Reino de Navarra
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O Reino de Navarra, até 1162 chamado Reino de Pamplona, foi um dos reinos medievais da Europa, com território no norte da Península Ibérica e nos Pirenéus ocidentais. O seu território foi diminuindo paulatinamente na fase final, a Navarra peninsular (conhecida como Alta Navarra), foi invadida por Fernando, o Católico, com o apoio de uma das duas facções locais da nobreza, e anexada à Coroa de Castela, evoluindo com outros reinos da Península Ibérica no Reino de Espanha, e conservando instituições próprias até 1841, enquanto que a Navarra continental (Baixa Navarra), coexistiu com a coroa francesa e terminou dissolvendo-se na República Francesa aquando da Revolução Francesa.
Nafarroako Erresuma Reino de Navarra | |||||
Reino | |||||
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Reino de Navarra em 1400 (verde escuro). | |||||
Continente | Europa | ||||
Capital | Pamplona | ||||
Língua oficial | Basco (falado)[1] Aragonês (regiões próximas a fronteira com a Aragão) Occitano (regiões próximas a fronteira com a França) | ||||
Religião | Cristianismo Católica | ||||
Governo | Monarquia | ||||
História | |||||
• 824 | Fundação | ||||
• 1620 | Dissolução | ||||
Área | (na Baixa Idade Média) 12,000 km² |
Navarra foi um dos núcleos de montanha da resistência cristã que se formaram no norte, frente ao domínio islâmico da Península Ibérica, tal como sucedeu com o Reino de Aragão e a Catalunha, também pirenaicos, e as Astúrias e Cantábria na Cordilheira Cantábrica.
Inicialmente foi também conhecido como Reino de Pamplona, Reino dos Pamploneses, e Reino de Pamplona-Nájera em referência à importância da cidade riojana. Actualmente, o seu território histórico está dividido entre a Comunidade Foral de Navarra, que forma parte de Espanha, e o departamento de Pirenéus-Atlânticos, em França, a que pertence o território da antiga Baixa Navarra. Na época da maior expansão territorial deste reino, durante a Idade Média, abarcou territórios atlânticos e expandiu-se para além do rio Ebro, até zonas situadas nas actuais comunidades autónomas de Aragão, Cantábria, Castela e Leão, La Rioja, País Basco e as regiões administrativas francesas de Aquitânia e Midi-Pirenéus, nas antigas províncias de Gasconha e Occitânia. As capitais bascas de Vitória e San Sebastián foram fundadas pelo rei navarro Sancho VI, o Sábio.
História
editarEnquanto reino, Navarra surgiu no século IX, durante a Reconquista cristã. Em 1234, a dinastia inicial dos reis de Navarra foi substituída pelos Condes de Champagne. Em 1284 o casamento de Joana I de Navarra com o rei Filipe IV de França originou uma união pessoal entre os dois países que iria durar até 1328. A herdeira das duas coroas era Joana II, filha de Luís X de França, mas como em França vigorava a lei sálica, a coroa francesa herdada por Filipe V, o Comprido. Navarra recuperou a independência sob Filipe de Evreux, casado com Joana II.
Os descendentes de Sancho III exerciam o seu poder no que é hoje Navarra e o País Basco, que posteriormente passariam a integrar o Reino de Castela, e a norte dos Pirenéus a Baixa Navarra, que actualmente é parte de França.
No século XV o casamento da rainha Branca I de Navarra com João II de Aragão, provocou a união das duas coroas, separadas na geração seguinte por Leonor I, filha do casal. Depois de mais de uma década de instabilidade dinástica o trono de Navarra é adquirido por João, Duque de Albret, casado com a rainha Catarina. Durante este período, Albret envolveu-se numa disputa de sucessão com o rei de Aragão, Fernando II. A guerra terminou em 1512 com a derrota de Albret e, em consequência, Navarra perdeu todos os seus territórios a sul dos Pirenéus que foram incorporados em Espanha. A neta de Albret Joana III casou com Antoine de Bourbon, o Duque de Vendôme, relacionado com a família real francesa. Em 1589, depois da morte sem sucessão de todos os filhos de Henrique II de França e Catarina de Médici, é Henrique de Bourbon, rei de Navarra, que sobe ao trono francês como Henrique IV. A partir de então, França e Navarra formam nova união pessoal, até 1620, quando Navarra é oficialmente anexada à coroa francesa.
Ver também
editarReferências
- ↑ Estibaliz Amorrortu, Basque Sociolinguistics: Language, Society, and Culture, (University of Nevada Press, 2003), 14 note5.