica e cria gigante da saúde. Negociação depende de aprovação do Cade». ISTOÉ DINHEIRO. 25 de fevereiro de 2022. Consultado em 20 de dezembro de 2022
- ↑ «Cade aprova compra da SulAmérica pela Rede D'Or sem restrições». O Globo. 14 de dezembro de 2022. Consultado em 20 de dezembro de 2022
- ↑ «ANS aprova, com restrições, compra da SulAmérica pela Rede D'Or». O Globo. 19 de dezembro de 2022. Consultado em 20 de dezembro de 2022
- ↑ «Rede D'Or pretende manter-se como acionista minoritária na Qualicorp». Valor Econômico. 10 de novembro de 2022. Consultado em 20 de dezembro de 2022
- ↑ «Diretoria e Conselho». Rede D´Or RI. Consultado em 19 de dezembro de 2022