Ribeirão Claro

município brasileiro do estado do Paraná
 Nota: Para o ex-distrito do Norte paulista, veja Guapiaçu.

Ribeirão Claro é um município brasileiro do estado do Paraná. Faz divisa com Chavantes, no estado de São Paulo, cuja divisória natural é o rio Paranapanema. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 10 693 habitantes[4].

Ribeirão Claro
  Município do Brasil  
Rua central
Rua central
Rua central
Símbolos
Bandeira de Ribeirão Claro
Bandeira
Brasão de armas de Ribeirão Claro
Brasão de armas
Hino
Gentílico ribeirão-clarense[1]
Localização
Localização de Ribeirão Claro no Paraná
Localização de Ribeirão Claro no Paraná
Localização de Ribeirão Claro no Paraná
Ribeirão Claro está localizado em: Brasil
Ribeirão Claro
Localização de Ribeirão Claro no Brasil
Mapa
Mapa de Ribeirão Claro
Coordenadas 23° 11′ 38″ S, 49° 45′ 28″ O
País Brasil
Unidade federativa Paraná
Municípios limítrofes Jacarezinho, Joaquim Távora, Carlópolis, Fartura-SP, Timburi-SP e Chavantes-SP
Distância até a capital 387[2] km
História
Fundação 13 de maio de 1908 (116 anos)
Administração
Prefeito(a) João Carlos Bonato (PSB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [3] 632,782 km²
População total (estimativa IBGE/2018[4]) 10 693 hab.
Densidade 16,9 hab./km²
Clima Subtropical (Cfa)
Altitude 690 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[5]) 0,747 alto
PIB (IBGE/2008[6]) R$ 195 724,485 mil
PIB per capita (IBGE/2008[6]) R$ 9 420,34

Em 2022, a população era de 12.364 habitantes e a densidade demográfica era de 19,65 habitantes por quilômetro quadrado. Na comparação com outros municípios do estado, ficava nas posições 159 e 269 de 399. Já na comparação com municípios de todo o país, ficava nas posições 2590 e 3245 de 5570.

História

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Por volta de 1895, surgia um povoado com a denominação de Taquaral, pois é deste que agricultores e colonizadores procedentes dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, cruzaram o Rio Itararé, que separa o Estado de São Paulo com o Estado do Paraná, e se instalaram em terras a margem esquerda daquele rio.

Essas terras localizavam-se na fazenda denominada Cachoeira, já habitada por poucos moradores, entre eles uma senhora fazendeira de nome Maria Ferreira, que mais tarde seria homenageada com o nome da localidade. Estes moradores resolveram se reunir e pleitearam junto ao Presidente do Estado, Francisco Xavier da Silva, a doação de 100 alqueires daquelas terras para a instalação do povoado que ia ser formado. O presidente do estado doou essa área, através de lei, para que uma vila fosse criada. Após a doação, o local "Maria Ferreira", cresceu, com novas famílias instalando-se na região e o surgimento de pequenas praças e ruelas.

Em 1897 é criado o Distrito Judiciário com a instalação do Cartório Distrital e no dia 2 de abril de 1900, o Presidente do Estado sancionou a Lei N.º 352, criando a Vila. A 22 de setembro de 1900, foi realizada a eleição para eleger o primeiro prefeito e os vereadores, que tomaram posse em 29 de setembro de 1900.

Por volta de 1895, enquanto a Vila do Espírito Santo do Itararé prosperava, um outro povoado ia surgindo com a denominação de Taquaral, onde hoje se localiza a sede do município. desde o início do vilarejo, seus pioneiros iniciaram-se no plantio do café. Assim sendo, onde hoje se situa a Fazenda Monte Claro, foram requeridas junto ao Governo do Estado, as primeiras glebas de terras, para dar início ao ciclo cafeeiro da região. O fortalecimento desta região com a produção do café, atraiu emigrantes italianos que aportavam a todo instante em terras brasileiras. O povoado do Taquaral, localizado às margens de um rio, receberia, mais tarde, o nome de Ribeirão Claro.

Entretanto, a vila do Espírito Santo do Itararé, pela sua localização às margens do rio Itararé, e pela sua topografia totalmente plana, passou a sofrer com focos de malária, mais conhecida como maleita, e a população assustada com a epidemia, reuniu-se e resolveu transferir a sede da vila para Taquaral.

Com a decisão de que o Taquaral era o local ideal e, como a notícia se espalhou rapidamente, os moradores começaram a adquirir e levantar as moradias no local escolhido, desde casas de barro, de pau-a-pique cobertas de sapé, até outras de alvenaria. Quando essas moradias já se encontravam prontas, marcou-se a data da transferência da população, que denominou-se "Dia Da Mudança". A partir daí Taquaral cresceu e ganhou nova denominação (para Ribeirão Claro), através da Lei Estadual N.º 737 de 08 de março de 1908. A instalação deu-se no dia 13 de Maio de 1908, dia oficial da sua fundação.

Geografia

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Possui uma área de 632,782 km² representando 0,3175 % do estado, 0,1123 % da região e 0,0074 % de todo o território brasileiro. Localiza-se a uma latitude 23º11'38" sul e a uma longitude 49º45'28" oeste, estando a uma altitude de 690 metros.

Demografia

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Dados do Censo - 2010

População total: 10.678

  • Urbana: 7.085
  • Rural: 3.593
  • Homens: 5.272
  • - Homens na Área Urbana: 3.399
  • - Homens na Área Rural: 1.873
  • Mulheres: 5.406
  • - Mulheres na Área Urbana: 3.686
  • - Mulheres na Área Rural: 1.720

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M): 0,747

  • IDH-Renda: 0,661
  • IDH-Longevidade: 0,744
  • IDH-Educação: 0,837

Hidrografia

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Rodovias

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Administração

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Turismo

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Ponte Pênsil Alves Lima em 2013

A Ponte Pênsil Alves de Lima foi inaugurada em 4 de dezembro de 1920 e está localizada entre os municípios de Ribeirão Claro (Paraná) e Chavantes (São Paulo), tombada Patrimônio Histórico por duas vezes: em 1985 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat) e em 2001 pelo Conselho Estadual de Patrimônio Histórico do Estado do Paraná[7]. Na Revolução de 1932 a ponte teve parte destruída para impedir a passagem dos gaúchos. Em 1983, uma enchente destruiu parte da ponte, mas houve a reconstrução. Na inundação da Companhia Brasileira de Alumínio, em 2011, ela voltou a ser recuperada, no entanto em novembro de 2020 um incêndio destruiu a ponte novamente, concluído que o incêndio foi criminoso.[8]


O Morro do Gavião é uma imensa formação rochosa que se eleva a 850 metros acima do nível do mar e a 380 metros acima do nível da Represa de Chavantes (represa formada pela Usina Hidrelétrica de Chavantes), o que possibilita apreciar uma das mais belas paisagens do estado, tornando-o reconhecido como o principal ponto turístico da região.

Devido as belezas de sua paisagem o Morro recebe inúmeros visitantes, além de ser ponto ideal para a prática de esportes radicais como rapel, escalada e voo livre.

Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, o município de Ribeirão Claro recebeu inúmeras tropas vindas do Rio Grande do Sul em direção ao estado de São Paulo.

Devido à sua localização privilegiada, próximo as margens do Rio Itararé e possibilitando uma ampla visão dos arredores paulistas, o Morro do Gavião foi utilizado como um dos principais pontos de observação pelas tropas getulistas.

Esportes

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A cidade já teve representantes no Campeonato Paranaense de Futebol, dentre eles o Ribeirão Claro Futebol Clube.

Filhos ilustres

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Galeria de imagens

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Referências

  1. «Gentílico ribeirão-clarense». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 29 de agosto de 2018 
  2. «Ribeirão Claro a Curitiba». Consultado em 7 de Setembro de 2013 
  3. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  4. a b «Estimativa populacional 2018 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de agosto de 2018. Consultado em 14 de outubro de 2018 
  5. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  6. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  7. Londrina, Folha de (5 de agosto de 2021). «A importância de preservar o patrimônio cultural do Norte Pioneiro | Folha de Londrina». www.folhadelondrina.com.br. Consultado em 15 de agosto de 2022 
  8. «Perícia conclui que incêndio que destruiu parte de ponte pênsil centenária foi criminoso». G1. Consultado em 15 de agosto de 2022 

Ligações externas

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