Retinol

composto químico
 Nota: Não confundir com Retinal.

O retinol, também conhecido como vitamina A1, é uma vitamina encontrada nos alimentos e utilizada como suplemento dietético.[1] Como suplemento é usado para tratar e prevenir a deficiência de vitamina A, especialmente aquela que causa xeroftalmia.[2] Em regiões onde a deficiência é comum, uma única grande dose é recomendada algumas vezes por ano para aqueles que estejam em alto risco.[3] Também é usado para reduzir o risco de complicações em pacientes com sarampo.[3] É administrado por via oral ou injeção intramuscular.[2]

O retinol em doses normais é bem tolerado.[2] Altas doses podem causar hepatomegalia, pele seca ou hipervitaminose A.[2] [4] Doses elevadas durante a gravidez podem causar danos ao feto.[2] O retinol faz parte da família da vitamina A.[2] É convertido no organismo em retinal e ácido retinoico pelos quais atua.[1] As fontes alimentares incluem peixe, laticínios e carne.[1]

Além disso, o retinol é um dos compostos mais estudados e comprovados na dermatologia para o tratamento de várias condições da pele, incluindo acne, envelhecimento cutâneo e hiperpigmentação. Sua eficácia deve-se à sua capacidade de modular o crescimento celular e a diferenciação. A indústria cosmética tem aproveitado essas propriedades para desenvolver uma ampla gama de produtos destinados a melhorar a saúde da derme e que se regenere a beleza da pele.[5]

O retinol atua ao nível celular, ligando-se a receptores nucleares específicos que regulam a expressão de genes envolvidos na renovação celular e na síntese de componentes dérmicos, como o colágeno. Essa interação promove a esfoliação da camada superficial da pele, melhorando sua textura e aparência, e estimula a regeneração celular, resultando em uma pele mais jovem e saudável.[6]

O retinol foi descoberto em 1909, isolado em 1931 e fabricado pela primeira vez em 1947.[7][8] Está na Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde.[9] O retinol está disponível como medicamento genérico e de venda livre.[2] O custo de atacado nos países em desenvolvimento é de cerca de $0,02 a 0,30 por 50.000 unidades.[10] Nos Estados Unidos é acessível.[11]

Referências

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  1. a b c «Office of Dietary Supplements - Vitamin A». ods.od.nih.gov. 31 de agosto de 2016. Consultado em 30 de dezembro de 2016. Arquivado do original em 12 de dezembro de 2016 
  2. a b c d e f g «Vitamin A». The American Society of Health-System Pharmacists. Consultado em 8 de dezembro de 2016. Arquivado do original em 30 de dezembro de 2016 
  3. a b WHO Model Formulary 2008. [S.l.]: World Health Organization. 2009. ISBN 9789241547659 
  4. British national formulary : BNF 69 69 ed. [S.l.]: British Medical Association. 2015. ISBN 9780857111562 
  5. «RETINOID OR RETINOL?» 
  6. «Molecular mechanisms of retinoid actions in skin» (PDF) 
  7. Squires, Victor R. (2011). The Role of Food, Agriculture, Forestry and Fisheries in Human Nutrition - Volume IV (em inglês). [S.l.]: EOLSS Publications. ISBN 9781848261952. Cópia arquivada em 5 de novembro de 2017 
  8. Ullmann's Food and Feed, 3 Volume Set (em inglês). [S.l.]: John Wiley & Sons. 2016. ISBN 9783527695522. Cópia arquivada em 5 de novembro de 2017 
  9. World Health Organization model list of essential medicines: 21st list 2019. Geneva: World Health Organization. 2019. WHO/MVP/EMP/IAU/2019.06. License: CC BY-NC-SA 3.0 IGO 
  10. «Vitamin A». International Drug Price Indicator Guide. Consultado em 8 de dezembro de 2016. Arquivado do original em 27 de outubro de 2018 
  11. Hamilton, Richart (2015). Tarascon Pocket Pharmacopoeia 2015 Deluxe Lab-Coat Edition. [S.l.]: Jones & Bartlett Learning. ISBN 9781284057560