Rio

grande curso de água natural
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Um rio (do latim rivus) é um curso de água, usualmente de água doce,[1] que flui por gravidade em direção a um oceano, um lago, um mar, ou um outro rio. Em alguns casos, um rio simplesmente flui para o solo ou seca completamente antes de chegar a um outro corpo d'água. Pequenos rios também podem ser chamados por outros nomes, incluindo córrego, canal, riacho, arroio, riachuelo ou ribeira. Não existe uma regra geral que define o que pode ser chamado de rio, embora em alguns países ou comunidades, um fluxo pode ser definido pelo seu tamanho. Muitos nomes de rios de pequeno porte são específicos para a sua localização geográfica. Um exemplo é o termo "burn", usado na Escócia e no Nordeste da Inglaterra. Às vezes um rio é considerado maior do que um afluente, mas isso nem sempre é o caso, por causa da imprecisão na linguagem.

Rio Columbia, nos Estados Unidos
Rio Tietê em Barra Bonita

O rio faz parte do ciclo hidrológico. A água de um rio é geralmente coletada através de escoamento superficial, recarga das águas subterrâneas, nascentes, e a liberação da água armazenada em gelo natural (por exemplo, das geleiras).

Transportes

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Muitos rios são utilizados para transporte, chamado transporte fluvial.[2] No seu curso, dependendo do tamanho e volume das águas, e profundidade, navegam navios, barcos, barcaças e outras embarcações menores. Ressalte-se que há rios com corredeiras e quedas d'água que impedem a navegação, bem como há rios navegáveis em apenas parte de seu curso d'água.

A travessia aérea dos rios dá-se por intermédio de pontes, construídas sob os mais diferentes estilos arquitetônicos. Mas na água, a travessia dá-se através de "ferry boats" ou balsas, jangadas, caiaques e outras pequenas embarcações.

Em rios de baixa profundidade, somente é possível navegação com lanchas com hélices aéreas, chamadas de "aero-barcos".

Problemas sociais

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O rio São Francisco, em Sítio do Mato, na Bahia, Brasil

Com o aumento da população mundial e ocupação desenfreada para industrialização e moradia de terrenos ribeirinhos, surgiu um problema grave no meio ambiente: a poluição fluvial, que pode provocar danos irreversíveis ao rio, provocando a morte e até a extinção por completo de espécies de peixes.[3]

Isso somado à clássica iniciativa nociva de aterrar pântanos e banhados gera a cada temporada de chuvas, nas margens de rios e próximo a elas, o problema da enchente, que desabriga muitas famílias repetitivamente a cada ano.[4]

Quanto às águas, os rios podem ser de três tipos: rios de águas brancas, rios de águas claras e rios de águas pretas.[5]

Os rios de águas brancas são aqueles cujas águas carregam grandes quantidades de sólidos em suspensão, como magnésio e cálcio, o que os deixa com a água com um aspecto esbranquiçado ou barrento, e baixa visibilidade. Muitos desses rios com parte do curso no Brasil têm origem nas nascentes andinas. Em suas margens, existem áreas de várzeas férteis, propícias para a agricultura.

 
O Encontro das Águas na confluência dos rios Solimões e Negro, perto de Manaus

Os rios de águas pretas são os que nascem em áreas de sedimentos terciários. Esses rios têm geralmente água ácida devido às grandes quantidades de substâncias orgânicas dissolvidas, provenientes de solos arenosos cobertos por vegetação. O rio Negro, localizado em três países (Venezuela, Colômbia e Brasil), é um exemplo de rio de água preta.

Os rios de águas claras, ou águas azuis, são os rios com pouca quantidade de sólidos em suspensão e aspecto cristalino, o que lhes permite uma grande visibilidade. Exemplos desses rios são os que correm na Região Centro-Oeste do Brasil e na região das Guianas.

Temporalidade

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O rio pode ser perene, quando há sempre água fluindo em seu leito, ou seja, não seca durante o ano, ou intermitente (ou temporários), que durante a época de chuva (ou "cheias"), geralmente no inverno, apresenta bastante água em seu curso e durante a estiagem (ou período das "secas"), normalmente no verão, desaparece temporariamente.

Ecologia

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Apesar de cobrirem menos de 1% da superfície da terra, os rios e os lagos, albergam cerca de 17 000 espécies de peixe, o que representa um quarto de todos os organismos vertebrados conhecidos no planeta.[6]

Sinonímia

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Há vários outros termos utilizados para cursos d'água, vários deles característicos de determinadas regiões do Brasil ou de Portugal:

  • Arroio - usado na Região Sul do Brasil, especialmente no estado do Rio Grande do Sul. Exemplos: arroio Dilúvio, arroio Chuí, arroio Grande, arroio do Ouro.
  • Braço - exemplos: braço esquerdo do Mapuá e braço do Macaco.
  • Barranco - exemplo: barranco da Amoreira, afluente do Guadiana.
  • Canal - exemplos: canal Campos-Macaé e canal Sernambetiba.
  • Corga ou Corgo - exemplos: corga do Vale das Antas, afluente do rio Castro Laboreiro e corgo de Areias, afluente do Guadiana.
  • Corixo ou corixa - exemplos: corixa do Destacamanto e corixo Grande.
  • Córrego - exemplos: córrego da Traição, córrego Buriti, córrego do Messias e córrego do Ouro.
  • Desaguadouro - exemplos: desaguadouro da lagoa Mandioré.
  • Esteiro - exemplos: esteiro de Canelas, afluente do Vouga.
  • Furo - exemplos: furo Aturira, furo Curto, furo Matamata e furo Retiro.
  • Grota - exemplos: grota Bananeira e grota do Corguinho.
  • Igarapé - usado na região Norte do Brasil, principalmente na Amazônia. Exemplos: igarapé Bahia, igarapé do Paracuri, igarapé Marreta, igarapé Yamanaka, igarapé Luís de Albuquerque, igarapé Três Buritis, igarapé São Francisco e igarapé Castanhal.
  • Lajeado - termo usado nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo para designar cursos d'água repletos de rochas em seu leito. Exemplos: Lajeado Alegre, Lajeado Grande e Lajeado Bugre.
  • Paraná - exemplos: paraná Bom Jardim, paraná das Cutias e paraná do Saraiva.
  • Regato - exemplo: regato de Nespereira, afluente do rio Vizela.
  • Riacho
  • Riachinho
  • Riachuelo
  • Ribeira - o termo mais usado em Portugal na composição dos topónimos de cursos de água de certa importância, que não sejam rios. Exemplos: Ribeira de Quarteira e Ribeira de Odelouca no Algarve.
  • Ribeiro - exemplo: ribeiro da Teixeira, afluente do Cávado.
  • Ribeirão
  • Sanga: nome utilizado no Sul do Brasil para designar cursos d'água muito pequenos.
  • Sangradouro
  • Vala - exemplo: Vala de Alpiarça, afluente do Tejo.
  • Várzea
  • Vazante

Elementos de um rio

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  • Afluente é o nome dado aos rios menores que desaguam em rios principais.
  • Confluência Termo que define a junção de dois ou mais rios ou ainda a convergência para um determinado ponto.
  • Foz é o local onde desagua um rio, podendo dar-se em outro rio, em um lago ou no oceano.
  • Jusante é qualquer ponto ou seção do rio que se localize depois (isto é, em direção à foz) de um outro ponto referencial fixado.
  • Leito Local onde o rio corre. É o solo que fica entre as margens, por onde as águas do rio escorrem.
  • Margem As laterais do curso do rio que delimitam sua largura. Virado para jusante tem-se à direita a margem direita e à esquerda a margem esquerda.
  • Montante é qualquer ponto ou seção do rio que se localize antes (isto é, em direção à nascente) de um outro ponto referencial fixado.
  • Nascente é o ponto onde se originam as águas do rio.
  • Talvegue é a linha que se encontra no meio da região mais profunda de um rio e onde a corrente é mais rápida.
  • Tipos de drenagem
  • Vau Lugar, em que a água é tão baixa que se pode transitar a pé.[7]

Ver também

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 Ver também a categoria: Rios por país

Referências

  1. «Rios». Brasil Escola. Consultado em 20 de fevereiro de 2012 
  2. «O uso dos rios como transporte na cidade de São Paulo». São Paulo Mais Barata. Consultado em 20 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 4 de junho de 2012 
  3. «Poluição dos Rios». Luis Info. Consultado em 20 de fevereiro de 2012 
  4. «Enchentes». Brasil Escola. Consultado em 20 de fevereiro de 2012 
  5. Artigo: Rios de águas azuis pretas e brancas, Pantanal News, por Hiram Reis e Silva
  6. «ery few of world's rivers undamaged by humanity, study finds» 
  7. Novo Dicionário da Língua Portuguesa- Dicaberto


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