Rio Cacheu
O rio Cacheu ou Farim, inicialmente designado por Rio de São Domingos[1], é um dos mais extensos rios da Guiné-Bissau. Nasce perto da fronteira norte da Guiné-Bissau com o Senegal, a norte de Contuboel, atravessando de leste para oeste as regiões de Bafatá, Oio e, finalmente, Cacheu, onde se encontra com o Oceano Atlântico num estuário.
Rio Cacheu | |
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O rio Cacheu é o rio mais setentrional da Guiné-Bissau. | |
Comprimento | 257 km |
Foz | Oceano Atlântico |
País(es) | Guiné-Bissau |
É um rio de planície, de águas vagarosas e de grande caudal na época das chuvas. É navegável a grandes navios (2000 toneladas) em cerca de 97 km, o que faz dele uma importante via comercial para o interior da Guiné-Bissau. É navegável para embarcações mais pequenas até cerca de 200 quilómetros da foz, até Farim.
Durante a Guerra Colonial Portuguesa, o Rio Cacheu foi palco de diversas operações militares[2].
Em 2000, grande parte do estuário do rio foi integrado no Parque Natural dos Tarrafes do Rio Cacheu [3], abrangendo uma superfície total de 88.615 ha, dos quais 68% apresentam uma cobertura de mangal (tarrafes) que faz parte daquele que é considerado como sendo o maior bloco de mangal contínuo da África Ocidental.
Os vastos mangais acolhem um grande número de aves migratórias que invernam no parque. Entre os mamíferos, salientam-se os golfinhos Tursiops truncatus e Sousa teuszii, os hipopótamos Hippopotamus amphibius, os manatins Trichechus senegalensis, as gazelas-pintadas Tragelaphus scriptus e os macacos-verdes Cercopithecus aethiops. Entre os répteis destacam-se os crocodilos Crocodylus niloticus e C. tetraspis[4].
Referências
- ↑ Pedro Dias (2008). Arte de Portugal no Mundo / África Ocidental. 4. [S.l.]: Público - Comunicação Social, SA. p. 30. 152 páginas. ISBN 978-989-619-142-9
- ↑ Subsídios para a história da guerra colonial: Cacheu
- ↑ Faculdade de Direito de Bissau - Referência ao diploma legal que cria o Parque Natural dos Tarrafes do Rio Cacheu[ligação inativa]
- ↑ Rio Cacheu: BirdLife IBA Factsheet