Renata Bueno
Renata Eitelwein Bueno (Brasília, 10 de novembro de 1979) é uma advogada e política brasileira.
Renata Bueno | |
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Renata Bueno | |
Deputada do Parlamento da Itália | |
Período | 7 de março de 2013 até 22 de março de 2018 |
Vereadora de Curitiba | |
Período | 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2012 |
Legislatura | 15ª (2009–2012) |
Dados pessoais | |
Nome completo | Renata Eitelwein Bueno |
Nascimento | 10 de novembro de 1979 (45 anos) Brasília |
Nacionalidade | brasileira italiana |
Progenitores | Pai: Rubens Bueno |
Partido | Cidadania (2000–atualidade) Brasil USEI (2013–2014) Movimento Paixão Itália (2014–2019) USEI (2019–2022) Itália |
Filha do ex-deputado federal Rubens Bueno, foi vereadora de Curitiba (PR) pelo Partido Popular Socialista (PPS), atual Cidadania, e deputada do Parlamento da República Italiana pela União Sul-Americana dos Emigrantes Italianos (USEI) e pelo Movimento Paixão Itália (Movimento Passione Itália) entre 2013 e 2018.[1]
Origens e formação
editarNascida em Brasília à época em que seu pai cursava Letras no Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB).[2] É filha de Rubens Bueno, tradicional político do Paraná.[3]
Bueno formou-se em Direito pela Universidade Tuiuti (UTP), além de pós-graduação lato-sensu na Universidade de Pádua e mestrado na Universidade de Roma-Tor Vergata.[4]
Carreira política
editarFiliada ao Partido Popular Socialista no Brasil desde 2000[5], sua carreira política começa no ano de 2006[6], quando disputou pela primeira vez as eleições estaduais no Paraná, para o cargo de deputada federal; todavia, não foi eleita, obtendo 24.102 votos e permanecendo na suplência.[7] Nas eleições municipais de 2008, elegeu-se vereadora em Curitiba com 4.984 votos.[8][9] Em 2012, chegou a ser pré-candidata pelo PPS pela prefeitura de Curitiba, porém o partido decidiu apoiar Luciano Ducci (PSB).[10][11]
O eleitorado curitibano negou-lhe um segundo mandato nas eleições municipais de 2012, quando obteve apenas a primeira suplência do PPS com 4.791 votos.[12]
Carreira política na Itália
editarBueno concorreu a vaga na Câmara dos Deputados da Itália pela quota de representação dos italianos no exterior. Como não conseguiu lugar na lista do Partido Democrático de Pier Luigi Bersani, ingressou no movimento cívico União Sul-Americana de Emigrantes Italianos (USEI) como primeira candidata.[13] Os 18.077 votos recebidos no distrito eleitoral da América do Sul em fevereiro de 2013 asseguraram-lhe uma cadeira no parlamento italiano, sendo assim, a primeira mulher brasileira nata a assumir o cargo.[14][15]
Devido à formação política de sua família, Renata passou a apoiar o Partido Democrático (PD), o principal partido de centro-esquerda do país, e, particularmente, o seu líder Matteo Renzi, que foi o primeiro-ministro da Itália de fevereiro de 2014 a dezembro de 2016.[16] Em outubro de 2014, por conta de desavenças com o USEI, decidiu fundar seu próprio partido chamado Movimento Paixão Itália (Movimento Passione Italia). Todavia, por conta da burocracia da legislação eleitoral italiana, Bueno decidiu que sua sigla iria aderir à lista centrista Cívico Popular Lorenzin (Civico Populare Lorenzin) para disputar as eleições de 2018[17].
Nas eleições legislativas de 2018, seu partido obteve 18,91% dos votos no círculo eleitoral sul-americano. Renata liderou a coligação de partidos Lista Cívica Popular com 6,3% (em comparação com 0,5% na Itália), mas não obteve êxito em sua reeleição.[18] Ela atribuiu sua derrota à falhas nos serviços de entrega de cédulas de votação pelos Correios para os brasileiros com cidadania italiana[19], mesmo sendo a candidata mais votada no Brasil, entre 24 candidatos, e a terceira na América do Sul.[20][21]. Em 2022, retornou aos quadros do USEI e tentou recuperar sua cadeira no Parlamento Italiano, contudo, novamente não foi eleita; embora tenha sido a mais votada no Brasil e a segunda candidata mais votada na América do Sul.[22]
Desempenho eleitoral
editarAno | Cargo | País | Partido | Votos | % | Resultado | Ref. |
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2006 | Deputada federal pelo Paraná | Brasil | PPS | 24.102 | 0,45 | Suplente | [7] |
2008 | Vereadora de Curitiba | 4.984 | 0,52 | Eleita | [8] [9] | ||
2012 | Vereadora de Curitiba | 4.791 | 0,53 | Suplente | [12] | ||
2013 | Deputada do Parlamento Italiano | Itália | USEI | 18.077 | — | Eleita | [14] |
2018 | Deputada do Parlamento Italiano | Movimento Paixão Itália (Cívico Popular Lorenzin) |
15.200 | — | Não Eleita | [20] [21] | |
2022 | Deputada do Parlamento Italiano | USEI | 25.408 | — | Não Eleita | [22] |
Vida pessoal
editarFoi casada, por dois anos, com o ex-vereador de Curitiba, Juliano Borghetti. Borghetti é irmão de Cida Borghetti e é um dos envolvidos no "massacre de SC", quando foi preso por agressões entre as torcidas dos clubes de futebol Atlético Paranaense e Vasco da Gama na cidade de Joinville.[23][24][25]
Atualmente, é casada com o empresário italiano Angelo Martiriggiano.[26]
Referências
- ↑ Revista "The Economist", 02/03/2013
- ↑ Dados Vigilantes da Democracia
- ↑ «Casamento à la italiana: deputada Renata Bueno se casa em Lecce». Reinaldo Bessa | Gazeta do Povo. 9 de setembro de 2017. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ «Renata Bueno». Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ «Sistema de Filiação Partidária - Consulta». Sistema de Filiação Partidária - Consulta (Tribunal Superior Eleitoral). Consultado em 10 de agosto de 2024
- ↑ «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais - Renata Bueno (eleições 2006)». Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais. 2006. Consultado em 8 de agosto de 2024
- ↑ a b «Folha Online - Especial - 2006 - Eleições - Apuração - Paraná - Deputado Federal». eleicoes.folha.uol.com.br. Consultado em 8 de agosto de 2024. Cópia arquivada em 7 de julho de 2012
- ↑ a b «Veja a lista de vereadores eleitos em Curitiba - 06/10/2008 - Poder - Folha de S.Paulo». Folha de S.Paulo. 6 de outubro de 2008. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ a b «Folha Online - Especial - 2008 - Eleições». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 8 de agosto de 2024
- ↑ «Vereadora Renata Bueno se diz pré-candidata à prefeitura de Curitiba». Paraná. G1. 16 de abril de 2012. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ «Com PPS, 15 partidos apoiam reeleição de Luciano Ducci». Boca Maldita. 28 de junho de 2012. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ a b «Apuração das Eleições 2012 em Curitiba | Paraná». G1. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ Castro, Fernando (27 de fevereiro de 2013). «Ex-vereadora de Curitiba é a primeira brasileira eleita deputada na Itália». Paraná. G1. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ a b «Eligendo Archivio - Ministero dell'Interno DAIT (2013)». Eligendo (em italiano). 2013. Consultado em 8 de agosto de 2024
- ↑ «Parlamento italiano tem primeira deputada brasileira da história». Terra. Consultado em 8 de agosto de 2024
- ↑ ItaliaChiamaItalia (12 de dezembro de 2013). «Italiani all'estero, Bueno (USEI) a ItaliaChiamaItalia: 'Io indagata? Una storia inventata'». Italia chiama Italia (em italiano). Consultado em 8 de agosto de 2024
- ↑ Peron, Desiderio (19 de janeiro de 2018). «Dizendo-se vencida pela burocracia, Renata desiste do 'Passione Italia' e pergunta aos seus: 'Civica Popolare' serve? - Insieme». Consultado em 8 de agosto de 2024. Cópia arquivada em 8 de agosto de 2024
- ↑ «Eligendo Archivio - Ministero dell'Interno DAIT». Eligendo (em italiano). Consultado em 15 de agosto de 2024
- ↑ Frey, João. «Renata Bueno atribui parte de sua derrota na Itália a falhas dos Correios». Gazeta do Povo. Consultado em 8 de agosto de 2024
- ↑ a b «Eligendo Archivio - Ministero dell'Interno DAIT (2018)». Eligendo (em italiano). 2018. Consultado em 8 de agosto de 2024
- ↑ a b Frey, João (12 de março de 2018). «Renata Bueno atribui parte de sua derrota na Itália a falhas dos Correios». Gazeta do Povo. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ a b «Eligendo Archivio - Ministero dell'Interno DAIT (2022)». Eligendo (em italiano). 2022. Consultado em 8 de agosto de 2024
- ↑ Ex-vereador de Curitiba é um dos envolvidos no "massacre de SC" - Ex-parlamentar, ele é atual superintendente da EcoParaná, vinculada à Secretaria de Estado do Turismo (SETU), casado com a ex-vereadora Renata Bueno (PPS) - agora, deputada na Itália. Portal Terra, seção Esportes - acessado em 1 de fevereiro de 2017
- ↑ Renata Bueno, Pizzolato e as ironias da vida - O marido da deputada, Juliano Borghetti, envolveu-se recentemente numa violenta escaramuça entre torcidas num jogo entre Vasco e Atlético Paranaense, e, com mandado de prisão expedido, não foi encontrado pela polícia Site O Cafezinho
- ↑ O casamento de Renata Bueno e Juliano Borghetti Site Fabio Campana
- ↑ iCasei. «Renata Bueno e Angelo Martiriggiano - iCasei». Casamento de Renata Bueno e Angelo Martiriggiano. Consultado em 19 de janeiro de 2018