Ricardo Paes de Barros
Ricardo Paes de Barros (Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1954) é professor no Insper, onde é também coordenador da cátedra Instituto Ayrton Senna.[1] É graduado em engenharia eletrônica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica ITA), com mestrado em estatística pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada IMPA) e doutorado em Economia pela Universidade de Chicago. Possui pós-doutorado pelo Centro de Pesquisa em Economia da Universidade de Chicago e pelo Centro de Crescimento Econômico da Universidade de Yale.
Ricardo Paes de Barros | |
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Nascimento | 1954 (70 anos) Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | economista |
O pesquisador foi responsável por injetar doses inéditas de rigor nos estudos sobre pobreza e desigualdade no Brasil, ajudando a dar forma, no último quarto de século, à expertise brasileira nesses temas. Sob sua liderança intelectual, um grupo de economistas liberais foi responsável, já no governo Lula, pela concepção técnica do programa Bolsa Família. [2] É membro do Conselho Acadêmico do movimento Livres.[3]
Trajetória
editarIntegrou o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) por mais de 30 anos, onde realizou inúmeras pesquisas focadas em questões relacionadas aos temas de desigualdade e pobreza, mercado de trabalho e educação no Brasil e na América Latina. Entre 1990 e 1996, Ricardo foi professor visitante da Universidade de Yale e, entre 1999 e 2002, diretor do Conselho de Estudos Sociais do IPEA. Entre 2011 e 2015, foi subsecretário de Ações Estratégicas da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República [4]
Como acadêmico, publicou diversos artigos e livros sobre seus temas de pesquisa, recebendo importantes prêmios em reconhecimento ao seu trabalho. Entre eles, cabe destacar o Prêmio Haralambos Simeonidis [5] em 1995 e em 2000 e o Prêmio Mario Henrique Simonsen em 2000. Ricardo foi agraciado com a comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico em 2005, eleito membro titular da Academia Brasileira de Ciências em 2010 e recebeu, em 2012, a primeira edição do Prêmio Celso Furtado em Estudos Sociais, oferecido pela Academia Mundial de Ciências (The World Academy of Sciences – TWAS). [6] Em 2015, Ricardo deixou o serviço público e assumiu o cargo de economista-chefe do Instituto Ayrton Senna[7] e também a titularidade da Cátedra Instituto Ayrton Senna no Insper[8], onde se dedica ao uso de evidência científica para identificação de grandes desafios nacionais e para a formulação e avaliação de políticas públicas[9], cobrindo os temas de educação [10], primeira infância, juventude, produtividade do trabalho, demografia, imigração, além dos tradicionalmente recorrentes em sua trajetória, desigualdade[11], pobreza[12] e mercado de trabalho.
Referências
- ↑ «Cátedra Instituto Ayrton Senna». Insper. Consultado em 13 de setembro de 2016
- ↑ «O liberal contra a miséria». Piauí, ed. 74. Novembro de 2012
- ↑ Em vídeo, Livres apresenta time de acadêmicos, 3 de maio de 2018, consultado em 10 de fevereiro de 2019
- ↑ «Ricardo Paes de Barros é o entrevistado do Roda Viva». Veja. Consultado em 9 de setembro de 2016
- ↑ «Técnico do Ipea conquista prêmio Haralambos Simeonidis». Ipea. Consultado em 9 de setembro de 2016
- ↑ «TWAS outorga prêmio em Ciências Sociais pela primeira vez». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 9 de setembro de 2016[ligação inativa]
- ↑ «Instituto Ayrton Senna». Instituto Ayrton Senna. Consultado em 9 de setembro de 2016
- ↑ «Ricardo Paes de Barros». Insper. Consultado em 9 de setembro de 2016
- ↑ «Projeto de educação deve garantir ensino de competências». Instituto Ayrton Senna. Consultado em 9 de setembro de 2016
- ↑ «Ricardo Paes de Barros: " Os programas sociais precisam de relojoeiros".». Época. Consultado em 9 de setembro de 2016
- ↑ «Ricardo Paes de Barros: "Crise da educação é mais grave do que da pobreza".». Época. Consultado em 9 de setembro de 2016
- ↑ «Crise fiscal não é culpa do social, diz Paes de Barros». Exame. Consultado em 9 de setembro de 2016