Rhinophylla pumilio
Rhinophylla pumilio é uma espécie de morcego da família Phyllostomidae. Pode ser encontrada no Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.[1]
Rhinophylla pumilio | |||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Estado de conservação | |||||||||||||||||
![]() Pouco preocupante (IUCN 3.1) | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
| |||||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||||
Rhinophylla pumilio Peters, 1865 |
Descrição
editarÉ um morcego relativamente pequeno. Adultos possuem apenas entre 4 a 6 cm (1,6 a 2,4 pol) de comprimento cabeça-corpo, pesando apenas entre 7 a 14 g (0,25 a 0,49 oz). Em média, as fêmeas são ligeiramente maiores que os machos. A pele é geralmente monótona, sendo marrom ou marrom-avermelhada em todo o corpo, embora os pêlos individuais tenham raízes brancas. As orelhas são arredondadas e sem pêlos, com um trago relativamente pequeno e de cor marrom-rosada. Possuem uma folha nasal proeminente que, quando achatada, se estende facilmente à testa do animal.[2]
As membranas das asas são azuis e contrastam com as partes ósseas da asa, que têm uma cor branca distinta. Eles se estendem até a base dos dedos dos pés, e o uropatágio atinge o meio da perna. Não há cauda, uma característica que distingue tal espécie.[2]
Distribuição e habitat
editarSão encontrados em grande parte do norte da América do Sul a leste dos Andes, do norte da Bolívia, através do leste do Peru e do Equador, através do nordeste e da Amazônia do Brasil, e no sul da Colômbia e Venezuela, além de todas as Guianas.[3] Quando encontrados, geralmente estão em grande número e optam por habitar floresta primitiva localizadas a abaixo de 1 400 m (4 600 pé), mas às vezes também são encontrados em habitats mais conturbados, incluindo plantações e pastagens, e em savana aberta.[2][4]
Biologia e comportamento
editarTrata-se de espécie exclusivamente herbívora, comendo uma grande variedade de frutas, incluindo imbé, mático, aráceas e figos. Ajudam a dispersar as sementes de algumas dessas frutas, que passam ilesas pelo trato digestivo,[2] bem como foi observado que comem pólen de algumas plantas.[5]
São noturnos, passando o dia em poleiros semelhantes a tendas construídos com folhas de filodendro e plantas semelhantes, normalmente entre 1,5 a 15 m acima do solo. Os poleiros são temporários pois morcegos movem-se a cada poucos dias, sendo encontrados em pequenos grupos, ocupados por um único macho e até três fêmeas. São mais ativos imediatamente após o anoitecer e antes do amanhecer. Ademais, uma fêmea dá à luz a um único filhote.[2]
Referências
- ↑ Wilson, D.E.; Reeder, D.M., ed. (2005). Mammal Species of the World 3º ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494
- ↑ a b c d e Rinehart, J.B.; Kunz, T.H. (2006). «Rhinophylla pumilio». Mammalian Species. 791: Number 791: pp. 1–5. doi:10.1644/791.1
- ↑ «Rhinophylla pumilio». IUCN Red List. 2009. Consultado em 10 de julho de 2021
- ↑ Simmons, N.B.; Voss, R.S. (1998). «The mammals of French Guiana: a Neotropical lowland rainforest fauna. Part 1. Bats». Bulletin of the American Museum of Natural History. 237: 1–219
- ↑ Buzato, S.; Franco, A.L.M. (1992). «Tetrastylis ovalis: a second case of bat-pollinated passionflower (Passifloraceae)». Plant Systematics and Evolution. 181 (3–4): 261–267. doi:10.1007/BF00937450
Bibliografia
editar- SIMMONS, N. B. Order Chiroptera. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 1, p. 312-529.
- SAMPAIO, E.; LIM, B.; PETERS, S. 2008. Rhinophylla pumilio. In: IUCN 2008. 2008 IUCN Red List of Threatened Species. <www.iucnredlist.org>. Acessado em 31 de janeiro de 2009. Walisson, Andresa e Vitória