Reserva Biológica Culuene
A Reserva Biológica do Culuene é uma reserva biológica do estado de Mato Grosso, Brasil. Protege uma área de floresta de cerrado em contato com floresta estacional caducifólia na margem esquerda (oeste) do rio Culuene.
Reserva Biológica do Culuene | |
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Categoria Ia da IUCN (Reserva Natural Estrita) | |
Localização | |
País | Brasil |
Estado | Mato Grosso |
Município | Paranatinga |
Dados | |
Área | 3 900 ha |
Criação | 10 de janeiro de 1989 (36 anos) |
Coordenadas | |
Localização da Reserva Biológica do Culuene no Brasil |
Localização
editarA Reserva Biológica do Culuene fica no município de Paranatinga, Mato Grosso. Possui uma área de 3 900 hectares.[1] A reserva é limitada pelo rio Culuene a leste e pelo riacho Rio Grande a oeste. Fica na bacia do Rio Xingu.[2]
História
editarA reserva abrange parte da antiga Gleba Pantanalzinho.[2] A Reserva Ecológica Estadual do Culuene foi criada pelo decreto estadual 1.387, de 10 de janeiro de 1989, com área de 3 900 hectares. O objetivo era preservar a fauna e a flora devido aos altos níveis de desmatamento, principalmente nas cabeceiras e margens dos rios, e impedir a mineração descontrolada que causava o assoreamento dos rios.[3]
Pela portaria 723, de 26 de setembro de 2011, a categoria foi alterada e a unidade de conservação passou a ser Reserva Biológica Estadual do Culuene.[3] Em setembro de 2013 existia um gestor da Reserva Biológica do Culuene e da Estação Ecológica do Rio Ronuro, e dois agentes das duas unidades de conservação.[4] A SEMA/MT informou que os planos de proteção das duas unidades estão em revisão.[5] A Portaria 622, de 15 de dezembro de 2014, criou o conselho consultivo.[3] Em junho de 2015, a regularização da propriedade da terra estava concluída, mas a reserva ainda não tinha um plano de gestão.[2]
Ambiente
editarA Reserva Biológica do Culuene fica no centro do cerrado brasileiro. A vegetação é de cerrado arborizado aberto, com e sem mata de galeria, em área de contato entre cerrado, floresta estacional e floresta estacional semidecídua. A fauna inclui o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), queixada (Pecari tajacu), paca-de-várzea (Cuniculus paca), capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), onça-pintada (Panthera onca) e aves como o pato-almiscarado (Cairina moschata), a garça-real (Ardea alba), arara-de-asa-verde (Ara chloropterus) e tucano-toco (Ramphastos toco).[2]
As principais ameaças são as queimadas, as pressões causadas pela expansão da fronteira agrícola, a contaminação do rio por agrotóxicos e a intrusão das propriedades privadas que circundam a reserva. É influenciada pela pequena hidrelétrica Paranatinga II, no rio Culuene.[2] Uma análise de 2009 das unidades de conservação em Mato Grosso classificou a Reserva Ecológica do Culuene como tendo importância biológica relativamente baixa.[6] A reserva e a Estação Ecológica Rio Ronuro estiveram sujeitas a elevados níveis de ameaças e pressões em comparação com outras.[7] A reserva foi classificada como a menos eficazmente administrada entre as áreas totalmente protegidas, exceto parques, no estado.[8]
Referências
- ↑ REBIO do Culuene – ISA, Informações gerais.
- ↑ a b c d e REBIO do Culuene – ISA, Características.
- ↑ a b c REBIO do Culuene – ISA, Historico Juridico.
- ↑ Lima 2015, p. 25.
- ↑ Lima 2015, p. 34.
- ↑ Onaga & Drumond 2009, p. 29.
- ↑ Onaga & Drumond 2009, p. 35.
- ↑ Onaga & Drumond 2009, p. 40.
Fontes
editar- Lima, Luiz Henrique (2015), Relatório Preliminar de Monitoramento Acerca da Auditoria Operacional nas Unidades de Conservação Estaduais do Bioma Amazônia em Mato Grosso, Tribunal de Contas Mato Grosso, consultado em 22 de fevereiro de 2017
- Onaga, Cristina Aragão; Drumond, Maria Auxiliadora (2009), Implementação da Avaliação Rápida e Priorização da Gestão de Unidades de Conservação – Rappam – em unidades de conservação no Estado de Mato Grosso (PDF), Brasília: WWF-BRASIL, Sema / MT, ICMBio, consultado em 22 de fevereiro de 2017
- REBIO do Culuene, ISA: Instituto Socioambiental, consultado em 22 de fevereiro de 2017