Renovación Española

Renovación Española (RE) Foi um partido político monarquista espanhol ativo durante a Segunda República Espanhola, defendendo a restauração de Afonso XIII de Espanha em oposição ao Carlismo. Associado ao pensamento da Accion Española, o partido foi liderado por Antonio Goicoechea e José Calvo Sotelo. Em 1937, durante o curso da Guerra Civil Espanhola, desapareceu formalmente depois que Francisco Franco o fundiu em um único partido de uma variedade de organizações de extrema direita na zona rebelde.

Renovación Española
Renovación Española
Líder Antonio Goicoechea
José Calvo Sotelo
Fundação 1933
Dissolução 1937
Ideologia Monarquismo
Conservadorismo
Autoritarismo
Corporativismo
Nacionalismo espanhol
Espectro político Direita
Fusão FET y de las JONS
Bandeira do partido

História

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O grupo foi formado em Janeiro de 1933, depois que Goicoechea e alguns seguidores se separaram da Ação Popular e receberam a aprovação de Afonso para formar um novo partido, embora desde o início a RE mantivesse boas relações com os Carlistas e tentasse trazê-los para várias conspirações anti-Republicanas.[1] Mesmo antes da Guerra Civil, a RE estava ligada à Falange, pagando a ela um subsídio mensal de 10.000 pesetas.[2] A RE adotou uma espécie de corporativismo estatista autoritário, particularmente marcado depois que Calvo Sotelo assumiu o controle do partido.[3]

O grupo foi um dos primeiros entre os envolvidos na conspiração contra o governo da Frente Popular para endossar Franco como líder global.[4] A RE também estava intimamente ligada ao grupo militar Unión Militar Española, que desempenhou um papel importante na guerra civil.[5] Durante os estágios iniciais da guerra civil, s RE estava próximo do General Emilio Mola, que consultava regularmente a liderança do grupo.[6]

O assassinato de Calvo Sotelo, que era muito mais popular e melhor orador do que o geralmente inútil Goicoechea, em Julho de 1936 enfraqueceu a RE e em pouco tempo tornou-se subserviente a Franco numa tentativa de reter influência para um grupo que tinha pouco apoio popular.[7] Juntamente com uma variedade de outros grupos de extrema-direita, a RE desapareceu em Abril de 1937 com a formação da Falange Espanhola Tradicionalista e das Juntas de Ofensiva Nacional Sindicalista.[8] Reconhecendo que a sua base de poder era frágil, na melhor das hipóteses, Goicoechea aceitou imediatamente o decreto e dissolveu a RE.[9]

Referências

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  1. Martin Blinkhorn, Carlism and crisis in Spain, 1931-1939, CUP Archive, 1975, pag. 108
  2. Antony Beevor, The Battle for Spain: The Spanish Civil War 1936-39, London: Phoenix, 2007, pag. 45
  3. Blinkhorn, Martin. «Conservatism, traditionalism and fascism in Spain, 1898–1937». Fascists and Conservatives: The Radical Right and the Establishment in Twentieth-Century Europe. [S.l.]: Routledge. p. 131. ISBN 0203-39323-6 
  4. Paul Preston, Franco, London: Fontana, 1995, pag. 125
  5. Preston, Franco, pag. 136
  6. Preston, Franco, pag. 155; pag. 157
  7. Preston, Franco, pag. 249-50
  8. Beevor, The Battle for Spain, pag. 285
  9. Preston, Franco, pag. 271